Sou um bocadinho distraída. Melhor, sou terrívelmente distraída. E teimosa.
Tenho algumas qualidades... pois tenho!
Ah... e ando sempre mais do que desactualizada em relação às novas tecnologias.
Pois, por causa disto - não da teimosia - este Verão apanhei um pequenino susto.
Alguém pôs as coisas no meu saco de praia. No caminho a pé da praia para casa pergunta-me pela chave do carro dele. Eu fico admirada porque não me lembrava de ter guadado chave nenhuma.
- Está no teu saco porque a pus lá!
Comecei a pensar, para mim, enquanto andava, que não tinha visto chave nenhuma lá dentro. Numa paragem rápida olho para dentro do saco numa busca básica e não vejo a maldita chave.
Entramos em casa e começo a despejar as coisas de dentro do saco: saiem as toalhas, o livro, o protector solar... os óculos de Sol do dono da chave, devidamente cheios de areias e de dedadas com creme protector e vejo a minha oportunidade de ficar sózinha naquela busca que me estava a enervar quando lhe digo para ir limpar os óculos para a casa de banho.
Despejo tudo para cima da cama enquanto pensava no pior, e no mais provável, dos cenários: que o filho pequenino de uma amiga minha tivesse mexido também na chave e a tivesse perdido na areia.
De repente, lá no fundo, muito no fundo, misturado com a areia estava um cartão estranho.
Quando ele voltava de limpar os óculos digo-lhe, a tentar disfarçar a preocupação e a imaginar já que tinhamos que voltar para a praia ao anoitecer e procurar uma chave enterrada na areia:
- Olha, estava este cartão no meu saco. É teu?
- É a chave.
Ora, para além de ter sentido um alívio enorme, aprendi uma coisa nova: há carros que trabalham com um cartão. E agora, quando vejo um, sei o que é.
É que na Sexta-feira, ao chegar ao trabalho vi um cartãozinho desses em cima da minha secretária.
Já tinha a sensação de que tinham mexido nas minhas coisas mas não tinha a certeza e, muito menos, sabia quem era. Mas andava intrigada.
A solução estava ali. Há quatro carros desses; por acaso reparei que estava apenas um no estacionamento, quando entrei. Estava resolvido o mistério.
Pego no cartão e vou à sala dele. Pouso-o sem que ele o tivesse visto, ao lado do telefone. Pergunto-lhe se precisava de alguma coisa que eu tivesse.
Ele ri-se e pergunta-me porquê.
- É que estiveste na minha sala hoje... Pensei que precisavas de alguma coisa.
- Como é que sabes? Fui o primeiro a chegar, não estava cá ninguém ainda. Ninguém te podia ter dito! És o Sherlock Holmes?!
Não sou, não. Há é pessoas muito distraídas!
Mas, a partir de Sexta o computador passou a trabalhar com password. Pois, o que ele queria ver eu até lhe teria mostrado, se me tivesse pedido, mas detesto que me mexam em três coisas: no computador, no telemóvel e na agenda.
Mas há sempre uma pista...
19 comentários:
Boas Festas
Renault Mégane... ;)
pois...há sempre pistas:)
lolll..sim as pistas ficam lá sempre.
Bjokas
Distraída ... mas nem tanto! ;))
Espera lá!
Não quero saber do que viram ou deixaram de ver no teu computador!
Tu disseste "cama"!? Vou soletrar: C-A-M-A!? Cama!? Tu!?
Agora percebi porquê que não tiveste tempo para me visitares nas férias! Vais explicar-me tudo!!!
Quem é que tu deixaste entrar no teu quarto? E sem dizer a mim, tão tua amiga!
Tens cinco minutos para me dares o nome!
Catarina
Catarina, a tua sorte é não estares aqui à mão de semear, senão, apesar de ter acordado bem disposta, hoje dava-te um tiro!!! Juro!!!
Cházinho lá em casa esta noite! Precisamos de ter uma conversazinha!
Mr Kwan: é um Renaul Mégane, é! ;)
Elementar, meu caro Watson...
Põe password na carteira, também. Assim ninguém lá porá nada que nao vejas primeiro.
Neste momento tb gostava de ser o Sherlock Holmes: é que já me perdi no meio de tantos "pretendentes"! Nada elementar! E ainda me dizem que sou misteriosa e complicada. Não conhecem a Margarida! Um abraço da Guerreira (e já agora um beijinho para a Catarina que é hilariante!)
Não Guerreira!
Não é nada disso! É mesmo só um colega que estava muito interessado, por questões profissionais, em ver uns números que estavam no meu computador!
Só isso! Deus me livre!
Essa dos cartões também é nova para mim, ainda não consegui compreender muito bem onde é que está a segurança nisso, pois parece que basta a pessoa se aproximar do carro para este se destrancar. E se fica é destrancado, quando nos afastamos dele? É muita fruta! Bjinhos.
Já agora, e porque as mulheres tb podem saber um pouco de mecânica, aqui vai o esclarecimento para a Ritisabel: não é verdade que o carro destranque qd nos aproximamos. Na verdade (pelo menos nos Renault) é que o cartão tem dois botões em baixo relevo numa extremidade: um serve para abrir e o outro para fechar o carro. Dentro, é necessário colocar o cartão na ranhura própria para o efeito e pressionar um botão que liga o carro (um mecanismo relativamente simples, como o das scooters). Eu continuo a preferir a velhinha chave... E Margarida, folgo em saber que é só um colega de trabalho. Já estava a pensar num "nick-name": Margarida Heartbreaker". Ah,ah! Um abraço da Guerreira
hehehehe
Qual Sherlock Holmes pá!
Aposto que além de boa observadora, és bem mais gira e interessante que o dito!
:)
Beijos grandes!
Muito bem, foste muito perspicaz!
só m faltava essa ... já m estou a ver num sítio qquer a tentar pagar 1 compra qquer com a chave do carro em vez d pagar com o multibanco. :S
Afinal o que é que lea queria ver???
Beijinhos
Tânia: queria ver a avaliação de um projecto de uma fábrica onde ele trabalha em simultâneo.
Prima: mas conheces-me! Sabes bem que a Catarina estava a dizer disparates. Tu sabes!
Tivemos, eu e ela, esta noite uma conversa muito útil!
Fizeste muito bem!!!
Temos de estar atentas a tudo, bolas!!!
Beijinhos
Cá pra mim... era apenas um esquema pra meter treta contigo :P
Beijocas grandes e BOM NATAL!! ;)
*** Ciranda
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