quinta-feira, 29 de outubro de 2009

1 Ano

Parabéns, Mafalda!

(fotografia tirada aos 7 meses, por ela)


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Onze

A minha filha tem onze meses (sim, estou quase em negação e compreendo hoje, melhor do que nunca, o que esta menina sente todos os anos).
Estava eu a dizer que a Mafalda tem onze meses (porque sim, porque os tem, ainda) e que, em onze meses de vida viajou muito e para lugares variados e que teve acesso a experiências variadas. Em onze meses de vida, acho que viveu muito.

Viajou do Algarve ao Minho, do litoral ao interior, passou a fronteira e adorou a experiência por terras de fora.
Passou férias numa praia cheia de cheiro a maresia, manhãs humidas, areais a perder de vista, e com amigos meus, vizinhos/companehiros de férias desde a minha infância, mar com ondas de fazer respeito e muita calma e espaço. Passou-as também no Algarve, onde o Sol castiga a terra, mas as manhãs cheiram a figos e a flor de laranjeira; onde o mar é calmo e morno, mas o areal está pejado de gente.
Passou-as, por fim, no interior do país, em visita a uns amigos, por terras da Beira Alta, onde em cada localidade há um castelo, onde as casas de granito se misturam com as de xisto, onde tomavamos banho numa piscina com vista para um prado enorme e lindo, com vacas a pastar, onde existem lameiros e matas de carvalhos, e onde a noite nos brinda com o maior concerto de grilos que alguma vez ouvi e com a noite mais estrelada que conheço.

Vive no campo, com espaço e animais e liberdade e família que mima, mas às portas da capital, onde gosta de passear mesmo entre multidões.
Na maior parte dos fins de semana, vai ver a outra parte da família, onde também tem espaço e uma mão cheia de pessoas ansiosas por lhe dar ainda mais mimos.

Brinca na terra e na relva, vai à vinha e à adega, faz as primeiras tentativas para subir a árvores, adora música, dançar, que lhe leiam livros (e de desfolha-los, ela mesma), é louca por água e pelos seus (muitos) animais. Brinca com a gata, os cães e a égua. Dá milho aos pombos.
Visitou castelos, mosteiros e museus. Foi a exposições.

Fez muitas outras coisas de que não me recordo, assim de repente, mas, o que me importa reter de tudo isto é que ela é uma menina feliz.
É isso que me importa lembrar. Não importa dizer aqui, agora, tudo aquilo que ela é, de meiga, intelingente, doce, engraçada... não é isso que importa agora.
Também não importa falar acerca do que ela represente para mim, nem do quanto ela veio enriquecer a minha vida porque disso... teria que falar durante dias.
O que importa agora é que ela tem onze meses, tem tido uma vida repleta de experiências, lugares e pessoas e que, acima de tudo, ela é uma menina feliz. Muito feliz. E que aquilo que eu desejo é que permaneça assim por todos os anos que se seguirem.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

[Re]Começos

[Re]Comecei a trabalhar. Não esta semana. Não a anterior. Mas na anterior à anterior.
Afinal o curso e os anos todos na faculdade sempre servem para qualquer coisa.

Perguntaram-me se queria e eu disse que sim.
Não pensei nem acho que houvesse muito a pensar.

Duas manhãs, apenas.
Bom para mim e para a miúda, que não sabia o que era estar longe da mãe umas horitas (nem a mãe sem ela). Por isso, duas manhãs está bom, para começar.

A minha mãe fica-me com ela, por isso nem sai de casa. Apenas não é a mim que vê ao acordar, não sou eu que a visto, nem sou eu que lhe dou o pequeno almoço. E não, nunca, desde que ela nasceu, alguém que não eu, tinha feito alguma destas coisas.
E ao almoço já cá estou, para a abraçar, encher de beijos saudosos, e dar de comer.

Mesmo sendo o tempo que não estou com ela tão pouco. Mesmo assim, não consegui deixar de me sentir culpada por a deixar um bocadinho, por não continuar a ser eu a fazer-lhe tudo.
E agora, também o pai tem que ficar com ela uns bocadinhos, para além das brincadeiras habituais.

É bom para mim e é bom para ela, que cresce um bocadinho mais e que ganha uma mãe mais realizada e completa (mesmo que agora, ainda aqui esteja, já com vontade de dormir, a acabar de preparar aulas).
É bom para o pai que ganha uma mulher mais equilibrada.
É bom, para todos, em suma.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Soltas

Sei lá porquê, ou de onde, chegou-me hoje uma saudade forte do tempo em que este blog era cheio de vida. Tenho saudades da "convivência diária" com algumas pessoas. Algumas já de muitos anos, que o mesmo é dizer, de muitas alegrias, de muitas tristezas, de muita vida compartilhada. Bem sei que as espreito na mesma. Não tanto quanto gostaria, mas espreito. E acho sempre que esta quase ausência é transitória e breve, mas ela vai teimando em permanecer.
Tenho saudades. Muitas.

A Mafalda fez onze meses. Está enorme, saudável, desenvolta e muito, muito meiguinha.
Sou muito feliz com ela e o pai.
Ao fim deste tempo todo, continuo a lamentar o tempo e o espaço que queria mais nossos. Ainda "nos dividimos" demasiado, ainda compartilhamos mais da nossa vida e de nós do que seria desejável ou até saudável. Ainda precisávamos de sermos mais nós.
Só isso. Apenas isso.
Tudo o resto, entre nós, julgo ser tão perfeito quanto a condição humana o permite.

O blog foi inundado por uma praga de lixo em forma de comentários anónimos.
Tentei uma solução para os deter (e tenho que apagar os que por aí estão, mas o tempo é pouco e agora apetece-me aproveitá-lo com outras coisas). Veremos se resulta...

Chegou o Outono e, ao contrário da maioria das pessoas, gosto dele.
Tivessemos nós os três o nosso "casulo" pronto a habitar e seria uma maravilha: os doces e as compotas, os primeiros chás quentinhos, as mantinhas para nos aninharmos os três aos serões ou nas primeiras tardes de chuva...
Mas não está pronto e ainda está demasiado calor.
Sonhar não custa...