A minha filha tem onze meses (sim, estou quase em negação e compreendo hoje, melhor do que nunca, o que esta menina sente todos os anos).
Estava eu a dizer que a Mafalda tem onze meses (porque sim, porque os tem, ainda) e que, em onze meses de vida viajou muito e para lugares variados e que teve acesso a experiências variadas. Em onze meses de vida, acho que viveu muito.
Viajou do Algarve ao Minho, do litoral ao interior, passou a fronteira e adorou a experiência por terras de fora.
Passou férias numa praia cheia de cheiro a maresia, manhãs humidas, areais a perder de vista, e com amigos meus, vizinhos/companehiros de férias desde a minha infância, mar com ondas de fazer respeito e muita calma e espaço. Passou-as também no Algarve, onde o Sol castiga a terra, mas as manhãs cheiram a figos e a flor de laranjeira; onde o mar é calmo e morno, mas o areal está pejado de gente.
Passou-as, por fim, no interior do país, em visita a uns amigos, por terras da Beira Alta, onde em cada localidade há um castelo, onde as casas de granito se misturam com as de xisto, onde tomavamos banho numa piscina com vista para um prado enorme e lindo, com vacas a pastar, onde existem lameiros e matas de carvalhos, e onde a noite nos brinda com o maior concerto de grilos que alguma vez ouvi e com a noite mais estrelada que conheço.
Vive no campo, com espaço e animais e liberdade e família que mima, mas às portas da capital, onde gosta de passear mesmo entre multidões.
Na maior parte dos fins de semana, vai ver a outra parte da família, onde também tem espaço e uma mão cheia de pessoas ansiosas por lhe dar ainda mais mimos.
Brinca na terra e na relva, vai à vinha e à adega, faz as primeiras tentativas para subir a árvores, adora música, dançar, que lhe leiam livros (e de desfolha-los, ela mesma), é louca por água e pelos seus (muitos) animais. Brinca com a gata, os cães e a égua. Dá milho aos pombos.
Visitou castelos, mosteiros e museus. Foi a exposições.
Fez muitas outras coisas de que não me recordo, assim de repente, mas, o que me importa reter de tudo isto é que ela é uma menina feliz.
É isso que me importa lembrar. Não importa dizer aqui, agora, tudo aquilo que ela é, de meiga, intelingente, doce, engraçada... não é isso que importa agora.
Também não importa falar acerca do que ela represente para mim, nem do quanto ela veio enriquecer a minha vida porque disso... teria que falar durante dias.
O que importa agora é que ela tem onze meses, tem tido uma vida repleta de experiências, lugares e pessoas e que, acima de tudo, ela é uma menina feliz. Muito feliz. E que aquilo que eu desejo é que permaneça assim por todos os anos que se seguirem.
2 comentários:
Tão lindo Margarida! E tão bom!
e o quanto eu gosto dessa menina. (dos pais também mas isso agora tb não interessa nada)
(ah!... ela tem onze meses! ela tem onze meses! ela tem onze meses! ela tem onze meses! ela tem onze meses!ela tem onze meses! :p)
beijo apertadinho
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