terça-feira, 30 de novembro de 2004


A gift... from the other side of the channel... Posted by Hello

Foi só um dia...

No final da tarde de Domingo, que tinha decorrido calmo e preguiçoso como qualquer outro Domingo, comecei a sentir-me um bocadinho enjoada, com uns arrepiozinhos, umas dores no corpo... Jantei Nestum, como se fosse novamente pequenina, porque não me apetecia mais nada.
A noite não foi das melhores, e o dia que se lhe seguiu não deixa saudades...
Hoje, ainda que bastante mais tarde do que o habitual, acordei a sentir-me bastante recuperada e voltei à minha rotina.
Passou só um dia, mas tenho a sensação que as coisas não estão no mesmo lugar, que a agenda está desactualizada, que perdi o sentido de orientação, que está tudo atrasado e que não tenho controle nas coisas... e amanhã é feriado. Pois, é 1 de Dezembro!
Vai uma semana estranha, esta.

quinta-feira, 25 de novembro de 2004


Chegou sorridente, deu-me um abraço com toda a força que os seus bracinhos arranjaram, um beijinho doce, demorado e sonoro e, meia envergonhada, deu-me um presente... feito por ela. E digam lá se as crianças não são mesmo o melhor do mundo! Posted by Hello

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

Ainda não foi desta...!

Ontem, ao fim do dia, passei pela faculdade. E quando digo que passei quero dizer extactamente isso. Não fui lá; passei por lá, pela frente, de carro, a caminho de casa.

Nos meus planos para um dia cheio como o de ontem, nunca esteve incluida sequer a intenção de ir à faculdade - por mais que o devesse fazer!
Tantas outras coisas importantes por fazer... O que havia era a intenção de nem me lembrar da faculdade, e da tese, que está a tornar-se um pesadelo que me persegue.
Mas acabei por passar lá à frente.

Já estava escuro, o placard junto à Gulbenkien marcava 18:48, o trânsito estava quase parado e as luzes acesas no interior da torre da faculdade entravam-me pelos olhos, mesmo não querendo olhar.
Queria passar depressa, mas os semáforos e o trânsito de fim de dia não deixavam!
Lá olhei para dentro, quase a medo, talvez inconscientemente, à procura de alguma coisa que ainda me fosse familiar. Procurei distinguir as luzes no 6º andar, as salas que estavam ocupadas, quem estaria lá dentro ainda...
Estavam quase todas apagadas. Já quase não estava ninguém naquele departamento...
Entretanto o trânsito avançou e eu avancei com ele. Saí dali, prestei atenção a uma padaria ainda aberta, ao túnel por onde passei...
Regressei novamente a casa. Não fui à faculdade, não tinha a intenção, não o vou fazer esta semana... mas sinto um peso enorme! Sinto que carrego um fardo pesadissimo. Sei que tenho que ir, que enfrentar pessoas e situações que me vão fazer reviver o pior momento da minha vida , sei que vou ter de falar nele, antes mesmo de falar na tese! Sei que é isso que vai acontecer!
Não era o momento ainda. Não me sinto com força para isso mas, por uma questão de calendário, tenho que o fazer agora, sob pena de perder todo o trabalho. E o não acabar a tese é perpetuar um problema!

domingo, 21 de novembro de 2004


Porque parece que o caminho para nos encontrarmos pode ser feito, indiferentemente, para a frente no tempo, ou para trás, deixei de resistir, deixei-me levar pelo instinto, pela vontade, pela formação académica e... pelo sangue, e fiz-me sócia da Scottish Genealogy Society. Posted by Hello

A poem

Deparei-me com este poema e senti-me como se tivesse reencontado alguma coisa de que andava à procura sem saber.

This is my country,
The land that begat me,
These windy spaces
Are surely my own.
And those who toil here
In the sweet of their faces
Are flesh of my flesh
And bone of my bone.

Sir Alexander Grey


sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Final de semana

Tive uma semana estranha.
Os primeiros dias foram pouco productivos, e os últimos, cansativos de tanto trabalho.
Mais do que isso, a semana foi ensombrada por memórias difíceis de gerir e mágoas ainda muito presentes. E despejei-as aqui. Descarreguei aqui os fantasmas. Fui desenterrá-los sem pensar, por impulso, como um acto reflexo, com a naturalidade com que respiramos.
Ao trazê-los à luz do dia fui obrigada a encará-los, a arrumá-los, a olhar para eles com alguma racionalidade. E fui capaz de olhar para o que me aconteceu. Não fui ainda capaz de "pôr para trás das costas", mas fui capaz de perceber o que se passou com a minha vida. E mesmo que ainda me sinta triste e dorida, sinto-me mais forte e, sobretudo, mais acompanhada.
Bem sei que tenho algumas amigas de longa data que sempre estiveram ao meu lado, mas estas novas amigas daqui, deste mundinho virtual (mas com pessoas por detrás), vá-se lá saber porquê, deram-me um ânimo novo!
Ai, e agora que a semana está a chegar ao fim, bem que merecemos deliciar-nos todas com as novidades da Teresa (http://eutenhoumsonho.blogspot.com/) ...

quarta-feira, 17 de novembro de 2004

Sofia e Claudia

Não, ao contrário do que o título possa sugerir, este não é um post acerca de uma dupla de cantoras ou qualquer coisa do género.
É, na verdade um post pouco ortodoxo, para tentar localizar duas meninas.
A Claudia deixou-me há uns tempo uma mensagem simpática, a propósito de um assunto muito delicado para mim. Mas, se bem que consiga perceber que também tem um blog no blogspot, não consigo chegar até ele.
A Sofia deixou, também, uma mensagem, num post acerca da [ minha interminável...] tese de mestrado. E deixou-me animada até porque, para além de ser alguém que entende bem estas angústias académicas é uma colega da mesma área: História Medieval! Mas dela, para além disto só sei que é de Coimbra.
Ora, como é que eu encontro o blog dela?!
Portanto, este post, tem assim, mais ou menos, as mesmas caracteristicas que uma mensagem mandada numa garrafa atirada ao mar com a esperança de que alguém a apanhe e leia.
Alguém sabe como chegar a estas duas meninas?

terça-feira, 16 de novembro de 2004

Amigas de infância

Encontrei, por acaso, uma amiga do tempo do colégio - como o tempo passa!
Trazia nos braços, adormecido, um menino lindo, com bochechas rosadas e caracóis.

C: É o Diogo!
M: O teu filho?! É tão bonito...e está tão grande!
C: Tem 18 meses. E tu ainda não arranjaste um bocadinho de tempo para o ires vêr.

Tinha-a visto quando estava grávida, tinha prometido uma visita...
O quê que eu ando a fazer com o meu tempo...?


segunda-feira, 15 de novembro de 2004


O Panta faz doze anos em Janeiro, tem sido o mais presente dos amigos e, embora prefira a praia, anda a aproveitar a vida no campo neste "Verão de S. Martinho". Posted by Hello

domingo, 14 de novembro de 2004

Capitulo 2

Continuo sem pegar na tese!
Bem sei que é Domingo, que o dia está bonito, que não tenho ocupado o meu tempo inutilmente mas... não consigo deixar de pensar que não tenho feita nada da tese.

Continuo sem sequer falar com o meu orientador. A última vez que falámos foi há ano e meio, mais coisa menos coisa, e porque ele me telefonou!

Continuo sem actualizar o cartão deste ano - que está a acabar! - da Torre do Tombo.

Continuo sem coragem para pegar nas fichas de leitura, nas fichas prosopográficas, nos capitulos escritos, nos capitulos por acabar, nos mapas, nos quadros... em nada!

Continuo sem ser capaz de voltar à Torre do Tombo, de trabalhar na BN, de circular na faculdade.
Continuo, ainda, sem coragem para voltar a encontar pessoas que me fazem mal e voltar a mexer em ferida ainda tão doridas.
Continuo com medo de fantasmas.

Às vezes, penso que já apreendi tudo o que tinha a aprender com este mestrado: fiz os seminários, fiz a investigação. Não é por passar as conclusões para o papel que vou a aprender mais nada.
Mas, se não o acabo, não me vou sentir mal comigo? Não vou sentir que desisti, que fracassei, que fui fraca? Não perde o sentido todo o trabalho que ficou pelo caminho? Não vou desiludir as pessoas que acreditaram em mim e - pior! - as que me ajudaram?

Começo até a sentir vontade de voltar a fazer investigação; mas noutro sítio, talvez noutro país. Mas, para isso, tenho que acabar a tese, não é?
Então porquê que não a acabo???

sexta-feira, 12 de novembro de 2004


Continuo com muita vontade de estar na Escócia! Não sei se é por estar cansada (apesar de não ter feito quase nada hoje), ou por outro motivo qualquer... E a Clô a querer estar aqui...! Posted by Hello

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Northsound 1

Tenho ascendência escocesa; distante mas muito presente.

Gosto de dias de nevoeiro (sim, também gosto do Sol), gosto do vento frio na cara, gosto de chá quente, de scones, de compota de morango com manteiga, de música celta, de castelos isolados, das lendas, de tecidos de tartan... e até de homens de kilt!

Enquanto anseio pela hora de ir para casa, tomar um banho quente e descansar; enquanto aqui estou no escritório em companhia de papéis, de telefones, do computador e do fax, graças às maravilhas da tecnologia, sitonizei a Northsound 1, uma rádio das terras altas escocesas e...quase me sinto lá!

Não sou nenhuma das duas amazonas, nem uso o traje de equitação português, porque a minha égua é uma Puro Sangue Inglês, mas tenho pena de não ter podido ir este ano à Golegã (também já não fui nos anos mais recentes!), especialmente hoje, que é dia de S. Martinho. Posted by Hello

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Falta de tempo

Ando sem tempo! Sem tempo para nada!
Não resisto a largar os afazeres, literalmente, a meio, para correr a fazer uma visitinha aos blogs das amigas.
Visita feita; passo por este. Mas, depois de ontem me ter dado ao luxo de ficar a cuidar da minha gripe, hoje, mais do que nunca tenho de andar a "correr" (até podia tirar as aspas). Ainda por cima tenho que resolver uma série de coisas fora do escritório.
E pronto; aqui estou a gastar o tempo que não tenho, para dizer que não tenho tempo!
Incongruências femiminas...!!!

sexta-feira, 5 de novembro de 2004

Plácido...

Hoje estou calma.
Não estou feliz mas estou calma. Sinto uma tranquilidade quase doce; uma sensação da qual já quase não tinha memória.

Ontem, apesar de cansada, fiz questão de ler um bocadinho do meu livro de cabeceira, o Ivanhoe, que tem andado tão abandonado.
O texto minuncioso, as descrições pormenorizadas, feitas como se o tempo não tivesse importância e o importante fosse ver e viver tudo o que existe em cada momento e sítio, deixaram-me embalada para um sono reparador.
Muito eu gosto deste meu livro escrito na lingua original, e de uma edição ainda do século XIX, comprado por uma "pechincha" numa feira de velharias!
De manhã acordei com vontade de ficar na cama, mas como não podia...
Mas estava lá o Sol para dar uma ajuda.
Depois o dia correu assim...plácido. Apesar do trabalho e de ter passado o dia sem conseguir aceder a este blog.
É isso mesmo, plácido! Foi assim o meu dia, e soube-me bem!

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Ponto da situação

O dia de ontem: trabalho, trabalho, trabalho!

O dia de hoje: trabalho, trabalho!

Lado mau: não dá tempo para respirar.

Lado bom: não dá tempo para pensar.