quarta-feira, 9 de março de 2005

Hoje...

Tenho uma égua de que gosto muito.
Uma amiga, de uma amiga, que também tem um cavalo, diz que ter um cavalo é o mais parecido que pode haver com ter um filho.
Bom... salvaguardadas as devidas, e enormes diferenças, temos que reconhecer que também estes bichinhos mudam a nossa vida. São uns usurpadores de tempo e atenção. Contam-se pelos dedos os dias que, mesmo que esteja muito cansada, não a vá ver. Nem que seja fora de horas!
Enfim, entram para a nossa vida e transformam-na. Os laços que se criam são, de facto, muito fortes.
No nosso caso, meu e da minha égua, são fortissimos. Ela adivinha os meus estados de espírito, quando estou triste cobre-me de lambidelas e dá-me pancadinhas com a cabeça. Se não sabe de mim fica descontrolada.
Hoje o meu pai dispensou-me dois trabalhadores para lhe limpar a casa e, consequêntemente ela teve que sair de lá. Acontece que, embora tenha um parque para ela, nega-se a estar lá sózinha o que significa que fiquei todo o dia com ela! Todo o dia até agora! Só mesmo ela para me obrigar a atrasar ainda mais o meu trabalho!

Além disto tenho que ir agora a uma missa. Faz hoje sete anos que o meu avô morreu.
Como passei o dia com a égua, às voltinhas, tive muito tempo para pensar nele e relembrar vezes sem conta o dia de há sete anos atrás.
Não estou triste, mas sinto muito, muito a falta dele. Saudades! Tantas!
Mas sei que também ele não me deixou. Apenas não o vejo. Um dia havemos de nos encontrar de novo, e isso basta-me por agora.

4 comentários:

39 disse...

Eu também adoro animais. Aliás para mim são como filhos, sim! Os únicos que tenho! Ainda hoje fiz refeência ás saudades que tenho dos meus bichinhos!!
Um beijão para ti e uma festa gostosa na tua égua!

Ana disse...

Eu tb tenho imensa saudades dos meus animais... E que saudades de cavalos... n que seja grande cavaleira, mas sempre gostei de tratar deles, no verão eu e algumas amigas costumavamos ir para uma quinta no alentejo só tratar de cavalos... ao pé de castelo de vide e tratavamos dos cavalos e montavamos... belos tempos... Jokas grandes e obrigada por me trazeres de volta esta bela recordação.

gracinha, a artista do burlesco disse...

Um beijo Margarida.
Os meus dois avôs já também não estão connosco. E no entanto, em cada coisa que eu faça, lembro-me sempre deles. Especialmente daquele que me criou. São essas coisas que compensam a sua ausência. E que ao mesmo tempo me fazem companhia. Um grande abraço, neste dia.
Gracinha

Vilma disse...

Ainda hoje fiz um comentário idêntico noutro blogue: a saudade com o tempo fica doce e essas recordações são boas... e tal como escrevi um dia num post meu, nós vivemos no mundo dos que morrem... a morte é a entrada para a verdadeira vida. Eu gosto muito de cavalos... acho-os incriveis.