segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Entre amigas

Não posso levar tantos livros para casa! Além do dinheiro que gasto, já nem tenho onde os arrumar! Qualquer dia tenho de mudar de casa... E depois, até acontece que, às vezes, acabo por levar para casa livros que, à primeira vista me agradavam, mas que depois do impulso para os comprar, quando os vou ler, nem gosto deles.
Agora já não faço assim. Passei a comportar-me com os livros como me comporto com os homens: não os vamos levar para casa só porque, à primeira vista, parece que nos agradam, não é?!

E eu pensei que sim. Que era demasiado drástico (a menos que estivesse mesmo em risco de não caber em casa devido ao excesso de livros) mas que, ainda assim, fazia algum sentido. Enfim, percebia-se a ideia.
De repente pensei no enorme efeito que isso teria no meu orçamento, e depois, também pensei que já não teria de comprar a tal estante nova de que ando mesmo a precisar, e que me bastaria arrumar melhor o que por lá anda um nadinha desordenado de modo a arranjar o espaço necessário.
Mas, a seguir... pensei em um... dois... três casos... em que as respectivas casas ficariam repletas de livros! Maledicência feminina... eu sei! Foi mais forte do que eu, mas é inócua!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

O cansaço...

... às vezes é bom.
Às vezes sabe bem chegarmos ao fim de um dia muito, muito (mesmo muito) cansadas mas com a consciência de termos feito as coisas a que nos tinhamos proposto.
Faz-nos sentir que temos, de algum modo, um certo controlo - mesmo que, talvez felizmente, pequeno - sobre o que nos acontece e que merecemos um banho de imersão demorado, um jantar que nos agrade, um serão calminho, ler umas páginas de um bom livro, um chá quente e as nossas almofadas. E sentir que merecemos as coisas - estas coisas tão simples, e tão quase de todos os dias - é muito melhor do que as termos: as termos sem nem repararmos nelas. É por isso que o cansaço é bom. Este cansaço.

quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Capitulo 6


Há mais de um ano que não pensava, sequer, no assunto. Há três que não fazia nada de concreto para lhe dar seguimento.
Não fosse o Tratado de Bolonha e o assunto teria permanecido, confortavelmente, nas estantes e nas gavetas ( e sabe Deus, por onde mais andam algumas coisas!) onde descansa em Paz desde essa altura.

Falta de condições pessoais, falta de vontade, falta de tempo ditaram, sucessivamente, este abandono. A falta de coragem, essa, acompanhou-me sempre, ao longo destes três anos.
Mas há momentos em que tem que se decidir se se vai em frente ou se se vira as costas, em definitivo, às coisas.

Decidi acabar o que tinha começado. Decidi, mas...

Ainda no fim do Verão, no meu último dia na praia (na praia, com banho e Sol e essas coisas...), dizia, preguiçosamente, que tinha de passar, na semana seguinte, pela faculdade para saber com o que contava. Passei.
Passei pelos Serviços Académicos e soube o que tinha pela frente e em que condições.
Foi o primeiro gesto concreto, em todo este tempo, que consegui fazer para terminar a tese. Nunca tinha sequer imaginado que custasse tanto voltar a entrar naquela faculdade.

Disse que iria, agora, falar com o meu Orientador. Tinha de ser! Era condição obrigatória para prosseguir. Mas custava mais ainda. E fui. E falei. E custou subir até lá, custou bater-lhe à porta. Mas não custou mais nada!

Agora não custa mesmo mais nada!
Aquele espaço voltou a ser o que era há vários anos atrás. Não dói, não assusta. Pelo contrário, é espaço meu, como o foi antes de tudo.

O tempo é pouco, as dificuldades são algumas, mas isso não importa muito.
Esta sensação, boa, de dia radioso, mesmo com temporal; esta paz de sentir que fiz o que tinha a fazer e de me aperceber que os fantasmas tinham desaparecido de mim e de todo o lado; o sentir que afinal há justiça; o facto de voltar a pegar em assuntos que me eram - e são - tão caros; o desafio bom de ter uma coisa, que me apaixona, a concluir; a segurança e o sorriso com que voltei a pisar aquele espaço... é uma dádiva!

Não, não o fiz sózinha.
Não, não é apenas obra do tal Tratado de Bolonha.
Não, não vou dar mais explicações.
Mas sim, sei que as pessoas a quem isto também é devido, sabem disso.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Chamar os bois pelos nomes

Por mais que haja quem diga que tenho um ar muito pacifico, amistoso, tranquilo (coisinhas que tais), por mais que seja tímida, que não goste de protagonismos e que, por isso, tenha tendência a evitar disputas e querelas, por mais que tudo isto possa ser verdade, também é verdade que, se falo, se resolvo sair discrição em que gosto de viver, se sou obrigada a dar a minha opinião, nesse caso digo exactamente o que penso, sem mudar uma virgula. Não digo o que as pessoas gostariam de ouvir, não falo com o cuidado de agradar. Se falo é para dizer aquilo em que acredito, mesmo que isso me traga mais desvantagens do que vantagens.

Isto para dizer que há uma coisa que me anda a incomodar. De tão repetida... de dita a toda a hora nas televisões, nas rádios, nos jornais...
Ouve-se uma, duas, três vezes, e finge-se que nem se ouviu. Ouve-se quatro, cinco, seis vezes, e faz-se um esforço para não se ligar. Ouve-se a toda a hora, persegue-nos em todo o lado, em todos os noticiários, em todos os jornais por onde se passam os olhos, não se consegue deixar de ouvir o mesmo 500 vezes ao dia e, nessa altura, não consigo fingir mais. Incomoda-me!

Incomoda-me a insistência ( é ela que me leva a falar), mas incomoda-me mais a manha. Sim, manha, nem sequer é astúcia!
Incomoda-me que não se chamem os bois pelos nomes. Que se procure adormecer as pessoas com expressões suaves e quase poéticas.
Interrupção voluntária da gravidez?!
Voluntária?! Voluntária para quêm? Para quem é interrompido?
Interrupção?! Sim... é uma interrupção. Mas definitiva. A expressão, se não fosse a gravidade da situação, seria deliciosamente ridícula. Faz-me lembrar aquelas apresentadoras que, quando eu era pequena, apareciam, muito sorridentes e com vestidos aos folhos, quando havia uma avaria na televisão. E lá sorriam elas, com ar afectado e, depois de pedirem desculpas pela interrupção, garantiam que a emissão seguiria dentro de minutos.
Só que neste caso a emissão não será retomada nunca mais.
Do que estamos a falar é de aborto. Não gostam da palavra? Fere-lhes a susceptibilidade? Não é bonita? As pessoas podem não gostar?
Azar! Tudo na vida tem um nome, o disto, disto de que não param de falar é aborto. Nem sequer estou a dizer que é a morte voluntária de bebés.

Não vou discutir aqui o direito, ou não, ao aborto. Pelo menos não por agora.
Não sou a favor da penalização das mulheres que se viram na contigência de fazer um. Eu não o faria, mas eu, sou eu.
Tenho amigas que fizeram, e tenho outras que participaram [muito] activamente na campanha a favor do aborto. Sou tão amiga delas como sempre fui, isto porque sempre fomos muito claras, sempre admitimos o que defendiamos e aquilo em que acreditavamos. Elas podem estar erradas, eu posso estar errada.
Elas acreditam na liberdade de fazerem o que quiserem do seu corpo. Eu acredito que essa liberdade me permite decidir (ou tentar decidir) se, e quando, quero engravidar. Tenho a liberdade de decisão sobre o meu corpo, mas não sobre o corpo de outro ser, por mais indefeso e pequeno que seja. Além do mais, direito, por direito, acho mesmo que o principal é o direito à vida, a poder nascer. Só depois surgem os outros.
Mas a questão aqui, e por agora, nem é esta. É, tão só, que me incomoda, e muito, que se procure suavizar uma realidade dura e adormecer consciências através de expressões adocicadas.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Eu

... não me revejo em algumas coisas.
Não me revejo, por exemplo nos últimos posts que escrevi.
Depois do choque ao comentário da sobrinha da minha amiga - algum tempo depois - resolvi entender (mesmo que assim não seja) que, se a menina fala dessa forma, desses assuntos, na idade dela, só pode ser por curiosidade. Afinal há aquela máxima que diz: Cão que ladra não morde , ou a outra que diz: Diz-me do que te gabas, dir-te-ei o que te falta (não que esteja a insinuar que lhe falte o que quer que seja, apenas que talvez não tenha o que não deve ainda).
Seja como fôr, resolvi que esse é assunto a que só voltarei quando, e se, tiver uma filha à entrada da adolescência.

Quanto ao amigos, também dou a mão à palmatória.
Há amizades e amizades... A capacidade que algumas pessoas têm de gostar é enorme (talvez infinita), eu própria gosto de muitas pessoas e de muitas coisas (mas há gostar e.... gostar) mas, de facto, há coisas que são limitadas, como o tempo e a atenção que se pode dar a outros e , sobretudo nós mesmos (nós somos limitados, não nos podemos dar a toda a gente), daí... o que foi dito. Daí... e de uma conversa tida com a minha anfitriã desse fim-de-semana acerca de uma amiga [da onça]. Daí... e de outras coisitas, muito dissimuladas, que me passavam pela cabeça nesses dias.
Não me revejo, inteitamente, no que disse porque sei que, de facto, estava a misturar assuntos e a deixar-me enredar por eles.
Ainda assim... acho mesmo que podemos gostar de uma imensidão de gente, mas que não podemos gostar muito - assim mesmo a valer! - de muitas pessoas.

Em relação ao último post então... Deus me livre!
Sei bem o churrilho de coisas aparentemente sem sentido que por lá vão, nomeadamente, na última parte dele. Mas a verdade é que, certezas, dessas (imensas!) com que cresci e vivi até há bem pouco tempo, não tenho.
Sei que ninguém o pode entender (mas também é verdade que estava a escrevê-lo apenas para mim). E sei, até, que nem eu o posso, porque ainda que soubesse muito bem o que queria dizer, não disse o que queria. Até porque... na verdade, o problema, é que dou por mim a reconhecer-me em muito poucas coisas nestes últimos tempos. Cada vez menos.

O ano foi cheio de mudanças, por fora e por dentro. Não me revejo em quase nada. Nem nas vindímas, nem em alguns dos livros de que gostava, nem nos hábitos que tinha, nem na ligação que tinha ao sítio onde vivo, nem no que sinto, agora, ao abrir a janela de noite e deixar-me adormecer, muito, muito a custo, a ouvir a chuva cair, nem no que sinto por algumas pessoas, ou no que deixei de sentir. Não me revejo no que faço, nem na forma como tenho ocupado o meu tempo e, se calhar, nem mesmo no país.
Claro que as leis da física nos dizem que não há lugares vazios e que o que deixa de ser ocupado por um corpo passa a ser ocupado por outro. Assim, todas estas coisas em que não me revejo agora (talvez algumas apenas as estranhe) darão, concerteza, lugar a outras. Mas, entretanto, estranho-me a mim mesma, como se estranha o aspecto de um quarto a meio de uma remodelação.
Seja lá como for, eu, contiuo a ser eu. And that´s the point!

sábado, 14 de outubro de 2006

Certezas

Almocei com uma amiga. Falámos, muito. Como convém, que já que somos mulheres e que temos a fama, ao menos que tenhamos o consolo de a merecer.
Sorrisinhos, gargalhadas sonoras, olhares apreensivos, suspiros, caretas... surgiam de acordo com os assuntos que variavam depressa.
No meio de conversa fluída, leve, bem disposta, como o dia de Sol lindo que tivemos hoje, lá surgem as outras. Daquelas de outro tipo, daquelas em que baixamos um bocadinho o tom, falamos mais devagar, olhamos mais fixamente para a pessoa com quem falamos. Confissões. Ou confidências.

Ouvia-a. Tinha-me pedido para almoçar com ela porque não tinha querido ir almoçar com ele e a mãe dele.
Sogras!!! Dizia-me ela. Que são todas iguais. Bicho mau, ao cimo da terra, que servem apenas para estragar o que podia ser perfeito.
Mas não a conhecia, a ela, à dita sogra. Nunca a tinha visto, nunca lhe tinha ouvido a voz, nunca, sequer, viu uma fotografia dela. Mas não podia ser boa!
Disse-lhe que talvez estivesse errada, que percebia um certo receio, mas que talvez não fosse assim. A palavra assusta, mas o que ela é é mãe dele, criou-o. Criou-o uma vida inteira e depois... há-de vê-lo seguir o seu caminho com outra pessoa que, naturalmente, gostará de saber que gostará dele assim de uma forma incondicional, que o ampare, que o compreenda, que o alimente capazmente, que...
Disse-lhe que acho até que podiam ser muito boas amigas, já que em comum têm uma coisa muito importante: o enorme afecto por ele. Que, se calhar, ela devia sentir-se eternamente agradecida a essa sogra porque, afinal, se não fosse ela, ele simplesmente não existia.
De qualquer modo, sogras, são pessoas e, como tal, há-as boas e há-as más. Só isso.

Sorriu e disse que era por isso que gostava de me ter como amiga. Que a ouvia e compreendia, mas que tinha sempre a certeza do que era certo.
Nada mais errado!!! Completamente!
Não tenho certezas de nada!

Já tive. Já tive muitas certezas, que se esfumaram. A vida levou-as numa altura em que levou outras coisas, e eu nem tinha percebido que não as tinha já.
Levou-as, e quando olhei para o lado à procura delas, reparei que não estavam lá, e que me sentia perdida, que não me conhecia já, que... precisava de um tempo para me encontrar de novo.
E encontrei. Pelo menos um bocadinho.
Às certezas, não vi mais. Pensei, durante este percurso, que voltaria a encontrá-las. Não as mesmas, mas outras. Mas não.

Das primeiras fiquei a saber que não eram verdadeiras. Das segundas... não fiquei a saber nada.
Sei que sentia necessidade delas, de ter algumas, que chorei por elas e que, depois de gastas as lágrimas e as forças para protestar, lá vinha um novo dia em que aprendia a viver sem elas e a aceitar só o que a vida me dava. Coisas boas, na sua maioria, mas sem as tais certezas.
Não, não tenho certezas - a não ser de coisas fundamentais - e aprender a viver sem elas foi a lição mais difícil da minha vida.
É por não as ter que fui obrigada a ser mais ponderada (...pois..., deixei de atirar coisas às paredes!).
Viver sem certezas, ter de as procurar em cada momento e não as ter como um dado adquirido e universal, foi como aprender a andar de bicileta sem rodinhas. Só que é mais difícil e demora mais e como esta nova Margarida ainda é uma menina, de vez em quando desiquilibro-me ( às vezes, desiquilibro-me mesmo muito e chego a esfolar um joelho) e preciso que me segurem a bicicleta para continuar (sim, calha-te quase em exclusividade a ti, menino, mas também foste tu que deste o principal impulso para que, na altura, me sentisse suficientemente segura para andar sem rodinhas. confesso que pensei que seria mais fácil... mas, obrigada!).

Certezas?! Não, não as tenho.
É por isso que tenho mais atenção aos pormenores, à vida... é por isso que aprendi que as coisas não são sempre brancas ou pretas. Há tantas cores por aí...

domingo, 8 de outubro de 2006

Coisas da alma


Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar - todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.

Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter o um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. (...)

A amizade vale mais do que a razão, o senso comum, o espírito crítico e tudo o mais que tantas vezes justifica a conversação, o convívio e a traição. A amizade tem de ser uma coisa à parte, onde a razão não conta. Ter um amigo tem de ser como "ter uma certeza". Num mundo onde certezas, como é óbvio, não há.

Para os amigalhaços, que estão para a "amizade livre" como os hippies para o "amor livre", um amigo não é mais que um ponto útil numa rede de relações. É um "contacto". É um capital. Ser amigo sem esforço, sem sacrifício, é ser amigo sem amizade. Gostar das pessoas é fácil. Ser amigo delas não é. Mas as coisas que valem a pena não podem deixar de ter a pena que valem. É pena não se poder ser amigo de toda a gente, mas um só amigo vale mais do que toda a gente. Porquê? Sei lá. Mas vale.


O texto não é meu, como é óbvio. É do Miguel Esteves Cardoso. Do primeiro, de muitos livros dele que li, de enfiada, ainda era eu menina de colégio.
Voltei a pegar-lhe durante os primeiros dias da semana que agora acabou, enquanto estava de cama com uma amigdalite.
Agora, acabada de regressar de um fim-de-semana, inesperado e crescidinho, em casa de uns amigos, não resisti a pegar-lhe. Porque mo inspirou o Peter, que conheci nessa mesma casa e de quem não sou amiga, nem serei, (nos últimos meses aprendi a resguardar-me com a justificação, vaga, politicamente correcta, e verdadeiramente real, de uma indisponibilidade emocional), mas que compreendeu que mesmo que me risse perdidamente com as anedotas, que dançasse toda a noite, que me tivesse divertido com o tiro ao alvo, ... preferia a cadeira da varanda, especialmente se estivesse sózinha, e que entende, como eu, que não há mal em nos sentirmos sós, no meio de muita gente porque raramente há alguém com a chave da nossa alma. Porque mo inspirou a minha própria alma, que... enfim... Porque sim.
Porque sou assim nos afectos, porque não aceito dar aos outros pedacinhos demasiado insignificantes de mim, porque quando gosto, gosto com a alma toda, todos os dias a todas as horas, porque também não aceito que essas pessoas me ofereçam apenas restos de si, que sobraram de banquetes com outros amigos, porque me sinto assim, porque me apetece dizê-lo, e não sei, ou não consigo agora, dizer melhor.