- Tens noção de há quanto tempo não falas em fugir? Que não usas essa palavra? Nem essa nem nada equivalente?
Tens noção de há quanto tempo não se nota em ti essa vontade de partir assim como falavas, sem vontade de regressar, a tentar deixar coisas para trás? Uma fuga, porque não tinha outro nome.
Já não queres, pois não? Como e quando é que isso aconteceu, Margarida? Só reparei nisso agora...
Eu também. Só reparei nisso agora. Porque a S. me disse.
Pois não. Não quero fugir de nada. De nada, nem de mim. E não preciso de me procurar longe. Não quero apagar tudo o que tenho, não quero perder pessoas. Não quero mais.
Quero espaço, quero tempo para viagens, quero muito, muito a minha Escócia, mas é um querer que cabe em visitas e não em fugas, que cabe no coração, tal como o que me prende por cá.
Não quero virar costas, nem abrir mão, nem distâncias, nem afastamentos, nem despedidas.
Não preciso de fugir para encontrar paz e harmonia. Não preciso procurá-la tão longe. E não preciso, mesmo, de me procurar longe.
21 comentários:
Num repentinho e apelando aquela tecnologia que te faz medo, vim ler-te. Valeu a pena... é bom saber isso. Fugir de quê? Que fuja quem não entendeu a nova Margarida. ;-)
Bj
Se te sentes bem aonde estar, eh porque estas feliz contigo propria, com o rumo que a tua vida esta a levar.
Sinto-te cheia de garra, cabeca bem erguida, coracao aberto para dar e receber, gosto de te sentir assim, gosto mesmo!
Fugir é o ir.
Vir é o voltar...
Tás óptima Margarida Atheling, e mais não digo, porque tinha tanto para dizer.
E que bom que é ler-te, assim, a não querer fugir.
:)
beijos
:)
Sinal que te vamos ter por cá muito tempo.
E que a nossa ida aos crepes vai-se repetir mts vezes.
Ahahahahahah!
Beijos
Acho que é sinal de que estás bem! Te sentes bem e estás bem na tua vida!:)
Aproveita!:)
Eu acho isso óptimo!!!
Jinhos
levas-me contigo?
Agora que falas nisso, acho que já há uma carrada de tempo! Há muitos meses, para aí perto de um ano talvez. Não deve andar muito longe disso. Na altura da Páscoa do ano passado andavas um bocado fartinha das coisas e acho que nessa altura ainda querias fugir depois tiraste umas férias e disseste que ias à tua procura ou qualquer coisa assim. Sei que a partir dai passei a saber menos de ti porque te tornaste mais reservada ou misteriosa mas ao mesmo tempo de riso muito mais facil. Também tiveste uma fase em que choravas com mais facilidade mas a seguir passou e aqui te temos agora assim, muito doce mas senhora de si.
Passei a saber menos de ti mas gosto muito de te ver assim! Adoro-te Margaridinha! :-)
Beijos
Catarina
ainda bem que não pensas nessa fuga, é sinal que te sentes bem contigo e no teu meio. Que continues assim...
bjnho
É sinal de que te tens encontrado e estás bem contigo! :)))
beijinho
Oi querida
As vezes encontramo-nos em sitios que nunca imaginamos..
beijo e boa pascoa!
yamita
Nem imaginas como anseio por esse sentimento de paz...
Eu encontrei-me quando fui mãe pela 1ª vez.
De vez em quando ainda sinto vontade de fugir, mas basta olhar à minha volta que essa vontade se torna fugaz e depressa se dissipa.
Beijos
Miguel: eu não me dou nada bem com elas, é um facto. mas reconheço que podem ser grandes aliadas! :)
fugir de nada!!! :)
Ana: bom... eu quero fazer umas mudanças. várias mudanças mesmo.
mas vou-as construindo, sem necessidade de fugir. :)
C: digamos que, se calhar, estou no bom caminho.
até posso não chegar a lado nenhum dos que eu queria, mas... alguma coisa está melhor, sim! :)
mas não te acanhes! se te apetece falar, fala! ;)
Costinhas: obrigada!
pois, não quero!
já nem me lembrava que andava sempre a sentir essa necessidade ( e a falar nisso). :)
Xu: ah pois é!
vamos repetir muuuitos crepes!
(e depois fazer um bocadinho de exercício, senão... por falar nisso, já comecei a sair do sedentarismo, mas olha que me estão a doer todos os músculos). ;))
Piquinota: não é bem. quero mudar imensas coisas, mas sinto-me bem comigo e acho que consigo fazer essas mudanças (ou parte delas) por mim, sem dramas, nem rupturas... :)
Clara: minha querida, se pudesse levava-te já hoje! Acredita!
Levava-te para longe. Muito longe de todos os males!
Gosto muito de ti!
Catarina: "mais senhora de si"?! mas passamo-nos a tratar por "você", é? ;)
hummm... és capaz de ter alguma razão nas datas e nas fases. alguma.
mas não estou muito interessada em analisar!
e também gosto muito de ti! :)
Maria: sinto-me bem comigo, sim.
obrigada! :)
Anna^: é rigorosamente isso!
não quer dizer que me sinta absolutamente realizada e satisfeita, ou até completamente segura e feliz, porque não é isso.
mas tenho-me "encontrado" e sinto-me bem comigo, tal como dizes! :)
Yami: às vezes encontramo-nos até dentro de nós, e em pessoas de quem não estavamos à espera, e em coisas que nem sabiamos existir... :)
Ariana: pois, é paz.
não chega a ser felicidade, não essa felicidade plena e radiosa.
é um bem-estar, calmo mas profundo.
e no entanto, não penses que com ele não vem também um sentimento forte de insegurança, de medo de perda...
Rita: de fugir um bocadinho, se calhar sentimos todos. e, se calhar, até é saudável.
mas é bom que essa vontade seja assim como dizes, fugaz! :)
Yeah!
Entre crepes, vamos fazendo umas corridas pelo Parque da Cidade.
:)
Beijos
Boa ideia, Dona Xu!
Ainda por cima, acho que é um sítio bonito!
Ai, mas esses crepes... parece que ainda estou a ver a fotografia deles! ;D
Bjs!
Adorei ler isto Margarida. Por vezes podemos sentir necessidade de nos afastarmos por uns tempos ... mas acho que isso não resolve quase nunca os assuntos mal resolvidos que levamos na bagagem. Até connosco próprias.
Um beijinho Grande
mocas
eeeeeeeeeeh!! que bom!!!
(desculpa o egoísmo... eh!eh!)
Bjss por cá!! :oD
Invejo-te Margarida. O que escreveste tem muito significado.
Gostava muito de neste momento poder escrever algo assim, mas ainda está muito longe da realidade.
:-*
MC: pois é. eu, a esta distância, percebo que estava a querer fugir, em primeiro lugar, de mim e dos meus fantasmas, depois da falta de capacidade de confiar, de ter serenidade... que tinha na altura.
hoje, não sinto necessidade de fugir de nada. pelo contrário, sinto a necessidade de encarar bem de frente as coisas (o que também não sei se será sempre bom). e sei que se tivesse fugido, não teria servido de nada, porque não podemos fugir de nós e dos nossos fantasmas, temos é de matar os fantasmas (ou deixar que os matem) e fazermos as pazes connosco. :)
Sara: que giro! nunca gostei tanto de egoísmos!!... ;D
Narizinho: quando menos esperares... estás a escrever isso mesmo.
como já disse, não estou aqui a dizer ao quatro ventos que sou feliz, ou sequer realizada. mas estou em paz comigo e não tenho fantasmas. o que, só por si, é excelente!
vais ver que chegas lá rápido!:)
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