domingo, 30 de dezembro de 2007

Feliz 2008!

Quando era pequenina ficava sempre um bocadinho triste porque na minha cabeça, aquela estória do novo ano, bebé, e do velho ano, velhinho e cansado, vergado pelo tempo, que nos deixa, sem que ninguém se compadeça dele, tinha o seu efeito em mim.
Pequena demais para entender metáforas, mas crescida o suficiente para entender o significado das palavras e o seu conteúdo, esfalfava-me à procura do velhinho abandonado que ninguém queria.
Quando, um ano, lá expliquei porquê que andava tão afincadamente às voltas do tronco do freixo e do eucalipto (vá-se lá perceber porquê, mas achava que seria por ali que o tal velhinho se ampararia antes de desaparecer para sempre), explicaram-me que a coisa não era bem assim, e que não havia velhinho nenhum, mas também se riram muito à minha custa.

Passados os anos, e sabendo muito bem que não existe velhinho nenhum (nem bebé nenhum, também), fica sempre uma nostalgiazinha pelo ano que nos deixa. Gosto do 7. Gosto do número. É até um número cabalistico, tem um significado especial. Chegada ao final deste ano, sei muito bem que tem um significado muito especial mesmo. Mas isso é pessoal.

Não foi um ano fácil. Já não me lembro de quando tive um ano fácil, também. Mas isso não me importa. Se mo perguntassem agora, diria que foi o mais duro de toda a minha vida. Mas não digo, porque talvez o tempo suavize as dores e as memórias, e daqui a algum tempo, tudo quanto ainda tem arestas tão asperas se torne mais suportável. Há perdas que não se podem compensar (mas que, com ajuda, afinal, se podem adoçar um bocadinho). E, infelizmente, só quando elas acontecessem nos deparamos com a dimensão inimaginável que têm.

Mas foi um ano muito especial. Talvez o melhor de todos, até agora (eu sei que parece contraditório, mas não é).
E, no fundo, é mesmo isto que há a reter.

Todos os anos, me baralho com as passas e os desejos. Perco-me na conta, perco-me nos desejos, confundo-me, e para além da dificuldade em engolir as passas (de que nem gosto, diga-se) não sei bem o que peço. O normal, acho. Mas sei que sobram sempre passas e badaladas.
Sempre me disseram que não sei pedir, nem deixo que me ajudem.

Apesar da tal nostalgia pela velho ano e apesar de sempre ter gostado, e continuar a gostar do número 7, acho que me vou deixando enternecer pelo número 8.
Nunca lhe achei graça, mas agora olho-o e vejo-o redondinho, rechonchudo e risonho, como esse tal bebé de ano novo, e apetece envolvê-lo num xaile de lã macio e quente, e aconhegá-lo ao colo. Este oito redondinho, desperta-me um sorriso e a minha parte boa.

Conquistada pelo que o ano de 2007 me trouxe, conquistada pelo que me tirou, conquistada com o que ficou, e ficará sempre, depois de tudo; desta vez, acolho de boa vontade e braços abertos este 2008. Sem euforias, mas sem amarguras. Em paz.

E este ano, não vou tentar engolir todas as passas, nem fazê-las coincidir com badaladas, nem vou pedir desejos.
Minto. Vou pedir sim. Vou pedir aquilo que já peço, agora: vou pedir que não volte a magoar quem gosto, que consiga sempre compreender os verdadeiros sentimentos e motivações por detrás das palavras que não entendo ou dos gestos que não percebo, vou pedir que não volte a ser precipitada nem injusta, nunca. Vou também pedir que consiga ter a capacidade de aceitar tudo o que a vida me der sem medos. Sem aqueles medos incontroláveis e medonhos que nos impedem de viver as coisas.
E não vou pedir mais nada, porque aprendi este ano, que não vale a pena pedir, porque, de facto, não sei fazê-lo. Não vou pedir porque este ano recebi muito mais do que poderia ter pedido. Porque nem sabia que podia pedir, porque nem sabia que algumas coisas existiam. Como é que se pode pedir o que não se conhece nem imagina? Não vou pedir, porque recebi muito mais do que alguma vez podia ter pedido. É isso.

Estamos quase a entrar no último dia de 2007, e se é altura de mudar de ano, que venha então o 2008!
Feliz Ano Novo!
Feliz 2008!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Não sei bem que título pôr...

Ouço o telemóvel tocar e olho em volta. Não o vejo.
Procuro com mais atenção sobre a secretária e não o encontro. Ele continua a tocar, e eu a ouvi-lo perto.
Olho para a estante ao lado, e não o consigo ver.

Levanto-me, olho em volta e nada. Ele continua a tocar. E eu ouço-o perto.
Rodo sobre mim mesma e procuro ver onde pode estar, e de onde vem o som.
Dou uns passos e o som acompanha-me. Mas eu não o vejo nem imagino onde possa estar, e isso incomoda-me.

Levo a mão ao bolso e estava lá. O telemóvel estava no bolso. Esteve sempre ali, claro. E eu como uma tonta à procura dele, e com ele no bolso a tocar.
Uma daquelas coisas que só podem acontecer aos outros.
Uns diazitos de férias não fariam mal, não...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

The day after

A tentar retomar a normalidade.
Não está ser fácil.

Ainda há demasiados vestígios e despojos destes dias.

Ir dormir mais cedo hoje e ler um bocadinho na cama, vai-me saber pela vida.

(Tenho muita pena de, neste Natal, não ter tido a capacidade de gerir o tempo de maneira a conseguir desejar um Feliz Natal a todas as pessoas que queria - e que mereciam. O Natal foi aquele que era possível que tivesse sido, mas isto, devia ter sido diferente.)

domingo, 23 de dezembro de 2007

Feliz Natal


Amassei os shortbread e cozem no forno a esta hora.
Amanhã, ainda de manhã, vou preparar raspas de laranja e limão, amassar farinha com açucar e ovos e abóbora cozida e aguardente. Depois vou afabar a massa e esperar que levede. Finalmente, já da parte da tarde, e já com mais gente em casa, fritarei as filhoses e o cheiro do Natal, espanha-se já pela casa.

Amanhã, durante a noite, entre a lenha do costume, arderá um tronco grande - tão grande quanto a lareira o permitir - e um resto dele, um pedaço de carvão, será guardado para se juntar ao lume do Natal do próximo ano.

Durante a ceia, arderão velas sobre a mesa, porque é assim que deve ser.
E mesmo que se retire da mesa todas as comidas, e todos os bolos, entres eles os bolos-reis, broas e filhoses, permacerão sobre a mesa os shortbread até ao fim do dia 25.

E no meio da confusão e do desgaste que se instalou nesta época, procuro alhear-me de quase tudo e prendo-me ao Natal através das mãos enfarinhadas.
É de farinha e açucar (entre outras coisas) que é feito o meu Natal, é de farinha e açucar a ponte que me leva às raízes, ao shortbread da Escócia, às filhoses da Beira (da Beira, de perto de Coimbra), aos mexidos do Minho (de Barcelos). E, de mãos assim enfarinhadas, como por magia, não existe distância nem tempo.
Eles, todos os eles, os que partiram há muitos séculos ou há muito pouco tempo, estão aqui, e eu estou lá com eles, eu faço parte deles e eles parte de mim.
E a separação que é feita de tempos e de espaços desaparece. De mãos assim enfarinhadas, não há ausências.
Não sei se são as minhas mãos que amassam ou as deles, nem sei se aprendi a fazer estes bolos, ou se esse saber fazia parte de mim. Faço-os a olho, e repito gestos e rituais como se me fossem inatos.

É de farinha e de açucar que é feito o que me aconchega no Natal, o que junta o passado todo, inteirinho, com todas as pessoas que lá moram, com o futuro feito de risos de crianças de gerações que não conheço, mas que quase ouço, com as mãos enfiadas em farinha e açucar.

É de farinha e açucar que é feito o meu milagre de Natal.
E porque o Natal é feito disto mesmo, de milagres, de luz, mesmo que nem sempre seja fácil vê-los, porque o Natal celebra o milagre da Vida (mesmo quando tudo possa parecer, aparentemente, escuro e sem sentido), porque esses milagres existem mesmo, desejo a todos um muito Feliz Natal!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Destes dias...

Não é bonito dizer-se que não se gosta do Natal. E também não é isso que diria. Mas não gosto destes dias que correm.
Não gosto. Não me sinto bem neles. Não me encontro e desde que me levanto até que me deito, não consigo mais do que uma vã tentativa para me equilibrar entre o que tenho a fazer, as horas que me escorrem por entre os dedos e, se tenho de sair, o frustante esforço para não me sentir completamente desnorteada entre as ondas imensas de pessoas que se acotevelam em redor e dentro das lojas, enquanto eu tento, apenas, e a custo - muito custo - fazer aquilo a que sou obrigada.

Nestes dias nem devia ter agenda. Já o tinha percebido nos anos anteriores, e este ano ainda mais.
Chegada a Dezembro, e ao seu primeiro feriado (de que gosto, e o qual respeito muito), devia, pura e simplesmente, (não digo deitar fora, porque me custa fazê-lo, mas...) atirar a agenda para dentro de uma gaveta onde pudesse viver longos anos sem que voltar a encontrar-me.
É que não adianta nada programar as coisas. Por uma qualquer arte mágica que desconheço, a partir desta data, não consigo fazer nada daquilo a que me proponho ou daquilo que queria fazer, e limito-me a fazer as coisas urgentes e inadiáveis que surgem (multiplicadas por 100) nesta época (não sei bem porquê, também).

Não tenho tempo para o que queria, e menos ainda para quem eu gosto. Não consigo sair com as amigas, nem mesmo tempo para conversas (a que se possam chamar conversas ao telefone). Chegada a véspera de Natal, mal consigo responder às sms.
E no fim do dia de Natal, ao deitar a cabeça na almofada, confesso, envergonhada, que respiro sempre de alivio por já ter passado.

Não é que não dê valor ao Natal, porque dou, porque tive Natais de que tenho muitas saudades, porque ainda acredito que um dia os Natais voltem a fazer o mesmo sentido.
Acredito, sobretudo, no verdadeiro significado do Natal, aquele que me parece que está esquecido da maioria das pessoas que se agitam como formigas num formigueiro, na azáfama das compras.
E não é que não faça compras também. Tem de ser não é?! Pois, faço-as.
Mas mais fácilmente compro uma coisa para alguém por quem não nutra um especial afecto, mas a quem tenha a obrigação de presentear, do que para alguém de quem goste profundamente.
Para estas pessoas, para aquelas de quem gosto de verdade, se puder, prefiro comprar noutra altura, porque sim, porque me apeteceu, sem obrigação de parte a parte, sem ser esta troca obrigatória de objectos que se estabeleceu nesta época.

Nestes dias, lembro-me muito das pessoas de quem gosto. E lembro-me mais ainda das pessoas de quem gosto e que não posso ter comigo.
E nestes dias, deste ano, sinto muito uma falta. Muito.
Uma falta que chega a doer, de uma dor que chega a ser física e que parece que não cabe cá dentro.
Nestes dias, de celebração da vida e do nascimento, lido muito mal com a perda e a morte.
Estes dias, este ano, estão a custar-me muito.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Quarto crescente

Descobri uma coisa que deixa os jantares à luz de velas, a milhas. E essa coisa é um banho à luz de velas (se bem que, se seguir um jantar à luz de velas, acaba por ser ouro sobre azul).

À luz de velas, e com a água bem quente na pele.
E, ao sair, com a pele tão quente que nem se sente o frio que faz, olhar, distraidamente, pela janela e reparar que lá alta, no céu escuro, brilha uma lua, em quarto crescente.

Há muitas coisas boas...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Tulipas # 2





Sei que já tinha dito que gostava de tulipas. Disse e gosto, mas nunca tinha comprado nem um bolbo.

Este ano, resolvi que, se gostava, era melhor fazer mais alguma coisa do que dizer que gosto.
Comprei sete bolbos, de tulipas brancas, as minhas preferidas.

Sem que alguma vez tivesse memória de ver uma planta de tulipa, tinha medo de as semear na altura errada, regar demais ou de menos, esconde-la demais do Sol ou expô-las demasiado à geada. Demasiados medos, em suma.
Mandei o medo para trás das costas e segui o instinto, no tipo de terra para as floreiras, na profundidade a que coloquei os bolbos, no local onde deixei as floreiras, na frequência das regas.

Hoje, reparei bem, e lá estavam elas. As sete a nascer, de espiguinho verde bem à vista. E soube-me tão bem!
Acho que vou comprar mais, de muitas mais cores.

Adenda: Estas túlipas são muito bonitas, pois são. Mas - lamento desiludi-las meninas - não são as minhas. As minhas nasceram, mas ainda é muito cedo para florirem. Lá para o início da Primavera cá as teremos e, nessa altura, terão direito a fotografias (e sim, Clara, minha querida, levo-te umas. mas conto visitar-te bem antes disso, senão podias mesmo "esperar sentada"! ;))

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

E eu [também] acredito no Natal...


O armazém da comunidade Vida e Paz onde estavam armazenados os bens para a Festa de Natal com os Sem-Abrigo foi assaltado na noite do último Sábado, quase anulando os esforços da organização para assegurar as 4500 refeições quentes e 5000 lanches e ceias!

Agora, a uma semana da Festa - que se realiza de 14 a 16 de Dezembro na cantina 1 da Universidade de Lisboa - precisamos URGENTEMENTE da TUA ajuda!

Partilhar o seu arroz, o feijão, a massa, as bolachas ou qualquer outra coisa da lista de necessidades que se encontra em http://www.cvidaepaz.org/ e entrega ou envia para:

Rua Domingos Bomtempo, 7
1700-142 Alvalade - Lisboa

Mapa:

Muito obrigada!... mesmo...

Retirado dela, porque sim, porque também acredito no Natal e porque [ainda] acredito, ainda mais, nos bons sentimentos das pessoas. E porque sei que ajudar, não custa nada e que quem mais recebe, na verdade, é quem dá.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Concha

Eu sou assim como umas criaturas que vivem no fundo do mar, e de que não sei o nome, que têm umas conchas e que lá estão, de nariz espetado entre algas, água e peixinhos, mas quando alguma coisa me ameaça ou atinge, ou magoa, fecho-me repentinamente na minha concha, fico lá enroladinha, e de lá não saio a não ser quando a coisa má passar (se passar).

Foi isso que aconteceu. Ferida, fechei a concha de repente.
Fechei por completo. E fechei o blog em vez de o apagar. Fechei-o apenas, nesse movimento rápido que faz parte do fechar da concha.

Também não queria falar de uma coisa que me fez mal, de uma coisa que dói e que me deixa triste, ainda e apesar de tudo. E não queria por diversas razões, a primeira delas talvez fosse, para não criar suspeitas que, por aqui, costumam atingir sempre a mesma pessoa. Porque não é verdade, não foi nada disso que se passou. Antes muito pelo contrário.

E pronto, dói sim. Ainda dói, mais ainda pelo que de mal isso trouxe a outra pessoa, do que a mim própria, mas também não acho justo bater assim com a porta na cara das pessoas que por aqui passam.
A vida também é composta de coisas tristes. Disso, e de pessoas muito especiais que nos puxam para fora dessas coisas.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Amigas

Domingo. E a casa vazia. Vazia menos eu, as duas gatas e a cadela. E estava bem assim.
O Sol entrava pelas aberturas das portadas da janela e eu deixei-me ficar, acordada, aninhada no calor aconchegante que os lençóis têm sempre de manhã. Ao Domingo não há pressas, e menos ainda com a casa vazia.

Nem pressa para o pequeno-almoço, que é quase sempre a refeição que melhor me sabe, nem para o almoço.
Fiz bolo de chocolate a seguir. Porque sim. Porque me apeteceu. E ficou bom.
Li um bocadinho ao Sol, sentada nas escadas de pedra que vão das laranjeiras para a horta (que não o tem sido há já muito tempo) e espreitei, com a noção da sorte que tinha, a águia pousada, pachorrenta, bem no topo de um carvalho, na mata ali ao pé.

A calçada do páteo à frente da casa, já tem as primeiras ervas a nascer entre as pedras. É sempre a mesma coisa, depois das primeiras chuvas. E estava húmida nas zonas onde estava sombra. Esteve assim todo o dia, e dava uma sensação de desconforto, apesar do Sol e do céu azul.

Uma amiga convidou-me para ir a casa dela, mas não me dava jeito. Veio cá ela, que era mais fácil e até fazia mais sentido.
No fim da semana vai para outro continente. Vai para África e isso faz-me um bocado de confusão, porque parece que vai estar fora anos. Mas não. Não vai para África, vai a África, o que é diferente. Pode até ser só uma semana. Mas fico sempre com a sensação que vai para muito longe, muito tempo.

Fizemos chá e acendemos a lareira.
Gastámos um bule inteiro e fizemos outro. Gastámos quase um cesto de lenha na lareira e comemos quase o bolo completo.
Mas, sobretudo, falámos. Falámos durante muito, muito tempo. Dissemos muitas coisas. Entre elas algumas, aparentemente, contraditórias.

Somos muito amigas. Muito. Amigas de verdade.
O destino pregou-nos a partida, até, de passarmos por coisas semelhantes com pouco tempo de intervalo uma da outra. Ficámos mais próximas, mais solidárias, identificamo-nos mais.
E no meio da conversa, eu pedi-lhe que compreendesse que havia assuntos que eu queria resguardar mais, que há vivências que requerem um espaço próprio, um espaço com porta.
Acho que me expliquei mal. Faltaram-me as palavras certas e agora passa-se o mesmo.

Sou mais amiga dela hoje do que ontem, e ontem mais do que no dia antes, e assim por aí fora.
Acho que com ela se passa o mesmo.
Mas há coisas... que, realmente, senti necessidade de resguardar, não porque não confie nela, não porque não tenha noção do tamanho e da solidez da nossa amizade, não que ache que ela não me compreenda, não que não tenha bem noção do valor de uma amizade verdadeira. Nada disso.
Há coisas que um dia percebemos (ou sentimos) claramente que são aparte do resto. Que é assim que são, que é essa a realidade, que essa é a única maneira válida de as vivermos, e que, até é assim que as queremos.

Pedi-lhe que compreendesse que sentia a necessidade, por vários motivos, de fechar a porta do quarto.
E porque continuo a ter noção que não consigo explicar-me bem, espero que a amizade lhe permita perceber o que as minhas palavras não explicam.
Porque este correr de cortina, não é nada mais do que isso, não significa uma quebra de confiança ou amizade, e parece-me até que lhe faria bem fazer o mesmo.
Não há assuntos interditos. Mas há uma altura em que sentimos necessidade de resguardar algumas coisas. Porque é a assim, porque é assim o rumo da vida e nós vivemos de acordo com isso apenas.
Nada mais muda. Nada! Porque a amizade é uma benção que todas as pessoas têm na vida e a dela é impagável.

Terminámos a dia a tagarelar e a rir muito.
(Acho que me entendeste!)