Esta semana, por vários motivos, tem sido um bocadinho atípica.
Bem ou mal, o resultado é que tenho tido mais tempo do que nas últimas semanas. Tenho tido tempo para respirar!
Acabei por aceitar o convite - mais desafio - de uma amiga para fazer uma coisa que não fazia há, realmente, muito tempo: ir a uma discoteca.
E lá fomos, três amigas, de há alguns anos. Sózinhas.
Fiquei um bocadinho admirada que, a meio da semana, houvesse tanta gente numa discoteca. Está bem que é uma discoteca da moda mas, mesmo assim!
Nunca fui de fazer noitadas - nunca, excepto em ocasiões pontuais e num Verão muito particular - mas sempre gostei de dançar. É normal, não é?
Pois, é normal, mas não é inconsequente.
De facto apetecia-me dançar. Dancei horas seguidas. Há um ponto em que se dança qualquer coisa!
Parei algumas - poucas - vezes. Uma vez, estava realmente com sede. Já era tarde. Um rapazinho chega ao pé de mim educadamente. Pergunta-me aos gritos que, mesmo assim, me custavam a perceber, se eu não tinha um irmão.
Eu achei normal. Respondi que sim.
Perguntou-me depois, já mais próximo do meu ouvido, se eu não morava em Alvalade. Pensei que ele estava a fazer confusão com alguém. E disse-lhe isso mesmo. Disse que, por acaso ia a Alvalade com frequência porque tenho uma amiga - uma destas duas - que mora lá, mas que eu não morava.
Só quando ele me disse quase ao ouvido: Mexes-te muito bem, sabias?, é que a pateta percebeu o que se passava!
Voltei esbaforida para o pé das minhas amigas. Entre o furioso e o incrédula!
Não, eu não danço em cima de colunas. E não, juro que não faço nada de especial!
Elas riram-se! A C. disse que já tinha reparado nele, que já há algum tempo que ele me seguia. Que estava mesmo a ver que ia acontecer uma coisa destas. Mas a tolinha não tinha dado por nada!
Depois, muito depois, mais a frio, reconheço que há qualquer coisa de sensual na dança. Qualquer dança. Da balada mais suave à batida mais frenética.
Não é mera libertação de energia; para isso existem as sessões de aeróbica, ou qualquer outro desporto.
Não é realmente isso. O que se sente é diferente. Os movimentos, quer queiramos quer não, têm qualquer coisa de sedutores. Sem intenção, mas têm.
Aquilo que se sente quando se dança é um prazer muito mais próximo do sensual do que do meramente físico ou do estético. Os balanços, a batida, o ritmo, o calor, até a sensação do cabelo a bater nas costas, na cara, no pescoço, ou a soltar-se com os movimentos. As luzes, o som tão alto que não permite ouvir mais nada, tudo se conjuga para um mesmo efeito.
Mas - caramba! - a dança não é um ritual de acasalamento!
Bem... lá haverá algumas que até são, mas não era disso que estava a falar.
Não me sinto muito confortável com esta constatação! Se calhar era mais sensato cada um dançar sózinho, no seu quarto, e sem testemunhas. Mas paciência!
Sinto algum embaraço, mas não vou deixar de dançar por isso. Vou é passar a reagir de uma forma diferente quando alguém me perguntar: Desculpa, mas não tens um irmão?
17 comentários:
:)
EHEHEHEHEHEHEH!
Quem anda à chuva molha-se!
:)
Dançar é bom e faz bem!
Não deixes de dançar!
Prepara-te é para reagires! :)
Beijocas,
Xuinha
Guidinha,
Discoteca sem rapazinhos não tem gosto, mesmo com o entusiasmo da batida a bater nas costas do cabelo à cara do irmão do meio.....
Agora a sério, não fixes só o aspecto menos elevado da situação, imagina o embaraço do rapazinho para comunicar aquelas frases ou o que poderias aprender se o ouvisses.
Experimenta na próxima.
Move baby, move!
Mal vi o titulo os meus olhitos arregalam-se...
é que fico assim sempre que me falam em DANÇA, qq tipo de DANÇA!
E gostei muito da tua descrição...
Mas já não vou uma discoteca há imenso tempo... talvez pelo fumo, pela barulheira... mas ás vezes sabe tão bem!
Beijinhos grandes linda
cate
Olá!!
Bem estou boa aberta, estes rapazinhos não podem ver uma moça a divertir e voltam a carga!!!
beijocas
Luna
Que saudades de ir DANÇAR...
Que saudades de sair a NOITE...
:)
bjs
Sofia
Pelo menos é uma situação cómica!!!!
E desculpa, mas não tens nenhum irmão????
EHEHEHEHEH
Jinhos
:)))) Tou a imaginar a cena....
Por isso é que ADORO dançar mas não vou aos sítios onde se dança!
Qd nos entusiasmamos os gaijos ficam :oD fazem ;o) e nós, que não fomos para isso, ficamos :o(
Olá Margarida!
Obrigada por este relato!
Devo dizer que me ri à farta com este episódio de iman-de-idiotas... Deixa lá, que acontece a qualquer um!
Eu costumo dizer que a mim também só me saem "duques e senas tristes"...
Bom fim-de-semana... que tal outro pezinho de dança?
Beijocas
Apesar de não ter muito jeito também gosto muito de dançar e concordo quando dizes que a dança pode por vezes ser sedutora, mas isso dos rapazinhos é normal e essa forma de abordagem já é muito antiga, mas fazer o que eles são assim e não vão mudar nunca...
Beijinhos e bom fim de semana
Fartei-me de rir, com este teu post.
Olha, deixa p´ra lá.
E dança, dança, dança até caíres para o lado.
Eu adoro dançar!!!
Eu adoro dançar!!! E se a dança não é um ritual de acasalamento, olha que está muito próximo. Pelo menos eu sempre a senti assim. (gargalhadas) E para falar a verdade, se fosse comigo teria adorado o recadinho desse atrevidote! Sabe tão bem Margarida!!!
Beijocas e diverte-te muito!!!
(ps. a entrevista com a psicóloga correu bem. Foram testes. e temos mais testes dia 13)
Beeeeemmm!!!! Margarida, isso no Brasil chama-se uma 'cantada'. Podes (e deves) ficar orgulhosa! O fulano acabou por te fazer um cumprimento! ihihihihihihihih
Beijos mais que muitos
Gracinha
Ps - Se calhar estavas na ráve, lá no blog... ai ai ai ;-)
Adorei ler esta história!! Está demais! Tb concordo com as observações sobre a dança... tem algo de sensual sim, mesmo quando dançamos sozinhos. Mas na "Disco" já se sabe... e com uns copitos então a rapaziada fica "mais atrevida". Mas gostou de ti, e tentou a sorte dele...Alvalade hein?! :) Bjs grandes
Querida Margarida,
Continua a dançar, não te inibas!
Ele até foi bem educado e fez bem ao teu ego.
É sinal que danças bem e tens uma boa figura.
Um beijinho,
EP
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