Se houve coisa que aprendi com o blog foi a não dizer nunca. Palavra demasiado absoluta, que exclui demasiadas coisas, que não admite as variantes que o tempo, as cirscunstâncias, as experiências e, sobretudo, as pessoas trazem para as nossas vidas.
Mas também não posso garantir que não direi, nunca, nunca.
Pois agora digo.
Eu nunca senti tanta falta das coisas normais da vida. Nunca senti tanta falta de apanhar Sol, de sair para a rua, até de ter tempo para arrumar gavetas ou fazer limpezas. Nunca senti tanto a falta de poder ter um fim-de-semana como as outras pessoas, nunca senti tanta falta de ter um horário (meramente indicativo).
Nunca senti tanto a falta de estar com os amigos. Nunca senti tantas saudades de pessoas, nunca senti tanto a falta.
Nunca senti tanto a falta de sentir a areia, de respirar o ar com cheiro a mar, de me sentar na areia e não ter pressas.
Nunca senti tanto a falta de uma esplanada, de risos, e de conversa solta.
Nunca senti tanto a falta de gente viva, que estes, mortos há séculos, não me podem dar tudo.
Nunca senti tanto a falta de me sentir leve, de não me sentir esmagada por prazos, por objectivos, por...
Nunca senti tanto a falta de um entardecer tranquilo, ao ar livre.
Nunca senti tanto a falta das pessoas e da vida...
Nunca!
17 comentários:
Força!
Só mais uma forcinha, depois gozas tudo isso a que tens direito!
Como deves de ser tabalhadora, responsavel, esforcada em tudo a que te dedicas, por isso talvez a falta de tempo para outras coisas, tambem importantes.
Mas o tempo nao da para tudo nao eh?
Beijinhos
Ana Felpuda
Nunca mais voltas a escrever um post destes!
Nunca mais ficas sem tomar um café de esplanada, por isso, andor, vai tomar um café!
:-*
Dulce: já estou quase sem força e não vejo o fim do que tenho por fazer!
penso muito é nesse "depois"! :)
Ana: não sou, não! ou melhor, até sou mas só se alguém, que não eu, depender do meu trabalho (o que não é o caso).
em casos que o trabalho só me diz respeito a mim, sou muito pouco metódica, não muito responável e muito pouco dada a fazer as coisas com tempo. trabalho depois muito sob pressão. mas agora a pressão é muita, e já está a deixar de estimular para esgotar.
pois, pois... há mesmo um tempo para tudo! :)
Narizinho: tens toda a razão! eu não quero, nunca mais, escrever um post destes! ;))
e não estará na altura de parar um pouco?
beijinho grande (e preocupado)
Meu Deus, leio este post e fico a achar que a tua vida é parecida à minha ;), mas eu tenho dois filhos pequenos e vivo só com eles. Toca a dispensar mais tempo para o que dá realmente prazer!
(É uma ordem da tua superior hierarquica, por isso toca a cumprir)
Beijinhos workaolic nostalgica!
:oD
há "nuncas" que mesmo não sendo coisas boas, são agradáveis de ouvir :o)
Bjss
(ops!! era a SaraMM no computador do Boy)
Estás a precisar de te soltares... mas isso é tão difícil como nunca dizer nunca.
que voltem os dias prazeirosos e em boa companhia. que voltes a ter tempo para cheirar o sal do mar e sair correndo com a tua égua. que sintas tudo o que tens saudades de sentir e que as pessoas subitamente ganhem vida e cor. que tudo isto aconteça e que te ajude a suportar os timings apertados e as horas intermináveis de trabalho. que consigas voltar a respirar sem teres de lutar por essa lufada de ar fresco.
um beijo
Inês: estaria. precisava de parar, mas o problema é justamente esse. é o acordo de Bolonha a tramar-me!
obrigada, Inês!!
Cgm: olha que, em condições normais, não sou tão agarrada ao trabalho. não sou nada viciada nele.
o problema agora, como disse à Inês, é os prazos por causa do acordo de Bolonha. :s
se não fosse isso... ai, se não fosse isso... outro galo cantaria! ;)
Sara: é bem verdade! há nuncas que acabam por ser muito agradáveis de ouvir!! ;))
Costinhas: obrigada! obrigada! que bom que tudo acontecesse como dizes!
mas sabes? de qualquer modo, tenho de arranjar algum tempo para outras coisas para além do trabalho. dê lá por onde der!!! :)
:s
Nem sei que te diga.
Nem todas as outras pessoas têm fins-de-semana normais.
Chego mais cansada às vezes à segunda do que à sexta...
Força aí!
Beijos grandes
Detesto trabalhar sob pressão, ou melhor, não consigo trabalhar bem sob pressão. Imagino o teu stress, a tua angústia. Acredita que faço ideia. Não podes parar, por exemplo, um dia, para retemperares forças. É que quando estamos no limite, a nossa capacidade intelectual fica pela metade.
Um beijinho e muita força
Mocas
Xu: eu sei. nem todas as pessoas os têm (nem eu invejo ninguém). aliás, quase toda a gente, numa ou noutra fase da vida, teve de passar sem eles.
mas o que eu queria dizer é que tenho saudades de "normalidade", de poder "trancar" o trabalho à sexta e "destrancá-lo" à segunda, sem pressões, sem sentimentos de culpa, sem consequências...
agora, se falamos de ti... ò rapariga, também já tenho pensado nisso! o que te vale é que és "foguetão"! ;))
Mocas: eu sei que tu fazes ideia! :))
eu até trabalho bem sob pressão. mas há um limite para tudo: quando a pressão é demasiado forte, e dura demasiado tempo... acontece isso, começamos e perder capacidade.
de vez em quando, quando sinto que estou a chegar ao limite, faço uns intervalinhos, como o do filme... mas sabem a pouco, e ando mesmo demasiado cansada para produzir bem.
Eu ando nessa fase...
Apenas poder respirar um ar puro... caminhar sem pressa, não usar relógio, não cumprir horários rigorosos...
Sentar-me na esplanada, rir com quem me faz sentir bem...
Um beijo
Também me sinto assim de vez em quando mas os meus filhotes absorvem-me muito tempo e depois o trabalho e quase não tenho tempo para mim, mas é igualmente nos filhotes que vou buscar forças e encontrar a felicidade.
Tu também a vais encontrar, mas entretanto espero que descanses.
Bjs
Sonho Azul: é exactamente isso!
espero que consigas satisfazer essas necessidades!
Smas: e tens uns filhos lindos, lindos! :))
espero que sim, espero conseguir encontrá-la! :)
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