quinta-feira, 25 de março de 2010

As duas de mim

Uma das Margaridas que sou está em final de período escolar, com trabalhos para ver (alguns ainda nem me foram entregues), com avaliações por fazer e mais ainda por lançar no famoso sistema ( que [ainda] não domino).
E continua a alegrar-se com os progressos de uns meninos (bem crescidinhos) e a interrogar-se sobre as atitudes/falta de aproveitamento/futuro de outros.
Uma das Margaridas que sou teve de se armar de coragem e refugiar-se cá em cima para preparar uma apresentação, para a formação de logo à noite porque sabia que, lá em baixo, não resistiria aos chamamentos da cria.

Porque sim, porque a outra Margarida que sou, tem muita força e ambas sabem que, ou fazia isto, ou gastava a manhã agarrada à pequena e com tudo o resto por fazer.

Por isso, a Margarida racional teve de pôr a Margarida sentimental fechadinha de castigo. E ela lá ficou quase o tempo todo. Embora se esgueirasse por uns minutos quando ouviu os choros da pequena cria, vindos do piso de baixo. Esgueirou-se, mas voltou à reclusão logo que lhe secou as lágrimas e a deixou a brincar entretida.

E a Margarida racional lá acabou tudinho o que devia, em menos tempo do que esperava. E esta sensação boa, já não a conhecia desde que a pequenita M. apareceu na sua vida.

Portanto, a Margarida sentimental tem agora carta branca para descer e entregar-se, muito mais leve, à pequena M.
Isso e... dar-lhe o almocinho, pois claro!