sexta-feira, 31 de dezembro de 2004


Um ano de 2005 cheio de felicidades! Que este novo ano seja, para todos, realmente, um ano cheio de boas surpresas, de Paz, de saúde e, sobretudo, o ano da realização de todos os nossos sonhos! Posted by Hello

I´m back!

Pois foi. Sumi!
Sumi sem aviso nem explicação. Deixei de aparecer e de fazer visitas. A verdade é que fui obrigada a isso.

Fui apanhada assim, de repente, por uma gripe súbita e fortissima. Nunca me tinha acotecido uma coisa assim!
Febres altissimas, dores de cabeça, de garganta, no corpo todo!
E se tem demorado a passar...!

Foi assim o Natal!
Agora estou um bocadinho melhor, ainda que a médica me tenha dito, ainda ontem, que só lá para segunda podia começar a retomar as rotinas. Mas estou farta!

Cansada de estar na cama, de me sentir estranha.
Agora levantei-me, e parece-me que tudo está fora do lugar. Sinto-me cansada, tonta e sem referências, mas estava cheia de saudades! É que se sente a falta destas companhias daqui!!!
Lá liguei o computador... e agora espero ir pondo as visitas em dia, mesmo que devagarinho!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2004


O dia de hoje anuncia-se cheio. O de amanhã promete deixar ainda menos tempo livre. Na eventualidade de me ver sem tempo e, já que a ocasião não deve ser deixada passar em branco, preferi antecipar-me à data e deixar os votos de que este Natal seja cheio de Paz e felicidade para todos. FELIZ NATAL! Posted by Hello

terça-feira, 21 de dezembro de 2004

Porque a vida é frágil...

Há quatro anos atrás, o meu irmão foi levantar um carro novinho ao stand. Era sexta-feira.
Durante o fim de semana, e sem que se percebesse bem como, fez 500Km.
Na segunda-feira seguinte ía para o trabalho quando, numa curva, uma rapariga perdeu o controle do carro guiado por ela e foi em direcção ao dele. Ainda que tivesse se tivesse chegado o mais possível para a direita, não conseguiu evitar o impacto e, ainda bateu também no muro que estava no limite da estrada.
Resultado: o seguro paga, e recebe um carro novo.

Este Domingo de manhã, o meu pai acordou e foi ao páteo. De volta à cama, porque ainda era cedo, comentou com a minha mãe a ausência do carro do meu irmão. "Uma noitada... está visto!".
Horas depois, levanta-se e volta a ir ao páteo. O carro continuava a não estar lá e, quando se preparava para voltar para dentro repara que estão uns pingos de sangue no chão. Conclui rápidamente: Aconteceu qualquer coisa de mal!
Acorda a minha mãe e correm para o quarto do meu irmão. Ele, lá estava, deitado em cima da cama, apenas com um corte num dedo mas bastante abatido.

Tinha tido um acidente. Depois de um jantar de Natal que se estendeu até tarde, depois de beber demasiado, seguiu-se uma ida a uma discoteca. Uma namorada que incentiva ao consumo de bebidas e a perder noites e... assim regressava a casa depois das seis da manhã.
O carro ficou partido. Completamente partido.
Fui vê-lo ainda nessa manhã e fiquei espantada com o facto do meu irmão estar vivo!
Quando olhei para aquele monte de ferros contorsidos e vidros partidos o coração caio-me aos pés! Foi uma sensação horrível! Como é que ele sobreviveu?! Um milagre! Mais uns milimetros e teria morrido!

Depois disto, percebemos o quanto tudo é efémero e a vida frágil. Frágil para todos nós, independentemente da idade ou condição física.
Teve o mérito de fazer o meu irmão repensar a vida. Não houve feridos. Foi apenas o carro...
Ontem fomos aos stands ver carros. Vai comprar outro. Este é lixo. Vai perder muito dinheiro, mas ficou vivo! Podia ter sido uma tragédia... A nós, familia e amigos mais chegados, fez-nos repensar a vida; espero que tenha tido o mesmo efeito nele!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Ai, os homens...

Num momento em que estou cheia de trabalho, cansada, perdida entre recordações, nostalgias de Natais longínquos, preocupações com este que se avizinha, sem tempo para nada... surgiu o V.
Com as melhores das intenções, eu sei.

Depois de me sentir confortável com a ideia de, depois de tudo, alguém estar a gostar de mim, assim... assim como ele, apesar de precisar ainda de tempo e espaço para mim (só para mim!), começo agora a sentir-me, ainda mais, com falta disso mesmo: de espaço.

O V. telefonou.
Eu desculpei-me com o trabalho (meio desculpa, meio verdade) e desliguei.
Mandei-lhe, entretanto uma mensagem a pedir-lhe desculpa pela forma como interrompi a ligação. Mas só isso. Sem mais qualquer outro assunto.
Menos de cinco minutos depois o telefone toca. Era ele de novo.
Conversa puxa conversa, assunto puxa assunto... Já nem sei do que falámos ou do que não falámos. Eu bem lhe dizia que tinha que trabalhar mas... nada! Ao telefone desde o almoço até agora!!!

Depois de desligar, duas coisas ficaram na minha cabeça.
A propósito da minha tese, dizia ele que talvez fosse bom suspendê-la por algum tempo. E eu dizia que não, que por mais que me custasse queria era acabá-la depressa, e que tinha mesmo prazos que já estavam a passar.
Ele continuava na mesma: mas suspender por um bocadinho... Então e... e se tivesses um filho?
Como??!! Se eu tivesse um filho?! Agora?!
Fiquei tão baralhada que disse que isso não alterava nada, porque mesmo que ficasse grávida agora tinha que acabar a tese bem antes desse hipotético bebé nascer, por causa dos malditos prazos. Mas, na verdade, o que é que um filho tem a ver com a tese, e com prazos? A proppósito de quê é que vem esta conversa??

Mais à frente, a páginas tantas, insiste em que eu arranje tempo para sair com ele. Mas eu digo que não posso agora, o que até é verdade. Ando sem tempo.
Diz então que passa ele por cá. E eu digo-lhe que não, mas ele insite e diz que vem.
Eu volto a dizer que não é boa altura: muito trabalho, o Natal, alguma pressão, a sensibilidade exageradamente "à flor da pele" por estes dias... Mas ele teima!
Cansada disse só que não era boa ideia, mas que fizesse pelo menos o favor de me telefonar antes de vir (a ideia é dizer-lhe que não vou estar quando ele vier!). Estou a sentir-me cercada e... não estou a gostar!
Estou sensível, traumatizada... preciso de carinho, mas não de pressão! Porquê que ele não entende uma coisa tão simples?!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2004

Espírito de Natal

Quando era pequena adorava o Natal!
Desde que voltava da praia, no Verão, contava ansiosamente os dias que faltavam para o Natal ou, pelo menos até ao dia 1 de Dezembro. Isto quando sabia contar, porque antes disso degastava a minha mãe com a pergunta: Ó Mãe! Quantos dias é que faltam para o Natal? Todos os dias, mais do que uma vez em cada 24 horas!
Chegado a tão ansiado dia 1 de Natal, ninguém me calava! Cantava as canções de Natal até que ninguém as suportasse. E ria, pulava, brincava... como uma tontinha. E não deixava irmão, primos e amigos ficarem quietos.
E depois vinha o pinheiro, que enchia a sala do cheiro a resina, e as fitas, as bolas, os sinos, as luzes... e o presépio com musgo, e areia e pedrinhas...
Na noite do dia 23 já não dormia! O Natal começava realmente para mim a 24, com a preparação dos doces e a chegada dos avós. A consoada era uma enorme festa; tudo era alegria! Durante a noite o Pai Natal trazia as prendas dadas pelo Menino Jesus, e no dia 25 era a alegria da presença da familia e a descoberta dos brinquedos novos.

À medida que fui crescendo fui percebendo que nem todos tinham um Natal feliz e isso foi-me deixando, ano após ano, mais melancólica.
Ao mesmo tempo fui adquirindo a responsabilidade de mandar cartões de Boas Festas e comprar presentes para algumas pessoas. De repente, tinha uma lista apreciável de pessoas a quem tinha a obrigação de presentear nesta época. E o Natal tornou-se sinónimo de compras e as compras de obrigação.
Depois, à mesa de Natal, faltou o meu bisavô J. , mais tarde o meu avô J., a ano passado devia ter sido o primeiro Natal do meu anjo L. e não foi, e foi o primeiro em que não desejei um Feliz Natal ao pai dele desde que o conheci.

Continuo a achar muito importante comemorar o nascimento de Jesus, reunir a familia e cultivar os valores associados ao Natal mas, as pessoas estão tão presas às obrigações de procurar e oferecer listas infindáveis de presentes que não sobra tempo para mais nada! Nada! O Natal é uma época em que se faz compras compulsivamente! Compras impessoais e por obrigação! Mais nada! E no dia 24 à noite ainda anda tudo a atropelar-se em centros comerciais para adquirir o que falta, e depois a correr para fazer as últimas entregas. E chegamos à consoada exautos!

Talvez esteja a ser péssimista ou a acusar ainda um excesso de sensibilidade por causa do sentimento de perda. Até deve ser isso, concerteza! Mas fico sempre aliviada quando chega o dia 26. Respiro fundo, descanso e aproveito então o presépio, a familia e a Paz. Sem pressões... Não é isso o Natal?

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Dia cor de rosa

Há alguém, com uns olhos bonitos e com paciência para me aturar.
Disponível para mim, para as minhas tristezas e alegrias, disposto a ir comigo às compras, ao cinema, jantar fora, passear, interessado no que leio, no que faço, no que gosto ou não gosto...
Disponível há tanto tempo sem que eu lhe tenha dado atenção ou reconhecido valor.

Não temos muitas afinidades.
Nem temos muita intimidade, mas acho que, neste campo, eu e o A. tinhamos uma intimidade tal que nunca a vou ter no mesmo grau com ninguém.
E também não tenho o coração com capacidade para amar um homem. Por enquanto.
Mas estou a sentir-me bem com o facto de ser alvo das atenções e cuidados do V.

Queria gostar realmente dele. E não gosto, ainda.
Mas estou a gostar que ele goste de mim.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

Dia cinzento

Hoje sinto-me assim triste, como o dia.

Ontem à noite passei perto da casa dos pais do A. Estava distraída e de repente senti um aperto no coração, e só nessa altura reparei onde estava e porquê que sentia aquilo.
E pensar que ele devia lá estar àquela hora...
Há coisas que ficam assim quietinhas e escondidas e quando nós começamos a pensar que já se foram embora saltam-nos para cima para nos fazer mal.

Entretanto, depois de uma noite mal dormida a pensar nele e na tese (e por que raío não consigo separar as duas coisas!) lá me decidi, com muito custo, a telefonar ao meu orientador.
Depois de mais uns momentos de respiração acelerada e coração descompassado, pela perspectiva de encarrar os assuntos melindrosos que até nem se prendem directamente com o trabalho, lá tentei, mas em vão. Desta vez o telefone não está desligado, mas não atende!
E agora começo a pensar o que é que lhe vou dizer exactamente...

Mas mais triste foi o que aconteceu à Sofia (http://aminhabarriga.blogspot.com/)!
E fiquei triste por ela, pelo que aconteceu, e porque não estava à espera e até porque me reavivou memórias. E é para ela que queria deixar hoje um grande beijinho!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004


Daqui, desta cidade de Edimburgo, chegou-me ontem pelo correio uma proposta que me agradou. Uma proposta para fazer uma coisa que tem tudo a ver com o meu curso e os meus gostos, numa instituição que me agrada muito. Mas agora não posso deixar este trabalho e, além disso, essa proposta obrigava-me, devido ao nível de vida deles (bem acima do nosso!) a ir gastar algum dinheiro. Mas estou cheia de pena... Quem sabe se depois das coisas mais arrumadas, no Verão... Posted by Hello

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

O Algarve...

Quando é o próprio patrão a desencaminhar-nos é complicado trabalhar.
Quando o patrão é o pai, torna-se ainda mais dificil.

Depois de alguma insistência, deixei-me convencer e aceitar fazer uma pequena viagem familiar.
O cansaço ajudou a convencer-me mas, foi o facto de sair assim de repente, sem destino determinado que me agradou mais. Soube-me bem a ideia de ser transportada, sem saber para onde e sem preocupações.

Acabei por ir ao Algarve onde não ia desde pequena.
Guardava a imagem de um Algarve doce e bucólico, de mar azul, clima ameno, cheiros doces, vida tranquila...
Da última vez que lá estive de férias ficámos na casa de uns amigos. Perto da praia mas não imediatamente encostada. A água era proveniente de uma cisterna que estava no terraço da casa e era abastecida por um vizinho que a transportava num depósito que colocava numa carroça puxada por uma burra.
À noite os mais velhos sentavam-se em cadeiras no páteo e nós, os que na altura eramos pequenos, corriamos pelos campo vizinhos e apanhavamos alfarroba, figos e amêndoas.
O cheiro era doce. Doce como os figos que as pessoas tinham a secar nas açoteias.
E de dia lá passávamos horas no mar calminho.
E tudo isto não foi há um século...! Fui ainda há tão pouco tempo!!!

Quando estava a chegar pensei que ía encontrar o mesmo. As mesmas árvores, e casas, e pessoas.
Parecia que estava a chegar e... de repente comecei a ver casinhas abandonadas, árvores mortas, campos com mato descuidado, ladeados por milhentas vivendas incaracteristicas, lixo, desordem... e junto ao mar um outro mar, mas de betão.

Fiquei estarrecida! Não conhecia aquilo.
Foi tão estranho sentir que um sitio onde tinha brincado não existia. Tão estranho...
E, tirando o mar, que lá continuava igual... tudo era diferente, estranho e pior. Como se fosse outro país, mas pior!
Não percebo o que leva a pessoas para locais onde não há espaço, onde os parques aquáticos, os hotéis e os campos de golfe estão rodeados de zonas abandonadas ou degradadas. Não percebo!

Senti alivio quando deixei o Algarve para trás, mas senti-me também triste. Como se um espaço onde eu passei algum tempo feliz da minha vida tivesse simplesmente desaparecido. E ficou só a memória... sem suporte físico.

Ups!!!

Passei por aqui e reparei na abundância de erros ortográficos nos posts!

Que fique bem claro que eu sei bem que "cómoda" se escreve com "o" e não com "u", e outro disparates do género, mas quando aqui escrevo, ou escrevo mails, é sempre a mesma coisa!
Como se pensa mais depressa do que se escreve, escrevo qualquer coisa, carrego na tecla que estiver mais perto do dedo e, quanto a assentos, é-me indiferente colocá-los ou não.
Depois até reparo que está mal, mas não me dou ao trabalho de emendar, porque aquilo que me me dá prazer ao escrever aqui é justamente o facto de não premeditar o que vou dizer ou como vou dizer. Escrevo o que estou a sentir ou a pensar e... as mão são mais lentas e atrapalhadas do que o pensamento (felizmente!), portanto... sai coisas assim.
Para escrita cuidada bem me basta o trabalho e ... a malfadada tese!

Estava agora a lembrar-me de um post de uma outra menina em que ela se queixava de trocar as letras.
Pois, pois trocamos. Tropeçamos nelas porque com a pressa nem ligamos à forma! Mas enfim...

domingo, 5 de dezembro de 2004

A vida e... as couves

Moro no campo. A trinta minutos de Lisboa, mas no campo.
Sempre fui ao médico, fiz compras, estudei, fui a museus, ao café, visitei amigas... em Lisboa. Quando me apetece!
E mesmo quando tinha que lá ir diáriamente, a viagem era tão comuda e rápida que servia para descansar as ideias e pôr um separador entre assuntos.

Mas, ao contrário de mim, há pessoas que, vivendo aqui ao pé, sempre tiveram uma vida diferente e, consequêntemente, diferentes experiências e diferentes formas de pensar e reagir.
São pessoas diferentes que respeito profundamente (e não acho que o que aprendi nos bancos de uma universidade valha mais do que o que eles aprenderam com a vida e o trabalho) e por quem tenho muito carinho, mas que, de vez em quando me brindam com comentários que me deixam um bocadinho... admirada.
Uma destas pessoas que cá trabalha há muito na quinta, homem generoso e dedicado, achando que eu não era agora tão alegre quanto costumava ser, e andando ele preocupado com isso, brindou-me com a seguinte metáfora:
Ó Menina, a vida é assim como as couves!
Um dia as couves estão murchas... depois vem um dia de Sol e... pronto! Ficam bonitas outra vez!!!
Eu percebi a mensagem, e fiquei enternecida com a preocupação quase envergonhada, mas... reparei que se uma couve está murcha e vem um dia de Sol... ela morre!
Enfim... a metáfora não foi a melhor. Nem a mais poética! Mas a intenção não podia ser melhor.
De qualquer modo ficamos a saber que a vida é ...assim como as couves!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2004

Capitulo 3

Acordei a meio da noite a pensar na tese! Como se fosse um pessadelo mas, ao contrário do que acontece nesses casos, que é sentir alivio ao acordar, senti o contrário. Era mesmo verdade, o tempo a passar, prazos a serem ultrapassados e... nada!
Fiquei acordada quase até amanhecer e sentia-me inquieta com a situação, e até enjoada.
Decidi que pior do que sentir-me assim seria dificil, fosse qual fosse a reacção do meu orientador, fosse qual fosse a situação dos prazos, fosse o que fosse!
Resolvi que lhe telefonaria.
Tenho o número de casa e o do telemóvel e, verdade seja dita, o meu orientador sempre se mostrou compreensivo e disponível, mas eu nunca tive muito à vontade para lhe telefonar, sempre me custou muito.
As nossas reuniões ficavam sempre marcadas no final da anterior, não tanto para organizar melhor o trabalho mas, sobretudo, ainda que nunca lhe tenha confessado, para evitar o embaraço de lhe telefonar.
Entre os dois números optei por usar o telemóvel porque sempre me pareceu que, apesar de ser muito directo, acaba por ser menos inconveniente - temos sempre a liberdade de não atender.
Respirei fundo, duas ou três vezes, sentei-me, peguei no telefone, marquei o número e... do outro lado o telefone estava desligado!
Passei eu uma noite em claro, enjoada, a dar voltas incontáveis na cama... e depois de ganhar coragem... é isto!!!
Agora, como é hora de almoço nem vou tentar, para não incomodar, depois deve ter aulas ou compromissos. Talvez ao fim da tarde... Era sempre ao fim da tarde que estava mais liberto. Mas últimamente chegava a marcar a seguir ao almoço. E tem aulas? A que horas?
Ai! Tanta coisa só por um telefonema!!! Mas é um telefonema tão decisivo!

terça-feira, 30 de novembro de 2004


A gift... from the other side of the channel... Posted by Hello

Foi só um dia...

No final da tarde de Domingo, que tinha decorrido calmo e preguiçoso como qualquer outro Domingo, comecei a sentir-me um bocadinho enjoada, com uns arrepiozinhos, umas dores no corpo... Jantei Nestum, como se fosse novamente pequenina, porque não me apetecia mais nada.
A noite não foi das melhores, e o dia que se lhe seguiu não deixa saudades...
Hoje, ainda que bastante mais tarde do que o habitual, acordei a sentir-me bastante recuperada e voltei à minha rotina.
Passou só um dia, mas tenho a sensação que as coisas não estão no mesmo lugar, que a agenda está desactualizada, que perdi o sentido de orientação, que está tudo atrasado e que não tenho controle nas coisas... e amanhã é feriado. Pois, é 1 de Dezembro!
Vai uma semana estranha, esta.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004


Chegou sorridente, deu-me um abraço com toda a força que os seus bracinhos arranjaram, um beijinho doce, demorado e sonoro e, meia envergonhada, deu-me um presente... feito por ela. E digam lá se as crianças não são mesmo o melhor do mundo! Posted by Hello

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

Ainda não foi desta...!

Ontem, ao fim do dia, passei pela faculdade. E quando digo que passei quero dizer extactamente isso. Não fui lá; passei por lá, pela frente, de carro, a caminho de casa.

Nos meus planos para um dia cheio como o de ontem, nunca esteve incluida sequer a intenção de ir à faculdade - por mais que o devesse fazer!
Tantas outras coisas importantes por fazer... O que havia era a intenção de nem me lembrar da faculdade, e da tese, que está a tornar-se um pesadelo que me persegue.
Mas acabei por passar lá à frente.

Já estava escuro, o placard junto à Gulbenkien marcava 18:48, o trânsito estava quase parado e as luzes acesas no interior da torre da faculdade entravam-me pelos olhos, mesmo não querendo olhar.
Queria passar depressa, mas os semáforos e o trânsito de fim de dia não deixavam!
Lá olhei para dentro, quase a medo, talvez inconscientemente, à procura de alguma coisa que ainda me fosse familiar. Procurei distinguir as luzes no 6º andar, as salas que estavam ocupadas, quem estaria lá dentro ainda...
Estavam quase todas apagadas. Já quase não estava ninguém naquele departamento...
Entretanto o trânsito avançou e eu avancei com ele. Saí dali, prestei atenção a uma padaria ainda aberta, ao túnel por onde passei...
Regressei novamente a casa. Não fui à faculdade, não tinha a intenção, não o vou fazer esta semana... mas sinto um peso enorme! Sinto que carrego um fardo pesadissimo. Sei que tenho que ir, que enfrentar pessoas e situações que me vão fazer reviver o pior momento da minha vida , sei que vou ter de falar nele, antes mesmo de falar na tese! Sei que é isso que vai acontecer!
Não era o momento ainda. Não me sinto com força para isso mas, por uma questão de calendário, tenho que o fazer agora, sob pena de perder todo o trabalho. E o não acabar a tese é perpetuar um problema!

domingo, 21 de novembro de 2004


Porque parece que o caminho para nos encontrarmos pode ser feito, indiferentemente, para a frente no tempo, ou para trás, deixei de resistir, deixei-me levar pelo instinto, pela vontade, pela formação académica e... pelo sangue, e fiz-me sócia da Scottish Genealogy Society. Posted by Hello

A poem

Deparei-me com este poema e senti-me como se tivesse reencontado alguma coisa de que andava à procura sem saber.

This is my country,
The land that begat me,
These windy spaces
Are surely my own.
And those who toil here
In the sweet of their faces
Are flesh of my flesh
And bone of my bone.

Sir Alexander Grey


sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Final de semana

Tive uma semana estranha.
Os primeiros dias foram pouco productivos, e os últimos, cansativos de tanto trabalho.
Mais do que isso, a semana foi ensombrada por memórias difíceis de gerir e mágoas ainda muito presentes. E despejei-as aqui. Descarreguei aqui os fantasmas. Fui desenterrá-los sem pensar, por impulso, como um acto reflexo, com a naturalidade com que respiramos.
Ao trazê-los à luz do dia fui obrigada a encará-los, a arrumá-los, a olhar para eles com alguma racionalidade. E fui capaz de olhar para o que me aconteceu. Não fui ainda capaz de "pôr para trás das costas", mas fui capaz de perceber o que se passou com a minha vida. E mesmo que ainda me sinta triste e dorida, sinto-me mais forte e, sobretudo, mais acompanhada.
Bem sei que tenho algumas amigas de longa data que sempre estiveram ao meu lado, mas estas novas amigas daqui, deste mundinho virtual (mas com pessoas por detrás), vá-se lá saber porquê, deram-me um ânimo novo!
Ai, e agora que a semana está a chegar ao fim, bem que merecemos deliciar-nos todas com as novidades da Teresa (http://eutenhoumsonho.blogspot.com/) ...

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Sofia e Claudia

Não, ao contrário do que o título possa sugerir, este não é um post acerca de uma dupla de cantoras ou qualquer coisa do género.
É, na verdade um post pouco ortodoxo, para tentar localizar duas meninas.
A Claudia deixou-me há uns tempo uma mensagem simpática, a propósito de um assunto muito delicado para mim. Mas, se bem que consiga perceber que também tem um blog no blogspot, não consigo chegar até ele.
A Sofia deixou, também, uma mensagem, num post acerca da [ minha interminável...] tese de mestrado. E deixou-me animada até porque, para além de ser alguém que entende bem estas angústias académicas é uma colega da mesma área: História Medieval! Mas dela, para além disto só sei que é de Coimbra.
Ora, como é que eu encontro o blog dela?!
Portanto, este post, tem assim, mais ou menos, as mesmas caracteristicas que uma mensagem mandada numa garrafa atirada ao mar com a esperança de que alguém a apanhe e leia.
Alguém sabe como chegar a estas duas meninas?

terça-feira, 16 de novembro de 2004

Amigas de infância

Encontrei, por acaso, uma amiga do tempo do colégio - como o tempo passa!
Trazia nos braços, adormecido, um menino lindo, com bochechas rosadas e caracóis.

C: É o Diogo!
M: O teu filho?! É tão bonito...e está tão grande!
C: Tem 18 meses. E tu ainda não arranjaste um bocadinho de tempo para o ires vêr.

Tinha-a visto quando estava grávida, tinha prometido uma visita...
O quê que eu ando a fazer com o meu tempo...?


segunda-feira, 15 de novembro de 2004


O Panta faz doze anos em Janeiro, tem sido o mais presente dos amigos e, embora prefira a praia, anda a aproveitar a vida no campo neste "Verão de S. Martinho". Posted by Hello

domingo, 14 de novembro de 2004

Capitulo 2

Continuo sem pegar na tese!
Bem sei que é Domingo, que o dia está bonito, que não tenho ocupado o meu tempo inutilmente mas... não consigo deixar de pensar que não tenho feita nada da tese.

Continuo sem sequer falar com o meu orientador. A última vez que falámos foi há ano e meio, mais coisa menos coisa, e porque ele me telefonou!

Continuo sem actualizar o cartão deste ano - que está a acabar! - da Torre do Tombo.

Continuo sem coragem para pegar nas fichas de leitura, nas fichas prosopográficas, nos capitulos escritos, nos capitulos por acabar, nos mapas, nos quadros... em nada!

Continuo sem ser capaz de voltar à Torre do Tombo, de trabalhar na BN, de circular na faculdade.
Continuo, ainda, sem coragem para voltar a encontar pessoas que me fazem mal e voltar a mexer em ferida ainda tão doridas.
Continuo com medo de fantasmas.

Às vezes, penso que já apreendi tudo o que tinha a aprender com este mestrado: fiz os seminários, fiz a investigação. Não é por passar as conclusões para o papel que vou a aprender mais nada.
Mas, se não o acabo, não me vou sentir mal comigo? Não vou sentir que desisti, que fracassei, que fui fraca? Não perde o sentido todo o trabalho que ficou pelo caminho? Não vou desiludir as pessoas que acreditaram em mim e - pior! - as que me ajudaram?

Começo até a sentir vontade de voltar a fazer investigação; mas noutro sítio, talvez noutro país. Mas, para isso, tenho que acabar a tese, não é?
Então porquê que não a acabo???

sexta-feira, 12 de novembro de 2004


Continuo com muita vontade de estar na Escócia! Não sei se é por estar cansada (apesar de não ter feito quase nada hoje), ou por outro motivo qualquer... E a Clô a querer estar aqui...! Posted by Hello

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Northsound 1

Tenho ascendência escocesa; distante mas muito presente.

Gosto de dias de nevoeiro (sim, também gosto do Sol), gosto do vento frio na cara, gosto de chá quente, de scones, de compota de morango com manteiga, de música celta, de castelos isolados, das lendas, de tecidos de tartan... e até de homens de kilt!

Enquanto anseio pela hora de ir para casa, tomar um banho quente e descansar; enquanto aqui estou no escritório em companhia de papéis, de telefones, do computador e do fax, graças às maravilhas da tecnologia, sitonizei a Northsound 1, uma rádio das terras altas escocesas e...quase me sinto lá!

Não sou nenhuma das duas amazonas, nem uso o traje de equitação português, porque a minha égua é uma Puro Sangue Inglês, mas tenho pena de não ter podido ir este ano à Golegã (também já não fui nos anos mais recentes!), especialmente hoje, que é dia de S. Martinho. Posted by Hello

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Falta de tempo

Ando sem tempo! Sem tempo para nada!
Não resisto a largar os afazeres, literalmente, a meio, para correr a fazer uma visitinha aos blogs das amigas.
Visita feita; passo por este. Mas, depois de ontem me ter dado ao luxo de ficar a cuidar da minha gripe, hoje, mais do que nunca tenho de andar a "correr" (até podia tirar as aspas). Ainda por cima tenho que resolver uma série de coisas fora do escritório.
E pronto; aqui estou a gastar o tempo que não tenho, para dizer que não tenho tempo!
Incongruências femiminas...!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2004

Plácido...

Hoje estou calma.
Não estou feliz mas estou calma. Sinto uma tranquilidade quase doce; uma sensação da qual já quase não tinha memória.

Ontem, apesar de cansada, fiz questão de ler um bocadinho do meu livro de cabeceira, o Ivanhoe, que tem andado tão abandonado.
O texto minuncioso, as descrições pormenorizadas, feitas como se o tempo não tivesse importância e o importante fosse ver e viver tudo o que existe em cada momento e sítio, deixaram-me embalada para um sono reparador.
Muito eu gosto deste meu livro escrito na lingua original, e de uma edição ainda do século XIX, comprado por uma "pechincha" numa feira de velharias!
De manhã acordei com vontade de ficar na cama, mas como não podia...
Mas estava lá o Sol para dar uma ajuda.
Depois o dia correu assim...plácido. Apesar do trabalho e de ter passado o dia sem conseguir aceder a este blog.
É isso mesmo, plácido! Foi assim o meu dia, e soube-me bem!

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Ponto da situação

O dia de ontem: trabalho, trabalho, trabalho!

O dia de hoje: trabalho, trabalho!

Lado mau: não dá tempo para respirar.

Lado bom: não dá tempo para pensar.

quinta-feira, 28 de outubro de 2004


Queria, queria! Como se a culpa fosse minha, como se lhe devesse alguma coisa... Posted by Hello

E eu queria fugir... Posted by Hello

Ele...está cá...! Posted by Hello

quarta-feira, 27 de outubro de 2004

Capitulo I

Finalmente acabaram as vindimas! Ontem!
Record absoluto; nunca tinham acabado tão tarde.
Sinto uma certa tranquilidade, mas ainda há tantas coisas para fazer que é inútil pensar que antes do final da semana vou conseguir retomar a minha rotina.
Por agora, começo a preocupa-me sobretudo com a tese de mestrado que já devia estar entregue. Preocupa-me o facto de estar a deixar passar o tempo sem sequer telefonar ao meu orientador. Preocupa-me o facto de, depois de alguns meses sem lhe pegar [não; a culpa não é só da vindima] já não me lembrar de muitas coisas importantes, o não saber de algumas das fichas prosopográficas, a mudança de algumas das cotas da Torre do Tombo, as datas de entrega e as mil burocracias da faculdade, ter de consultar grande parte de bibliografia porque, não tendo feito fichas de leitura, e ao fim de tanto tempo, não me lembro de grande parte do que li... Tantas e tantas coisas!
Preocupa-me acima de tudo o tempo a passar e a falta de coragem para retomar!

terça-feira, 26 de outubro de 2004

Actualizações

A barra aqui do lado desceu, por artes mágicas, para o fundo do blog.
Eu, que não percebo nada destes assuntos, cansei-me de tentar puxá-la para cima. Infrutiferamente.
De repente lembrei-me de mudar o tempalte e resultou. Está menos cor-de-rosa, mas a barra está cá em cima de novo!

Ao amanhecer estava um Sol radioso. De repente, um nevoeiro que avançou a partir do Tejo deixou o dia cinzento e frio. Mas se subirmos ao cimo dos montes a o dia está assim... Posted by Hello

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Há outros...

Há outros dias "assim-assim"!
É verdade que não estou num bom momento, por várias razões mas, como qualquer boa portuguesa ( e portugês), devo considerar que podia ser bem pior.
Nem a internet da Telepac, pela qual pago 35,15 Euros mensais funciona desde o dia 24 de Setembro. Mas, podia ser pior. Pois podia! Ainda tenho a internet telefónica à velocidade de um caracol. Mas funciona, não é?
Podia ser bem pior!

sexta-feira, 22 de outubro de 2004

Há dias...

Há dias para esquecer! Sem mais.

terça-feira, 19 de outubro de 2004

Pequenas conquistas

Ontem à noite consegui arranjar tempo para fazer uns biscoitos (simples, mas bons). E depois ainda consegui beber um chá acompanhado, não por um, mas por dois desses bolinhos, ainda um pouco quentes.
É verdade que, para conseguir este luxo de dispêndio de tempo numa ocasião destas, tive que retirar uma horita de sono, mas já foi uma conquista. Uma pequena conquista; um pouco de normalidade dentro de uns dias tão complicados.

segunda-feira, 18 de outubro de 2004

Afinal...não!

Afinal, as vindimas não continuam!
A chuva não deixa. Vai estar parada por uns dias.
Mas continuam os trabalhos na adega; ainda lá estão a trabalhar a esta hora.
As uvas apanhadas durante a manhã estão a ser esmagadas, e nos dois velhinhos lagares de pedra (180 anos!) estão a fermentar as que foram apanhadas nos últimos quatro dias.
De qualquer modo, nem por isso vou ter uma semana menos atarefada do que a anterior. E eu a precisar tanto de umas férias!
Consequências de mais uma semana assim:
1. Tese de mestrado "congelada"
2. Saída com o V. adiada
3. O livro de "cabeceira", o Ivanhoe, não é lido há nove dias
4. A carriça (a minha égua), não sai do estábulo também há nove dias
5. Vou continar a dormir horas a menos
Felizmente, os dias passam depressa!

domingo, 17 de outubro de 2004


Afinal... esta semana as vindimas continuam! Posted by Hello

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Vindimas!!!

Nem acredito que ainda estamos com vindimas!
Pior! Nem acredito que ainda estamos EM PLENAS VINDIMAS!
Desde pequena que sempre acompanhei as vindimas aqui da quinta (por vontade do meu avô). Só faltei um ano por estava em viagem a Itália.
Agora não as perco por nada, mas tudo isto a juntar ao meu trabalho habitual e a uma tese de mestrado por entregar é... muita coisa.
Nem acredito que tenho os sapatos cheios de terra, as calças e a camisola cheia de pingos do sumo das uvas e o cabelo em desalinho. Que como uvas a todas as refeições, que quase não bebo água porque bebo sumo de uva, que quase não durmo porque não tenho tempo, que não vejo as notícias porque não saio da adega, que o primeiro vinho já está a fermentar e eu não resisto a encostar o ouvido às barricas para o ouvir borbulhar.
Estou tão cansada... mas é tão bom!

segunda-feira, 11 de outubro de 2004

Eu não queria voltar a queixar-me, e não é uma queixa, mas hoje foi (está a ser) um daqueles dias inúteis e frustantes.
Comecei a trabalhar às oito horas. Fiz dois telefonemas e, entretanto, aparece o técnico para substituir o modem (avariado desde o dia 24!). Levou toda a manhã. Mais um telefonema. O almoço a "correr". Uma tarde pouco produtiva, com várias interrupções.
Balanço do dia: a internet continua a trabalhar de uma forma intermitente, o trabalho está mais atrasado do que na sexta-feira, lá fora deixaram tudo fora do lugar, as pessoas que cá trabalham já foram para casa tranquilas e com o dia ganho. Eu estou cansada e, o que é pior, com a horrivel sensação de que, por mais que trabalhe (ou talvez seja: quanto mais trabalho) não consigo controlar as coisas. Queria ir embora, tomar um banho quente, deitar-me na cama e dormir 14 horas. Mas ainda existe um contrato para assinar hoje, e até a minha égua à espera do jantar, e tantas coisas ainda...

Afinidades...

Quando entrei para a faculdade achei que arranjaria colegas mas não amigas. Era daquelas pessoas que pensava que as amizades se criam na adolescência.
Estava enganada. Algumas das minhas amigas conheci-as durante a licenciatura.
Depois, no mestrado, conheci algumas pessoas que julgava virem a ser apenas colegas mas enganei-me mais uma vez; tenho por amigas a minha colega Isabel (hoje já a fazer um doutoramento) e a Paula.
Também conservo amigas do tempo do colégio e das férias de infância passadas em St.ª Cruz.
Mas, ao contrário do que possa parecer, não são muitas; são mesmo muito poucas.
Convivemos com facilidade com muita gente; vestimos o mesmo tipo de roupa, vemos os mesmos filmes, vamos aos mesmos sitios, falamos da mesma maneira... Mas, na realidade, há muito tempo que sinto que não encontrei as pessoas com quem teria mais afinidades.
Não quero dizer que não tenho afinidades com as minhas amigas. Mas convivi de perto com muitas pessoas que tinham a aparência de amigas mas que, reparei depois, a única coisa que tinhamos em comum era termos o mesmo "tipo" (tipo de roupa, corte de cabelo, alguns hábitos originados numa educação semelhante...). Tudo superficial e aparente; nada de intrinseco.
Uma das vantagens da internet é que acaba por facilitar o contacto entre pessoas que, genuinamente, têm alguma coisa que as une. Afinidades reais, sem ter em conta o superficial e a aparência (até porque não nos vemos!).
Eu, dei por mim, para surpresa minha, a visitar babyblogs e afins e a sentir-me confortável aí. Eu que, apesar de adorar crianças e ter como principal objectivo ser mãe, não estou a pensar em engravidar nos próximos tempos (até porque é preciso um pai e eu estou, por agora, a curar as feridas de uma relação terminada) encontrei afinidades justamente nessas pessoas. Ai, ai... acho que o instinto começa a manifestar-se...

domingo, 10 de outubro de 2004

Teresa

Como nem tudo é cinzento...num périplo por uns blogs encontrei, por acaso, o da Teresa.
Todos temos objectivos na vida. Eu até acho que uma das formas de saber se somos boas pessoas é analisá-los para perceber se são realmente meritórios.
O da Teresa é! É o mais nobre dos objectivos e o mais lindo dos sonhos. E ainda tem a coragem de dividir connosco as suas esperanças, dúvidas e os seus receios, tornando-nos, assim, cumplices dessa luta que, com certeza, vai ser bem sucedida.
Se eu não fosse tão ignorante em questões de informática e soubesse colocar links aqui na barrinha do lado, o dela seria o primeiro. Assim, só posso dizer que a encontrei aquihttp://eutenhoumsonho.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de outubro de 2004

Reparei...

Reparei que pareço andar muito azeda.
Na verdade, o último ano foi complicado, o mais complicado da minha vida. Perdi algumas pessoas importantes para mim, e quando me refiro a perdas não se trata de um eufemismo para significar, forçosamente, morte. Quero dizer simplesmente que as perdi.
Algumas dessas pessoas tinha-as por amigas. A surpresa foi revelarem-se precisamente o contrário.
O outro lado da moeda é que outras pessoas, a quem muitas vezes nem tinha dado muita atenção, revelaram-se, essas sim, merecedoras do estatuto que eu tinha dado a quem não devia.
Seja como fôr, não adianta mascarar a tristeza com irritação. Irritação contra o trabalho, o tempo, as noticias do telejornal, a telepac, os serviços, os impostos...
Não estou zangada nem irritada; estou triste. Pronto.
Custa ter a humildade para confessar uma coisa tão simples, porque na tristeza se vislumbra uma pontinha de fragilidade, mas faz bem reconhecer a verdade.

quarta-feira, 6 de outubro de 2004


A propósito de "babyblogs"...lembrei-me do meu avô Bartolomeu. Também foi bebé. Posted by Hello

terça-feira, 5 de outubro de 2004

Zamora - 5 de Outubro de 1143

Hoje é 5 de Outubro. Feriado nacional.
Há quem comemore hoje a implantação da républica, regime resultante de um golpe realizado em Lisboa por algumas pessoas e comunicado ao resto do país por telegrafo. Diga-se, aliás, em abono da verdade, que é um regime não democrático porque até hoje, à população portuguesa, não foi permitido escolher livremente, por sufrágio popular e universal, o regime em que querem viver.
Eu, entre outras pessoas, comemoro o 5 de Outubro porque é uma data importante. É importante porque é a data do aniversário do Tratado de Zamora realizado a 5 de Outubro de 1143 entre D. Afonso Henriques, o nosso primeiro rei, e Afonso VII de Leão, em que estabeleceram a paz entre os dois reinos.
Sem este tratado simplesmente não teriamos este país. Mas às vezes pergunto-me se terá valido a pena o esforço, e muitas vezes a própria vida, de pessoas que viveram antes de nós...

segunda-feira, 4 de outubro de 2004

Desabafos

Desde o dia 24 de Setembro que tenho uma avaria na internet, oficialmente reconhecida pela TELEPAC. A previsão para a solução da dita avaria era de 48 horas. Mas hoje ainda não está arranjada!
Entretanto, nas rarissimas vezes que tenho conseguido aceder à internet, e durante os curtos espaços de tempo em que isso ocorre, tenho andado a ver "babyblogs". Se calhar é porque por lá a vida parece mais cor de rosa...

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

Strawberry Preserve

Hoje estive a fazer compota de morangos.
Uma receita vinda da Escócia e, por isso mesmo, muito, muito doce.
Lá estão. Oito fraquinhos em cima da mesa da cozinha, com um doce que deixa passar a luz através do seu corpo de um vermelho escuro mas brilhante.
Aconchegantes... Transportam-me para dias frescos, chá quente, lanches calmos, um bom livro, uma boa companhia... Mas hoje está calor! Um calor insuportável!

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Sleepy

Estou com sono. Imenso sono!
Tanto sono que me sinto vazia de qualquer outra sensação.

sábado, 11 de setembro de 2004

11 de Setembro

Não suporto lugares comuns e estou cansada dos discursos dos politicos mas não consigo deixar de me lembrar que hoje é 11 de Setembro.
Naquele 11 de Setembro estava na Torre do Tombo e a noticia chegou lá muito atenuada. Lembro-me de ouvir "Está a passar-se qualquer coisa de estranho!" e " Sabes as torres gémeas na América? Parece que já não existem!". Algumas pessoas sairam mais cedo. Eu não. Só quando cheguei a casa vi a tragédia e as pessoas a salarem das torres.
Não consigo pensar nas pessoas que lá morreram, e nas que morreram em Madrid, e nos inocentes mortos naquela escola na Rússia.
Que, pelo menos, descansem em paz!

Born...

Não sou nem um pouco suspeita de ser simpatizante do Dr. Paulo Portas e tive muita dificuldade em aceitar (ainda tenho!) que um gorverno, neste país e neste tempo, não resultasse de uma escolha democrática mas, em relação ao caso do já demasiaso famoso barco do aborto, tenho que reconhecer que tomou a decisão certa.
Não sei se politicamente certa. Mas juridica e moralmente certa.
Agora, que lá se foram embora, não consigo deixar de pensar que seriam mais úteis se, em vez de incitarem ao aborto se preocupassem em esclarecer as mulheres sobre os métodos de evitar uma gravidez indesejada ou se transferissem algum do dinheiro, que parece não lhes faltar, para ajudar aquelas que só por razões económicas não se sentem em condições de criar um filho.
E aqueles que dizem bater-se pela livre escolha das mulheres, será que nunca pensaram que, provávelmente, na sua maioria, elas não optam pelo aborto por sua vontade mas porque não têm quem as ajude?
E não se indignam que os cuidados neonatais neste país sejam piores do que, por exemplo, nos E.U.A. ou em Inglaterra e que isso leve à morte de bebés que, com outra assistência, podiam viver?
À vida não dão, óbviamente, valor!
Dizem que lutam pela liberdade. Mas a primeira das liberdades não é poder viver?

quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Cansada!

Tinha (tenho) um blog no sapo, o "another". Mas cansei-me dos erros, das esperas, das dificuldades para editar posts... e mudei-me!
Entretanto o primeiro blog que criei aqui desapareceu.
Será que este vai funcionar?