sexta-feira, 29 de abril de 2005

Há muito, muito tempo...

Era assim que começavam muitas das histórias que costumavam contar-me em criança.
Hoje, e em muitos outros dias, tenho uma particularmente presente.

Há muito, muito tempo, num reino muito distante, vivia uma princesa com o seu pai.
Um dia o rei foi para a guerra, defender o seu reino de um rei muito mau, seu vizinho. E foi capturado por esse rei mau.
O rei mau mandou então chamar a assustada princesa e disse-lhe:

- Se queres libertar o teu pai tens que fazer uma coisa.

A triste princesa, em lágrimas, disse que sim, que faria qualquer coisa para salvar o seu bom pai, única família que lhe restava.

- Então - disse o rei mau - tens que vir ao palácio e falar-me, mas nem de noite nem de dia, nem nua nem vestida, nem a pé nem a cavalo!

Claro, que como em todas as histórias que se contam às crianças, também esta teve um final feliz. Mas, mesmo assim, sempre me causou alguma inquietação.
Acho que, nos dias que correm, quase todos os dias nos pedem coisas destas. E nós lá vamos fazendo!
Mas não é nada! Estou tão bem disposta como nos últimos dias. Irritantemente bem disposta! Mas gostava de ter fim-de-semana, porque até ando um bocadinho cansada.

quinta-feira, 28 de abril de 2005

Ai, férias, férias...

Esta noite sonhei com o Sr. Fogg! Um distinto senhor raposa, personagem principal de uma série de desenhos animados que via em pequena - e via muitas: Bell e Sebastião, Os Três Moscãoteiros, a Abelha Maia, o Tom Soyar...
O Mr. Fogg tinha feito uma aposta. Tinha apostado que conseguia dar a volta ao mundo em oitenta dias, e durante meses eu acompanhei deliciada as mais que muitas aventuras desse elegante e fleumático Sr. Raposa.

É verdade que não controlamos os sonhos. Mas eu até sei porquê que sonhei com o Sr. Fogg!
Soube ontem; vou ter 20 dias de férias. Os primeiros 20 dias de Agosto.
Sei que não é mau. Que há muita gente em condições piores. Que eu própria, o ano passado, também só tive duas semanas. Mas... queria mais. E merecia!
Tinha prometido a mim mesma que ia ter mais tempo.

Quando era pequena ia para a praia mal acabavam as aulas. Eram umas férias enormes e vinha para a vindima, sempre a chorar.
Repetia sempre que quando fosse grande ia passar muito mais tempo lá. Ia viver ao pé do mar o ano todo! Ai, Inocência!
Agora, que cresci, tenho ainda menos tempo!
Tinha planeado quatro ou cinco semanas na praia, e queria fazer uma viagem. Não de volta ao mundo como o Sr. Fogg. Mas uma viagenzinha, a um outro país. Porque sinto falta, porque o ano passado quase não saí, e porque queria!


Viagens, só depois do fim de Novembro.
Pelo menos tenho as fériazitas por cá, em Agosto.
Sim. Nem é tão mau assim. Podia ser muito pior.
E já nem falta assim tanto tempo. Que saudades... Que bom... só de pensar!

quarta-feira, 27 de abril de 2005

Acordei bem disposta!

Sim! Acordei bem disposta!
Acordei com o nascer do Sol, ouvi os passarinhos cantar nas árvores do jardim, estiquei-me ainda na cama, o pijama pequeno permitia sentir o contacto bom dos lençóis mornos na pele.
Tomei o pequeno-almoço na varanda com os olhos postos na vista disponível. O Sol estava quentinho e havia uma brisa muito leve. Levantei o cabelo para a sentir no pescoço, soltei o cabelo para a sentir no cabelo livre, voltei a levantá-lo...
Ai, ai... Acordei bem disposta e pronto! Não tem que haver razões para me sentir assim, leve e em paz!
Bom dia!

terça-feira, 26 de abril de 2005

Não sabia...

Nos últimos tempos tenho tido a sensação de que não me conheço muito bem, que não sou bem a mesma pessoa que conhecia - sim, eu tinha a veleidade de me conhecer bem!
É uma sensação estranha, como se houvesse um "eu" que analisa, conhece, vê, estuda, e um outro que é estudado. Como se estivesse dividida.
Tenho vivido com esta sensação estranha, mas procurando ignorá-la. Tenho procurado pensar pouco e agir mais, porque o movimento "limpa-me" os pensamentos. A velocidade de um carro ou de um galope sempre me obrigaram a deixar de pensar no quer que fosse.

Durante o fim de semana fiz o que se espera num fim de semana, mesmo que não o faça muito. Saí e vim tarde para casa. Muito tarde.
As arrumações que todas as mulheres costumam fazer nos fins de semana, não foram feitas, e eu faço questão de ser eu a limpar e a arrumar as minhas coisas.
Hoje tive que trabalhar, mas consegui despachar-me mais cedo do que esperava. Fui para casa arrumar o que não arrumei no fim de semana.

O meu quarto é pequeno - luminoso, mas pequeno - é efectivamente aquele quarto de um post lá mais para baixo.
Como não gosto de me sentir apertada tenho uma sala nas águas furtadas onde tenho a maioria dos livros, um sofá, uma secretária, uns baús... e uma vista que não pára de me encantar.
Nesses baús guardei coisas desde a adolescência.
Todo o tipo de coisas, bilhetes de cinema, de concertos, embalagens de chocolates, bilhetinhos, desenhos, fotografias, postais, cartas, cassetes, banduletes, canetas sem carga, porta-chaves... Anos de vida!
Resolvi arrumar as coisas para arranjar espaço e porque tinha a noção, embora vaga, de que muitas dessas coisas já não me diziam nada. O tempo tinha feito o seu trabalho, tinha selecionado o que era importante do que não era. E se bem que algumas das pessoas ligadas a esses objectos continuem hoje a ser minhas amigas, os objectos tinham deixado de ter importância. Pelo menos aqueles.
Deitei fora um enorme volume de coisas. Guardei as fotografias e algumas, poucas, cartas.
Não me admirei por conseguir fazê-lo.

Mas fui mais longe. Arrumei gavetas. E lá, estavam coisas bem mais recentes.
Fotografias, recadinhos, cópias de cartas oficiais para entregar na faculdade, anotações sobre as mais variadas coisas, poemas sobre o mar, o amor e cavaleiros medievais. Coisas do A.
Peguei em tudo e deitei fora.
Não o fiz com raiva, nem com dor, nem com saudade. Não sabia que ia fazê-lo.
Não me custou.

Durante cinco anos a minha vida girou à volta dele. Ou eu pensava que sim.
No último ano, apesar de tudo, quando me lembrava dele ainda era assim, como uma "coisa" do passado, mas muito importante. Marcante. Essencial.
E agora... peguei em tudo e deitei para o lixo.
Sem que a respiração acelerasse ou o coração batesse mais depressa. Sem lágrimas, sem saudades, nem raiva, nem nada. Nada!

Fiquei assustada comigo! Por ter deitado estas coisas fora, por ter percebido que eu agora tinha voltado a ser só eu. Realmente sózinha, mas realmente inteira.
Não me custou nada deitar estas coisas fora, mas ainda não percebo como o fiz.
Não sabia que era capaz!
Fiquei tão impressionada que, apesar de ter por príncipio não ligar a internet à noite, estou a escrever a esta hora. Não por ter feito o que fiz, mas por não sentir nada. Mas agora, é sensato que vá fazer um chá de menta para me ajudar a adormecer.

segunda-feira, 25 de abril de 2005


E a propósito de Europa... fica aqui uma das muitas representações do Rapto da dita. Por nada... Porque sim! Porque a minha vontade de trabalhar é, pelos vistos, tão grande como a dela de evitar que a raptassem! Posted by Hello

Europa

Começamos a perceber que a Europa não é uma coisa assim distante e abstracta quando de tanto ouvirmos rádios escosesas estranhamos ouvir uma rádio portuguesa durante uma viagem de automóvel em que os CDs foram esquecidos em casa; quando, apesar de ser feriado neste país e de, a esta hora, estar toda a gente a dormir, tive que vir trabalhar hoje, à hora de sempre porque estamos a ser pagos pela comunidade europeia e ela nos impõem prazos rígidos que nada têm a ver com o ritmo lusitano; quando ...

sexta-feira, 22 de abril de 2005

É sexta-feira. Mas será dia 13?!

Tinha - e tenho - umas coisas atrasadas, por isso fiz serão até ás duas e meia.
Decidi que, atendendo às poucas horas de sono, e muitas de trabalho, começaria a trabalhar mais tarde. Mas acordei à hora de sempre. Sem despertador. Porque sim!

Lá me levantei. Estava a acabar de me arranjar e ouvi chamar. Pego no casaco e, com a pressa, toco numa jarra que o meu avô me tinha trazido de uma viagem à Alemanha.
Jarra no chão, e chão e tapete cheios de água e mil pedacinhos de cristal.

Quando tento tomar o pequeno almoço chamam-me porque a minha égua não parava de relinchar.
Lá vou eu a correr. Tiro-a para a rua com uma guia. Faço-a andar um bocadinho e parece-me bem. Entretanto, o meu pai pede-me um número de telefone. Digo-lhe que vou prender a égua e depois lhe levo o número. Diz-me que não, que a deixasse com a M. e a D. que ali estavam a encher vasinhos. Eu digo que não, que não é boa ideia, mas cedo.
Vou a casa e, quando volto, há grande agitação. Não sabem como foi, não tiveram a culpa, foi mesmo de repente mas, o facto é que a égua se tinha enrolado numa pata e estava muito ferida!
Telefono ao veterinário. Não está no país!
Lembro-me de uma amiga que tem um primo veterinário. Telefono-lhe e peço que diga ao primo para cá vir. Ele diz que sim, que vem já, e para manter a égua imobilizada.
Passado algum tempo vejo um jeep, abrandar, parar ao portão e... ir embora!
Era o veterinário que tinha visto um outro jeep, por sinal igual ao dele, ali parado, com um autolocante com o distintivo de veterinário, e foi embora furioso porque julgou que já lá estava outro.
Só que o tal jeep estava ali conduzido simplesmente pelo marido de uma veterinária!
Ao fim de algumas horas e tentativas de reconciliação lá veio e, parece que a coisa está resolvida.

Resolvido isto, passei pela adega principal porque precisava de umas análises que lá estavam. Depois de entrar tirei a tranca de trás da porta mas ela escapou-me da mão, deu umas voltas e foi bater num copo de provas que estava num balcão, que por sua vez bateu noutros como peças de dominó e partiram-se todos! Só 11!
Vou apanhar os vidros partidos, toco numa pipeta que cai no chão e parte-se também!

Vou para casa almoçar, depois de tão produtiva manhã, e para me despachar bebo um copo de leito e tiro uma taça enorme de salada de fruta (quase só de morangos), só que se tinham esquecido de por açúcar.
Depois de lá ter posto o açúcar vou comendo e andando de um lado para o outro, como se assim fosse mais rápido.
Vou da cozinha à casa de jantar e dali à sala e ao hall, e repiti isto várias vezes até que ouço o som do que me pareceu ser alguma coisa a partir-se. Corro à sala e deparo-me com o abajour de um candieiro partidinho no chão.

Saio para o escritório e, quando estou a fechar a porta de casa, toca o telemóvel. Era da loja de informática, que tinham ficado de arranjar o ecrã do meu portátil, para dizer que já tinham o orçamento para o arranjo: apenas 800 euros!
Mandei irem buscar o portátil assim mesmo!
Entregaram-me, liguei-o, pelo sim pelo não, e vi que estava na mesma, como seria de esperar.
Toco numa tecla qualquer, por acaso, que já nem sei qual foi e, de repente, ficou bom! Está como novo! Espero que seja o fim dos azares!
E agora vou fazer qualquer coisinha que já vão sendo horas...

quinta-feira, 21 de abril de 2005

Identidade

Deixaram-me em cima da secretária um envelope. Contém o orçamento que um carpinteiro ficou de entregar há mais de um mês.
E o dito envelope é dirigido - pasme-se! - a uma tal Excelentíssima Senhora Dr.ª Dona Margarida ...
Para mim?! É preciso isso tudo? Quando o homem me conhece há tanto tempo, muito antes de puder usar o tal Dr.ª?!
Já agora devia ter posto mais. Devia ter posto também mestranda em ... com 17 valores na parte escolar e prestes a concluir a tese, que se encontra agora parada com as brilhantes desculpas de que não tem tempo para ir uns dias ao Porto e de não saber onde fica o Arquivo Distrital da referida cidade.
Podia ter acrescentado também o cargo que ocupo na empresa, que a despeito de me cansar a trabalhar e, exactamente por ter que me ocupar de muitas coisas diferentes, acaba por ser normalmente referido de uma forma informal como filha do dono!
Dormi pouco e acordei assim! Sem muita paciência! Mas fiquei com a sensação de que as pessoas escrevem estas coisas todas nos envelopes para engraxar. Coisa que comigo nem funciona porque sempre gostei de ser chamada pelo nome.
E irrita-me um bocadinho que a identidade das pessoas seja confundida com o que fazem ou o que têm. Qualquer dia até podiamos dispensar os nomes e passar a ser chamados por Dr.ª nº ..., ou Senhor director nº ...!
Isto de dormir poucas horas tem destas coisas...!

quarta-feira, 20 de abril de 2005

...

Morreu o S.
Quando nasci já ele cá trabalhava. O meu avô depositava muita confiança nele.
Lembro-me dele desde sempre. Alto, olhos claros, o cabelo cada vez mais branco e um sorriso franco.
Contava-me histórias, a mim e ao meu irmão. Sentados na alameda, à sombra dos freixos, ou nas escadas dos lagares no tempo da vindima.
Trazia-nos bolinhos sempre que a mulher os fazia.
Foi ele que nos ensinou muito sobre cavalos, apesar de termos tido um professor de equitação.
Reparei que tinha crescido, quando as histórias que ele me contava eram sobre uma menina de caracóis louros que já não tinha caracóis, tinha cabelos castanhos claros, e já não era menina.
Hoje voltei a sentir, tal como quando a mulher dele morreu, e quando a M. também que, por cada uma destas pessoas, que me ajudaram a crescer, que parte fico um bocadinho mais incompleta. E é nestas alturas que vejo o quanto de mim lhes devo a eles, pessoas que não são da minha familia mas que fazem parte da minha vida.
E já sinto saudades dele...

Há sítios onde coisas, como a do post anterior não me tocam - ou quase não me tocam. Um deles é este! Algures no norte de Portugal. Um sítio real mas todo ele cheio de magia. Posted by Hello

terça-feira, 19 de abril de 2005

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Podia dizer que estou irritada! Mas até nem estou. Estou bem disposta, irritantemente bem disposta, apesar de cansada. Por acaso até acho que a boa disposição, quando é muito visível, deve ser irritante para as pessoas que não se sentem assim. Paciência...
Mas estou, digamos assim, incomodada com uma coisinha. E uma coisinha com nome!
Quando tinha uns 15 anos, um amigo meu teve a sorte de ir passar umas férias longas para a Brasil com o irmão mais velho e uns amigos.
Escreveu-me de lá. Mas em vez do esperado postal, mandou-me uma fotografia dele que dizia por trás: Tornamo-nos responsáveis por aquilo que cativamos.
Fiquei petrificada. Eu não o tinha cativado! Nem me passava pela cabeça. Senti-me muito mal com isso. Mas um bocadinho comprometida.
Nunca mais me esqueci; passei a ter muito cuidado com isso.
Agora, tanto tempo depois, tenho um outro problema: o V!
Nunca lhe dei esperanças, nunca lhe disse que sentia amor por ele, nunca lhe menti, não o cativei!
É verdade que, durante algum tempo, tentei que as coisas resultassem. Mas ele sabia em que condições: era uma tentiva, só isso! E tentei! Cheguei até a acreditar que ía resultar.
Apercebi-me que não. Mas de uma forma muito clara e definitiva.
Tentei falar com ele com calma. Ele não quis ouvir.
Afastou-se durante uns tempos e... agora voltou a perseguir-me!
Tenho tentado ignorar, tenho-me mostrado indisponível - sempre! - , normalmente nem lhe atendo o telefone e ele, mesmo assim, persegue-me.
Segue-me para reuniões de trabalho onde não precisava de estar, pede às outras pessoas para lhe darem o lugar ao meu lado, inventa pretextos para alimentar conversa, insiste até se tornar inconveniente.
Primeiro tinha pena, mesmo sem remorssos. Mas agora começo quase a ter-lhe raiva.
Ele não está abatido, nem triste, nem destroçado. Está a só a ser impertinente, a procurar forçar-me a tratar com ele mesmo sabendo que não quero. Chega ao ponto de procurar afastar todas as pessoas de mim! Se estou a falar com alguém chega e pede à pessoa para se ir embora porque precisa de falar comigo!!! E depois nem tem nada para dizer...
E há coisas que não suporto é sentir-me coagida e, menos ainda, a falta de respeito! E ele não me está a respeitar.
Podem achar que sou mesquinha e insensível, o que nem é verdade ( embora confesse que até gostava de ser!), mas começo a sentir-me demasiado mal com isto e vou acabar por perder a calma e, se ele não percebe o que eu lhe digo a bem, vou passar a ser mais explicita.
E pronto, aqui está um post irritado e irritante, mas tinha que desabafar e, afinal, é para isso que este cantinho serve. Mesmo assim, estou bem disposta, porque a vida não é só o V!

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Tolinha!!!

O dia de ontem resultou. Resultou mesmo bem. Recarrei energias e consegui desligar-me do trabalho. O pior foi arranjar coragem para voltar.

Andei muito bem disposta.
Usei roupinha confortável e um relógio que já não usava há muito tempo porque lhe tinha partido o fecho da bracelete.

Reparei admirada que toda agente estava muito pontual. Alguns, ao contrário do que é costume, andavam mesmo adiantados.
Estranhei o fome que tinha às horas das refeições, mas como o mar me abre o apetite não liguei.
À noite, tive que ligar o despertador para hoje de manhã e pareceu-me que alguma coisa não estava bem. As horas não coincidiam.
Não usava o relógio há tanto tempo que estava na hora de Inverno!
Sim! Aqui a tolinha andou, desde Sábado à noite, alegremente, uma hora atrasada!

domingo, 17 de abril de 2005

Domingo...

Nem tudo é mau. Ao aperceber-se que o meu cansaço já começava a pesar demasiado o meu pai sugeriu que fosse até ao mar. Segundo ele a única forma de me recuperar em tempo útil. E eu... aproveitei!

Ontem trabalhei mas, a seguir ao jantar vim para cá, para a minha praia. Eu e a minha cadela.
Ainda fui até à praia para ela correr na areia e eu respirar livre. A água até estava pouco fria e o mar parecia ensonado. Pena, porque assim não o ouço ao adormecer!

Fui acordada por ela - que não distingue os Domingos dos outros dias! Às nove horas lá estava eu a olhar para ela, ensonada e agarrada à almofada, e ela a olhar para mim com ar de desafio. Que preguiça...
Banhinho quente, pequeno almoço calmo e lá fomos nós para a praia! Que bom!
Um passeio de vários quilometros!
O mar contínua assim, adormecido, mole, estranho... e não consigo ver as Berlengas... mas enfim!

Subi as arribas e encontrei a minha amiga L. também em fim de semana por cá. Somos amigas há vários anos mas encontramo-nos só aqui.
Regresso a casa, desta vez com a L. como companhia. Sentámo-nos cada uma num sofá com as pernas cruzadas, e fomos comendo uns biscoitos com chá e... como boas representantes do sexo feminino, falando muito.
Às tantas o assunto obrigatório!
Pergunta-me a L: Porquê que estás cá sózinha?
Eu: Porque sim. Com quem querias que estivesse? Por acaso nem nunca, nenhum namorado meu cá dormiu!
L.: Pois... mas porquê que estás sózinha? Não aqui. Mas sózinha?
Eu: ??!! O que é que queres dizer?
L.: Sei de mais do que uma pessoa que gostaria muito de estar aqui contigo...
Eu: Pois! Mas eu não!
L.: Ora! O V.! E o outro V!
Eu: Mas eu não gosto deles...
L.: Ó minha amiga... Deixaste de acreditar no amor?
Eu: Não! Não era o A. que ía fazer-me deixar de acreditar no amor e em todos os outros homens! Mas é precisamente por acreditar que prefiro estar sózinha a estar com alguém de quem não gosto realmente!
Até acredito que vou voltar a amar alguém. Correspondida ou não. Nem é isso que está em causa. Quando acontecer estou livre. Sabe-me bem estar assim. Por coerência, por acreditar. Não percebes?
L: Ó Margarida... tu estás apaixonada...???
Eu: Não!!!
Que conversa enrolada!!!
E agora, enquanto ela se arranja para o almoço - com alguns amigos nossos, fiés frequentadores desta prainha - , estou para aqui a usar a internet desta minha amiga, sentadinha com o mar aos pés e as gaivotas a piar aqui pertinho...
Como eu gostava que a segunda feira demorasse muuuuuuito a chegar!

sexta-feira, 15 de abril de 2005

Coisas importantes

Este famoso projecto que tem que estar terminhado até ao dia 30 deste mês está a ter os seus efeitos na minha vidinha. A falta de tempo, notória por estes lados através do encurtamento dos posts e da quase inexistência dos comentários nos blogs do meu roteiro habitual, está a ter o seu efeito: o cansaço, a alteração de rotinhas, das horas de sono e até do humor.

Um destes dias, exausta, passei por um dos blogs do costume. Estava esgotada e, na impossibildade de sair daqui, fiz uma fuga virtual, saltei para outros blogs através de comentários deixados nesse blog. Fui parar a um onde tropecei num texto que me deixou arrepiada, pelo texto em si e porque me lembrou algumas situações que, por mais que queiramos, não esquecemos.
Acabei por deixar um comentário. A situação previsível de quem encontra um comentário de alguém que não é habitual no seu blog é seguir a pista e dar uma esperitadela. Foi o que ele fez.

Por acaso uns dois dias depois, e também por estar tão cansada, fiz uma coisa que nunca tinha feito: reli comentários antigos deixados aqui. E foi assim que acabei por encontrar um comentário do autor deste blog, num post antigo. Fiquei a pensar como era certeiro e profundo. Fiquei a pensar até que merecia ser mais do que um comentário.
Não vou deixar o link porque não tenho a menor confiança com a pessoa em causa e não sei se se importaria, mas não resisto a deixar aqui esse comentário, que talvez até já fosse uma citação porque seguia entre aspas. Mas neste momento em que ando tão cansada e apressada, e que ainda tenho mais duas semanas assim pela frente, faz bem seguir este conselho:

Decide as coisas grandes como se não tivessem importância nenhuma. Mas vive as pequenas como se tivessem toda a importância do mundo.

Há momentos em que é preciso fazer um esforço para ter estas coisas presentes! E para não nos perdermos de nós mesmos!

quinta-feira, 14 de abril de 2005

Quatro Estações

Ontem estava um dia de Sol, e soube-me bem.
Hoje está encoberto, vento, o céu cinzento, húmido ao ponto de chuviscar. Andei na rua de manhã e apanhei o chuvisco na cara. Voltei-me para o vento e gostei de sentir os pingos miúdinhos a baterem-me na cara e o cabelo a ficar húmido.

Entretanto reparei que, às vezes, me sinto feliz por os dias estarem com Sol, outras por estarem com chuva, umas vezes por estarem calmos, outras vezes por estar um vento que convida a ficar em casa.
Outras vezes fico triste porque está chuva e o dia cinzento, ou porque está Sol e um dia brilhante, ou porque está nevoeiro, ou...

Reparei que gosto da Primavera porque os dias começam a ser maiores e mais alegres, as temperaturas se tornam mais amenas e existem manhãs com orvalho.
Gosto do Verão por causa dos dias grandes e passados junto ao mar.
Gosto do Outono por causa da luz dourada, das temperaturas mais frescas, da sensação de calma.
Gosto do Inverno por causa dos dias cinzentos, da chuva ouvida na cama, dos dias de nevoeiro em que tudo parece mais aconchegado e silêncioso, do frio que obriga a roupa quente.

Afinal gosto do frio e do calor, da luz e da sombra, dos dias grandes e dos dias pequenos, dos dias secos e da chuva intensa.
Ou sou tonta ou nós conseguimos gostar - ou não! - das coisas mais contraditórias! Afinal depende tudo daquilo que nos vai na alma! Bem que o meu pai sempre me disse: A felicidade -ou infelicidade - é um estado de espírito!

quarta-feira, 13 de abril de 2005

Ups..!

Isto hoje está complicado!
O questionário abaixo está incompleto!
Falta a quarta pergunta que é:

Qual o último livro que leste?
Souveniers Pieux,traduzido para português com o título Memórias , da Margerite Youcenar. Mas, ao contrário do que o título parece sugerir, não se trata de uma autobiografia.

E pronto. Juntando esta pergunta no quarto lugar, fica o questionário que me foi transmitido completo.
Ai... é o que dá andar a correr!

Questionário

Bom... este questionário chegou até mim através das Coisas de mim. E então lá vai!

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Se a pergunta fosse que livro seria, em vez de que livro quereria ser responderia o Mau Tempo no Canal do Vitorino Nemésio. Foi-me recomendado por uma pessoa que me conheceu muito bem. É definitivamente o meu livro!

Já alguma vez ficaste apanhadinho(a) por uma personagem de ficção?
Não. Nunca. Mas já me deixei fascinar por personagens históricas. Não fiquei apanhadinha mas... se vivessemos na mesma época...

Qual foi o último livro que compraste?
A Bela Adormecida, para a minha prima/afilhada.

Que livros estás a ler?
Os Bragançãos, do José Carlos L. Soares Machado, por uma questão de trabalho e Memória de Elefante do António Lobo Antunes porque me foi oferecido.

Cinco livros que levarias para uma ilha?
Cinco é muito pouco; a menos que permanecesse muito pouco tempo nessa ilha. Mas levaria alguns livros do meu escritor preferido, o Camilo.
Levaria O Senhor do Paço de Ninães, o Romance de um homem rico e Amor de Perdição. Não lhe resisto!
Levaria também A Cartuxa de Parma do Stendhal e, last but not the least, o Ivanhoe do Walter Scott.
Isto respondido assim sem pensar, porque se pensasse teria muita dificuldade em selecionar apenas cinco.

Três pessoas a quem vais passar este testemunho e porquê?

À minha prima Nádia,
à Sofia
e à Sara

Porque sim! Como responderia qualquer criança que se preze, uma professora da FCSH da Universidade de Lisboa, e... eu! Mas confesso que gostaria de conhecer as respostas de mais algumas pessoas.

Esta noite tive sonhos estranhos e sem nexo, mas lembro-me de ter sonhado com isto. Uma praia neste nosso rectângulozinho onde os dias não são sempre azuis nem o mar sempre calmo. Mas é de mares dificeis que eu gosto; daqueles em que é preciso mergulharmos para nos defendermos das ondas e onde chega a ser necessário enfiarmos os dedos na areia do fundo para não semos arrastados. Gosto do vento, da maresia, dos nevoeiros, de mar forte... Enfim; são gostos! Posted by Hello

terça-feira, 12 de abril de 2005


A história repete-se: ontem, ao regressar a casa, tinha um envelope com um carimbo do "Royal Mail" com origem em Edimburgo. Mais um convite aliciante, de outra instituição. Deixou-me confortada e de sorriso nos lábios mas, ao mesmo tempo, sem saber bem se o meu lugar não é mesmo lá! Posted by Hello

segunda-feira, 11 de abril de 2005

Ao almoço...

Eu e as segundas feiras desenvolvemos uma relação muito conflictuosa. Antes não era assim mas hoje, como na semana passada, o dia tem sido caótico.

Almocei em casa, como é habitual. Mas almocei às duas e quarenta e cinco, e às três estava despachada. Como não estava mais ninguém em casa liguei a televisão. Estava a dar um programa acerca das consequências da estilo de vida actual nas crianças.
As conclusões são preocupantes e um dos convidados disse uma coisa na qual fiquei a pensar; disse que a nossa sociedade está a criar crianças em cativeiro. A expressão deixou-me perplexa, mas depois do espanto, conclui que é isso mesmo que se passa.

Falaram das consequências de criar as crianças em espaços fechados onde não podem libertar as suas energias de uma forma normal, nem desenvolver as suas brincadeiras e imaginação. Sem poderem correr livremente, subir a uma árvore ou esfolar um joelho por subir a um muro.
Falaram de como é comum os médicos agora considerarem cada vez um maior número de crianças como hiperactivas, das dificuldades de concentração e/ou de aprendizagem, da obesidade... tudo porque as crianças não podendo brincar em liberdade desenvolvem um tipo de comportamento problemático.
Disseram que a OMS chegou à conclusão de que estamos a criar a primeira geração que deverá ter uma esperança de vida menor do que a que a entecedeu.
E eu, que até nem tenho filhos agora, fiquei a pensar.

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Tenho pena!

Ontem tive o dia todo fora. Julgava que ainda arranjava um bocadinho para passar por aqui mas nada!
Hoje também estou assim... com pouco tempo. Vim confirmar umas coisas que necessitava para resolver uns assuntos e não resisti a fazer uma passagem rápida por alguns dos blogs habituais, mesmo sem tempo para comentários.
Passei pelo da Mãe Galinha e vi, surpreendida, que esta mãe que nos habituou às histórias das suas pintainhas e a textos cheios de sensatez e doçura, suspendeu o seu blog. Não o apagou, mas apagou todos os posts anteriores e ficou apenas aquele onde justifica a sua decisão.

Tenho pena! Tenho muita pena, que tenha deixado de escrever um dos meus blogs preferidos, e um dos mais bem feitos, e dos mais úteis.
Tenho muita pena que tenha deixado de o fazer por causa de comentários de pessoas amargas e mesquinhas. Tenho pena que, já antes da mãe Rita, outras pessoas tenham acabado os seus blogs - por este ou por outro motivo - , tenho pena que não seja, concerteza, a última a ceder, a achar que não vale a pena estar a expôr a sua vida - e das suas filhas - e os seus sentimentos a pessoas que não têm boa natureza.
Tenho pena que este tipo de comentários tenha feito tanta gente pensar em acabar com os blogs que mantinham.
Um dia, talvez seja eu a fazê-lo também mas, por agora, tenho pena que poucas pessoas más tenham a capacidade de acabar com coisas verdadeiramente boas!

quarta-feira, 6 de abril de 2005

Lendas

Desde pequena que senti um fascínio enorme por histórias de fadas e lendas. Com a idade estes entusiasmos acalmam um bocadinho - ai! até parece que sou velha! Não é que goste menos, mas a inquietação da descoberta foi substituida pelo deleite que trás relê-las.
Seja lá como for, acho que as lendas fazem parte do nosso património, constituêm parte da nossa identidade. Fazem parte daquilo que somos. E tenho a veleidade de pensar que ficamos mais completos se as conhecermos e mais ricos se as compreendermos e aprendermos a gostar delas.

Não sou muito adepta de transcrições neste blog. Não foi para isso que o criei; foi tão só e apenas para dizer o que sentia em cada momento, sobretudo naqueles em que não convém - ou não serve de nada - dizê-lo a quem está por perto. Mas, às vezes, e esta é umas dessas vezes, achei que podia muito bem transcrever uma lenda. Faço-o sobretudo para uma minha priminha, que também gosta de fadas - a lenda que se segue é dedicada à Matilde - mas faço-o também para abrir o apetite a outras pessoas que a possam ler. Num mundo cada vez com menos referências, acho que são pequeninas coisas como estas, que constituem a nossa herança, que nos dão identidade.

Esta lenda, não é a mais bonita que conheço, mas escolhi-a porque foi criada por pessoas da família: minha e da Matilde.
Foi criada no seio da família dos Senhores da Biscaia - os Haros - uma das famílias de onde descendem os Lemos. E fala de uma, obviamente inventada, origem sobrenatural desta linhagem. É chamada a Lenda da Dama do Pé de Cabra, e conta como o Senhor da Biscaia andava a caçar num seu bosque e lá encontrou uma mulher lindissima com quem casou e de quem teve dois filhos, um menino e uma menina. E conta também como foram felizes no seu castelo até ao dia em que essa dama sumio por uma frincha do castelo com a filha.
Passaram-se muitos anos sem que soubessem dela até que... [a partir daqui vou transcrever uma parte da lenda, tal como vem no Livro de Linhagens do Conde D. Pedro e editado pelo José Mattoso, porque acho que estas coisas devem consumidas o mais próximo posível do original]

... Despois, a cabo de tempo, foi este dom Diego Lopez [marido da Dama de Pé de Cabra] a fazer mal aos Mouros, e prenderom-no e levarom-no pera Toledo preso. E a seu filho Enheguez Guerra pesava muito de sa prisom, e veo falar com os da terra, per maneira o poderia haver da prisom. E eles disserom que nom sabiam maneira por que o podessem haver salvando se fosse aas montanhas e achasse sa madre; e que ela lhe daria como o tirasse. E el foi alá soo, em cima de seu cavalo, e achou-a em cima de ua pena. E ela lhe disse : "Filho, Enheguez Guerra, vem a mim ca bem sei ao que vees". E el foi pera ela e ela lhe disse: "Vees a preguntar como tirarás teu padre da prisom". Entom chamou uu cavalo, que tiinha, e disse-lhe que nom fezesse força polo desselar nem polo desenfrear nem por lhe dar de comer nem de bever nem de ferrar; e disse-lhe que este cavalo lhe duraria em toda sa vida, e que nunca entraria em lide que nom vencesse dele. E disse-lhe que cavalgasse em ele e que o porria em Toledo, ante a porta u jazia seu padre, logo em esse dia, e que ante a porta u o cavalo o posesse, que ali decesse e que acgaria seu padre estar em uu curral, e que o filhasse pela mão e fezesse que queria falar com ele, e que o fosse tirando contra a porta u estava o cavalo. E des que ali fosse, cavalgasse em o cavalo e que posesse seu padre ante si, e que ante noite seria em sa terra com seu padre. E assim foi.

terça-feira, 5 de abril de 2005

Futilidades

As palavras mulher e futilidade sempre andaram de mãos dadas. Culpa dos homens que criaram, difundiram e quase fixaram essa ideia, diriamos nós, mulheres.
Mas a culpa é mais nossa do que deles.

Eles também se preocupam com a imagem, também se preocupam com a roupa que vestem (já tentaram perceber se, de facto, um guarda roupa de uma mulher é mais dispendioso do que o de um homem?), também passam horas ao espelho, mais que não seja a fazer a barba com uma das novas máquinas que estão sempre a aparecer, também usam perfumes tão caros quanto os nossos... Enfim, contabilizadas as coisas não haverá uma grande diferença quantificável.

A questão reside toda numa única coisa, chamada discrição.
Os homens são discretos!
Mal damos conta de que também compram roupa. Nunca falam nisso.
Já nós não! Podemos não comprar muita roupa nem muitos pares de sapatos, mas andamos sempre a falar nisso.
Falamos em marcas e em lojas e em calças, e em saias, e em camisolas, e em perfumes, e sapatos, e cabeleireiros...
Falamos, falamos, falamos... Como se isso fosse muito importante para nós. E até nem é!
O tempo e o dinheiro que gastamos com essas coisas não é - salvo aquelas excepções que todas conhecemos; representantes de um género que, felizmente, vai rareando cada vez mais - significativo.

Eu, falando por mim, nem tenho, normalmente, paciência para compras. Não me agrada passar dias a ver montras e a entrar em lojas.
Quando mudamos de estação, quando tenho uma viagem, ou algum acontecimento mais exigente aí sim. Tenho mesmo que fazer compras.
E isto é aplicado à roupa, aos sapatos, aos perfumes... e até à ida ao cabeleireiro. Vou quando tenho que ir, mas isso não me faz sentir melhor.
Se falarmos de livros, bom... aí as coisas são diferentes: sou uma compradora compulsiva. Mas também, que mal tem. Eu até nem tenho vícios!

Hoje, talvez porque o dia está marcadamente primaveril, tenho-me lembrado a toda a hora que era bem oportuno fazer umas comprinhas. Alguma roupa e, sobretudo, sapatos.
Mas o que me aborrece comprar sapatos...! Vejo dezenas de montras até encontar algum par que não me desagrade.
Tenho estado para aqui a pensar - e a trabalhar, ao mesmo tempo! - que tipo de sapatos hei-de comprar, e de que cor, e... atrás de uns sapatos vem uma mala, e ...
Bom... hoje resolvi contribuir para a imagem de futilidade associada à mulher. Mas prometo que é só hoje!

Divulgação

Não é que acredite que o evento necessite de mais divulgação - todas as pessoas que passam por aqui já devem estar a par do acontecimento mas, ainda assim, é quase um dever cívico noticiá-lo.

Houve uma menina que se lembrou de fazer um blogonique. Termo feliz que se refere à feliz união entre os blogs e os piqueniques! Um piquenique de blogs, portanto; mais coisa menos coisa!
Com estes dias a ficarem cada vez mais primaveris, não se pode deixar de dizer que é uma óptima ideia.
Quem estiver interessado pode por-se a par de tudo neste blog ou neste.

Eu bem que gostava! Um piquenique com relva, passarinhos a cantar, coisinhas boas para comer, um dia de Sol, com muitas crianças a brincar, e as caras de tantas pessoas simpáticas que mantêm os blogs por onde passamos quase diáriamente!
Não tenho a certeza de poder ir porque o dia 30 de Abril - dia do blogonique - é também o dia limite para terminarmos um projecto importante. Se o acabar no dia 29... lá estarei!

segunda-feira, 4 de abril de 2005

Absurdo?

Se calhar é absurdo vir aqui dizer que não me consigo concentrar em nada hoje.
Não consigo ler com atenção textos com mais de quatro linhas. Se o texto for maior sou obrigada a repetir a leitura várias vezes até o compreender.
Não sou capaz de estar a fazer a mesma coisa durante mais de dez minutos sem que outras coisas, ou o simples vazio, me ocupe a cabeça.
Já para não falar dos esquecimentos...
Estou num daqueles dias em que a prudência me mandaria estar quieta, mas como ninguém o entenderia, ando aqui a arrastar-me e a tentar chegar ao fim do dia sem cometer nenhum erro grave!
Sei que é absurdo vir escrever isto, mas é assim que estou hoje.

domingo, 3 de abril de 2005


Um coração maior do que o mundo... Posted by Hello

sexta-feira, 1 de abril de 2005

...

Fui, e sou, uma católica tão convicta quanto rebelde.
Nunca fui muito obediente a alguns ditames da Igreja, mas sou profundamente crente, e tenho uma admiração enormissima por este Santo Padre. Mais do que admiração sinto veneração.
Sei que nesta época e neste mundo, não fica bem confessar coisas destas. Tudo é tão frio, objectivo e racional...
Sinto-me tão abençoada por ter crescido tendo-o como referência, por o ter visto aqui tão pertinho, curvado na janela do helicoptero que voava tão, tão baixo, quando regressava a Lisboa vindo de Fátima. Foi um sentimento tão estranho... tão forte...
Não estaria a ser verdadeira comigo se não confessasse que tenho o coração apertado e que não consigo suster as lágrimas por ele!

Matilde

Este blog anda muito familiar!
Há dois dias estava aqui - e mantenho-me! - a suspirar pela M.A. Antónia que é linda, linda!
Hoje é o dia de outra priminha, a Matilde, que é uma menina ladina com um gosto especial por fadas, e que faz hoje seis aninhos!
Parabéns Nádia e Matilde!

Eu, como prima dedicada, dei-me ao trabalho de procura, ontem à noite, uma história de uma fada especial, para esta menina especial. Hoje consegui arranjar um bocadinho para a transcrever e, enquanto o fazia, pensava para mim: Só espero que depois deste trabalho todo o blogger não faça desaparecer tudo!
E não é que fez mesmo?!
Paciência! Agora não tenho tempo, mas fica prometido aqui uma história de uma fada para a Matilde!

Enquanto isso, espero ansiosamente pelo fim-de-semana. Não que tenha alguma coisa especial programada, mas para poder não andar a correr, para poder andar na rua e sentir os cheiros da Primavera, dormir até tarde, tomar pequenos-almoços muito, muito demorados, sentar-me nas ervas enquanto a égua pasta e ler um livro descançada...
Ai, ai... já só faltam umas horas! É que esta semana foi particularmente cansativa!