segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Sucintamente...


Fico-me por um Sábado na Golegã e um Domingo com umas comprinhas, sensatas, de manhã, uma tarde junto ao Tejo na esplanada do In Rio (passo a publicidade), e um jantar com uma amiga que não via há algum tempo.

Fico-me por isto em vez de virar a mesa e apanhar o primeiro avião.
Fico-me por isto, e fico-me muito bem. Muito sossegadinha e serena.

Coisas de mulheres...! Somos mesmo um bocadinho... estranhas.
Mas não somos malucas. Mesmo que não sejam evidentes a mais ninguém, nós temos as nossas razões, e muito fortes. É como dizia o outro, o essencial é invisível aos olhos.
Coisas de mulheres... coisas de mulheres...

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

De mim

Não sei se é dos dias de Sol, do S. Martinho, do muito trabalho, das rotinas, de alguma misteriosa conjuntura astral, da hipersensibilidade feminina, das nozes, das castanhas, da água pé, da mudança do gel de banho... Ou por outra, até sei.
Sei muito bem, mas não me apetece dizer, nem e mim, e não vejo mal nisso. Não tenho de analisar cuidadosamente tudo, descobrir e etiquetar todas as sensações e estados de espírito, todas as causas de alegrias e tristezas, sorrisos e lágrimas.
Tenho é de viver com elas. Quer queira e goste; quer não queira e, obviamente, não goste.

O facto agora, é que me apetece uma lufada de ar fresco, virar a mesa, ou outra qualquer expressão equivalente (ou complementar) que a nossa preciosa lingua nos forneça e que não me ocorra de momento.
Apetece-me mudar a decoração de todas as divisões da casa que são mais utilizadas por mim. Apetece mudar tudo: candeeiros, colchas, tapetes, quadros, almofadas, estantes, arrumação dos livros, mudar jarras e flores (esta última coisa, mais do que fácil, é sempre inevitável).
Apetece-me mudar de corte de cabelo, mudar de guarda roupa, deitar fora todo o calçado e comprar tudo de novo.
Apetece-me mudar de perfume e comprar quilos de make-up (que quase não uso) e usar brincos de pares diferentes.
Apetece-me ler coisas que não façam parte dos meus hábitos, que não conheça sequer, de preferência.
Apetece-me alterar horários, hábitos e rotinas.
Apetece-me falar com pessoas com quem não fale há muito (ou nunca tenha falado), sobre assuntos que não tenha o hábito de aflorar.
Apetece-me, mudar de trabalho e de casa.
Voltou a apetecer-me, depois de uma sensação de que aqui-é-que-estou-bem-e-não-quero-por-nada-nada-nada-deste-mundo-ir-para-longe-nem-um-cêntimetro-que-seja que durou vários meses, apanhar um avião e sair daqui, em direcção ao país dos scones (que não é a Inglaterra, mas a Escócia) de preferência sem data de regresso.

Pronto. Apetece-me... mas não posso. Encarar estas vontades e verbalizá-las é o mais longe que posso ir nestes anseios.
Valha-me a falta de tempo e a abundância de compromissos que me limitam; caso contrário era uma estragaceira de dinheiro e um furacão na minha vida onde nada ficaria no lugar.
É que, muitas vezes, entre aquilo que desejamos e aquilo que nos convém vai uma grande distância. E, outras tantas vezes, aquilo que nos move, que nos provoca estas súbitas e inesperadas vontades, não é um desejo autêntico, é sim uma reacção de fuga em frente, um abanar de cabeça como quem se nega a aceitar o que a vida lhe colocou no caminho.
Eu sei o que me move, sei que nem é apenas uma coisa, e sei também que uma delas até tinha a capacidade de quase anular os efeitos nefastos de outras.
Sei isso tudo, mas não quero saber. Prefiro abanar a cabeça como se isso me libertasse de tudo o que não é benéfico e respirar fundo para fazer entrar ar novo.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

Das palavras

Gosto delas. Gosto muito das palavras.
Tenho andado a pensar nisso, ultimamente, mas assim muito de relance. A observação do Miguel, num comentário ao post anterior, fez-me reparar mais a sério nessa realidade.
Gosto pois. Gosto muito de palavras.

Sempre, desde pequena, fui muito mais de palavras do que de gestos.
Gosto delas porque dão para tudo. Permitem dizer tudo, exprimir todos os estados de espírito, mostrar ou esconder sentimentos e, desde que o façamos com jeito, dão-nos mais defesa do que os gestos.
Nunca fui de festinhas e abraços (Pois! Tu deves estar a pensar que não é bem assim. Mas tu és uma excepção. A isto e a outras coisas. E, se bem te lembras, já te te disse que, da primeira vez que me tocaste fiquei, por instantes, sem saber se te atirava ao mar ou se me atirava a mim.). E isso foi, desde cedo motivo de queixas de pessoas chegadas.
As palavras davam-me mais defesa, mais segurança.

Permitem tudo. Transmitir informação, afecto, antipatias, desagrados, pontos em comum e divergências, diversão, melancolia, coisas concretas e coisas abstractas. Gosto delas, pois gosto.
E gosto, especialmente, de mexer nelas sem ter que as pensar, nem medir. Eu, que tenho de as usar pesando exactamente o seu significado, que tenho (tive, e voltei agora a ter) de escrever com a preocupação do rigor nos conteúdos e na forma, gosto muitíssimo de as poder fazer sair assim, soltas, sem pensar, como se fossem crianças a brincar sem a supervisão dos adultos.
E, também por isso que gosto do blog. Posso não escrever hoje, como escrevia nos primeiros tempos em que não pensava no quanto nos podemos expor assim, e quando pensava que nunca aqui ninguém chegaria. Não, não escrevo da mesma maneira. Às vezes, algumas vezes mesmo, dou já por mim a pensar que é sensato não dizer isto, não mostrar alguma coisa, ou não expor aquilo.
Penso, e tenho pena que as palavras, de que gosto tanto, já não sejam tão livres e expontâneas como o foram antes mas, ainda assim, são-no mais aqui do que em outros lugares.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Note to self

Ando com muito sono.
Hoje estou perdida (com e sem aspas). Mas hoje sei porque é.

Também ando com muita fome. Com fome de loba. E isso não sei porque é.
Sei que isso me leva a também ter vontade de cozinhar, o que é uma vantagem para quem estiver por perto.

Note to self:

No primeiro caso: não ficar a discutir o sexo dos anjos, pela noite dentro a um dia de semana. Especialmente se já tinha adormecido.
E não me esquecer, em todos os outros dias, que seria bom dormir as 7 horinhas por noite.

No segundo caso: voltar a fazer exercício. Não me preocupam os quase dois quilos ganhos desde o fim do Verão. Isso, felizmente, ainda não é um problema.
Mas, ainda assim, parece-me conveniente. Se bem que isso... abra mais o apetite. Enfim... não sei.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Riba - Tejo


Hoje, sem palavras.
Por razão nenhuma. Só porque me apetece.