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Uma pessoa ligada aos cavalos contou-me, há anos, que existe um provérbio num país, do qual não me recordo o nome, que diz que devemos soltar um cavalo, se ele voltar para nós é porque é nosso.
Faço isso muitas vezes com a minha égua: solto-a.
Ela sai a galope, num galope alucinante. Sacode as crinas, dá saltos e afasta-se a uma velocidade vertiginosa.
Da primeira vez fiquei com o coração nas mãos, vi-a afastar-se sem parecer dar o menor sinal de abrandar e muito menos de querer voltar, vi-a afastar-se tanto que não sei me ouviria chamá-la. Mas voltou. Voltou a correr, suada e ofegante. Voltou e encostou a cabeça dela à minha. A partir desse instante soube que era minha, minha de verdade, minha de coração, que era o que me importava. E eu, passei a ser também um bocadinho dela.
Acho que com as pessoas é assim também. Só que dá mais medo ainda do que soltar um cavalo.
Mas é assim mesmo. E se não somos nós a soltar, será a pessoa a soltar-se por si.
Se voltar, mesmo que demore, mesmo que diferente, mesmo que ao seu modo... é porque quis, é nosso.
Foi o que disse hoje a uma amiga minha. A teoria é sempre tão fácil...
22 comentários:
É. A teoria é sempre muito fácil... Mas está certo, ainda assim!
A prática é dolorosa mas por vezes, vale a pena...
Beijoooooooooooo
Já o Sting canta: "if you love somebody, set them free"
Há tantas coisas difíceis de fazer na práticas mas que temos mesmo de arriscar, não é?
Bom fim-de-semana :)
MArgarida, é uma grande verdade e uma lição espantosa!
Pena que nem sempre a conseguimos aplicar!
Gostei iemnso deste post!
:D
Beijinhos!
:)
E como precisamos de ter essa liberdade para poder voltar felizes e seguros de onde queremos ficar.
Um beijo
(obrigada pelo mimo)
Mas é verdade,não é? E se a pessoa Volta, ficamos ainda com mais certeza de que "é nossa"!!
Mas realmente, soltá-la custa muito,muito... e a dor da ansiedade, da espera é tão grande...:(
Jinhos
Margarida, gostei muito do seu blog. Mesmo muito! Voltarei com mais tempo.
Beijinho
Carla
:)
Post lindo!
Gostei muito e parece-me verdade!
Nada deve ser forçado...
Beijocas e bom fim-de-semana
Parece que com os cães também funciona...a minha teoria em relação a isso é outra, mas essa já tu sabes!
Bjs, sempre
a espera e' sempre o pior.. mas depois compensa ;)
Adorei de ler o que escreveste.
Como eu gostava de ter um sitio com cavalos e ve-los a correr assim livremente, da-me uma sensacao de euforia de felicidade nao sei bem porque...
Ana Felpuda
E a lenda acontece. Em cada noite na Baía do Silêncio queda-se o céu na noite sombria, solta-se o sonho a fantasia...
Luminoso domingo...
Doce e terno beijo
conhecia esse provérbio...
...é algo lindo de ver... é arrepiante senti-lo... e tão verdadeiro!
Deve ser o que sentem os pais quando os filhos saem de casa...?!?
verei! daqui a trinta anos, 'praí'! LOL
BJss
Dulce: pois é. A teoria é tão fácil de enunciar! :)
Reborn: acho que sim, que vale. Caso contrário não lhe teria dito isto. :)
Gralha: tantas...!! :)
Vilma: o que eu gostei mesmo foi de te ver de volta! :D
Costinhas: é verdade! Falamos de "soltar" os outros, mas nós também precisamos. Também precisamos de nos afastar para ver melhor, para nos certificarmos do que queremos mesmo ( e se queremos mesmo). A distância permite-nos perceber melhor. :)
Piquinota: custa. Eu acho que custa. mas depois passa! :)
Carla: Obrigada! És sempre muito bem vinda!
Mas, podes tratar-me por tu! Eu, por acaso (por acaso não, por educação) tenho o hábito tratar quase toda a gente por você, mas aqui nos blogs isso passa-me! Completamente! Somos todos como que colegas de escola; trato toda a gente por tu e gosto disso! :)
Papoila: obrigada! :)
Xuinha: eu acho que sim, que é verdade. :)
Clara: minha querida, fizeste-me rir! Com os cães não dá! Eles não vão. Eles não nos largam! São uns chatos! :D
Sei, sei qual é a tua teoria. E concordo em grande parte com ela, como tu também sabes. Mas estava a falar de casos diferentes.
Mas se quisermos generalizar, eu acho que há um enorme fundo de verdade nisto. Tem de se largar; depois logo se vê: se volta, se não volta, quando volta, como volta; e até, se nós continuamos a ter vontade que volte, se ainda estamos no mesmo sítio quando voltar, e se estamos iguais. É que enquanto vai e vem (ou não vem) nós também temos tempo e ocasião para mudar, porque mudamos mesmo, porque nada é estático nem eterno e tudo reage a estímulos. Mas é uma prova necessária, em qualquer tipo de relação. Tranformar-se, independentemente do sentido, tranformam-se todas, mas as que não sobrevivem é porque não valem mesmo a pena! :)
Boleia: pessoalmente, acho que o pior é o momento em que se "solta". :)
Ana: é verdade, os cavalos dão essa sensação de alegria e de força... :)
Alquimista: há lendas que acontecem mesmo. :)
Sara: Arrepiante mesmo!! Tu sabes!! :D
Nunca tinha pensado nisso em relação aos pais, mas se calhar é! Se bem que não a vais largar assim de repente, não penses que vais ter 30 anos com a Clarinha só para ti. Espera pelas primeiras saídas, pelos primeiros namorados... ;)
Prepara-te Sara! Prepara-te! Hihihi
Está muito serena, ou muito sensata, ou muito madura. :-)
Bjo
C.
Ou tudo junto, no mínimo! ;D
Não se pode levar-te a sério! A mesma exagerada de sempre... :D
Beijinhos!
Nem fazes ideia Margarida, como eu te compreendo!
Amar é dar asas.
Ariana, é dar asas e mais 1587 outras coisas ao mesmo tempo. Algumas delas contraditórias!
teoria interessante.
aparentemente, resulta com os cavalos, pode resultar com as pessoas, mas de certeza k nã resultaria com os meus cães. :S
Muito interessante mesmo, Nelson.
E sim, já se sabe que com os teus cães não resulta! Nem com os teus, nem com os meus; não reparaste como a minha cadela gosta tanto, tanto (mas mesmo tanto!) de ti?! ;)
Eu concordo tanto, tanto com isto!
Sempre fui assim, para com os outros e para comigo.
E tenho tentado ser assim para os filhos, mas a esses sei que custará mais "largar"
BJs
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