segunda-feira, 30 de abril de 2007

Parábola da confiança, ou da entrega, ou lá do que é

Ele agarrou-me a mão e deu uns passos em direcção à estrada. Eu fui sem questionar, sem sequer ver para onde me levava. Fui, sem sequer dar por isso.
Avança mas, percorrido talvez um terço do percurso, pergunta-me:
- Viste se vinham carros?
- Não, não vi.
- Então?!
- Confiei em ti...

Chegámos ao outro lado incólumes, sim. Não vinham carros.
Se calhar devia pensar nisto.

11 comentários:

Anna^ disse...

Quando se confia,não se questiona.Bom?...Mau?...ás vezes deveríamos confiar só em nós,mas assim, certos conceitos perderiam a graça...ou não?

beijinho e boa semana

Piquinota disse...

Quando se confia às vezes perdem-se esses "instintos" básicos de segurança...
Confiar não é ser cego, e até nisso é preciso um meio termo!

Ainda assim, é bom quando encontramos alguém em quem confiamos desta maneira!:)


Jinhos

Miguel disse...

Várias leituras: Uma delas, talvez a mais preocupante, é se ambos confiam e nenhum olha.

Dá a mão, confia, mas não feches os olhos.

Beijos

Clara disse...

Tava praqui a pensar o mm do q o Miguel, q se nenhum dos dois olha daqui a nada ficam mesmo debaixo de um camião. Confiança cega?

CGM disse...

Estou com o Miguel!

Beijinhos Margarida, e confia mas apura os sentidos.

Ana disse...

Eh mesmo assim, quando se confia em alguem.......
Beijinhos

Margarida Atheling disse...

Anna: não sei, mas deves ter razão. de facto, não é meu hábito não questionar. e com isso perde-se alguma "graça" é verdade.

Piquinota: mas foi isso: a perda temporária de [alguns] instintos. eu lemberi-me lá dos carros.

Miguel: nenhum olhou. mas eu acho que, no meu caso, foi por confiança, pura, e no dele por mera distração.
sim... convém manter os olhos abertos.

Clara: não ficámos porque não calhou. mas, como disse ao Miguel, acho que no caso dele foi por distração.
realmente... acho que sim: confiança cega. e não convém ter confiança cega em quem é tão distraído! ;)

Cgm: no mínimo, manter os olhos abertos, não é?! ;)

Ana: eu sei lá, Ana! não sou muito de confiar e nunca tinha me tinha encontrado numa situação dessas em que, claramente, abdiquei da minha segurança noutra pessoa, sem sequer ter dado por isso. e isto nem foi agora, mas sei lá porquê, agora é que lhe vi o sentido.

Anónimo disse...

Espero que ele tenha a noção do doce que levava pela mão.Mas tenham lá cuidado com os carros que se morres eu mato-o a não ser que ele morra também. ;-)
Olha lá, já foste para a caminha ou não ouves o telefone!? Isto para falar contigo há dias complicados.

Beijos

Catarina

Margarida Atheling disse...

Catarina, lá estás tu! ;)
Ele viu, ele afinal viu os carros, estava só a armar-se em engraçadinho!

Sara MM disse...

Qd a entrega corre bem, é tão bom!!!

E quem não arrisca não petisca! :oD


Boa sorte - para os carros, claro! :o)


Bjss

Margarida Atheling disse...

Sara, obrigada, por causa dos carros, claro! ;))

Bjs!