Confesso que não gosto muito do Carnaval. Nunca gostei.
Nunca gostei das bombinhas e muito menos da água das pistolas de plástico ou de balões, e pior ainda quando apareciam também uns distribuidores de farinha.
Felizmente no colégio onde andava proibiam todas estas coisas, o que não invalida que no caminho que fazia quando ia até casa dos meus avós não tivesse um ou vários encontros com estas coisas adoráveis. Na [dilatada] época de Carnaval deixei de os visitar; casa-colégio e colégio-casa sempre de carro.
Mas uma amiga, também filha de amigos dos meus pais, faz anos em Feveiro, e quando o dia calha em época de Carnaval a data é sempre comemorada com uma festa de máscaras. Portanto, de vez em quando, lá havia um ano em que eu tinha que ter uma máscara, e uma máscara decente. E, nesses casos, confesso que até era bem divertido.
Há já algum tempo que me escapava destas coisas, mas a M. minha doce priminha/afilhada obrigou a uma cedência.
Essa amiga já fez anos há uns dias, mas tem uma filha pequenina (tão pequenina que nem se apercebe do que se passa à volta dela) que fez anos ontem, e resolveu que hoje haveria festa de Carnaval para os meninos.
Resultado:
1) Cedo e aceito ir para levar a M., já que vieram cá passar estes dias e porque sei bem que as crianças adoram estas coisas.
2) Lá consigo descobrir o último fato usado por mim numa ocasião destas há muuuitos anos que, por um feliz acaso, faz um conjunto perfeito com o da M.
3) Descubro que precisa de uns ajustes, nomeadamente de tapar um bocadinho mais a zona do peito. Apanho menos frio e fica menos ousado.
4) A M. entra no meu quarto a uma hora imprópria para um feriado e salta para cima da minha cama excessivamente entusiasmada e acorda-me.
5) Convenço a E., que felizmente é uma costureira daquelas que quase já não existem, a trabalhar hoje para fazer os ajustes no vestido.
6) A M., com o entusiasmo, não quer almoçar e eu sou obrigada a comer metade da sopa dela.
- Colhé mim; colhé Nhánhá!
Nhánhá sou eu, claro. Percebe-se logo, não é?!
7) A M. não quer dormir a sesta e anda aos saltos e aos gritinhos à minha volta numa tentativa esforçada para me arrancar da frente do computador.
Conclusão:
Posso não gostar do Carnaval, mas gosto muuuuuito desta piolha!