Há alguém, com uns olhos bonitos e com paciência para me aturar.
Disponível para mim, para as minhas tristezas e alegrias, disposto a ir comigo às compras, ao cinema, jantar fora, passear, interessado no que leio, no que faço, no que gosto ou não gosto...
Disponível há tanto tempo sem que eu lhe tenha dado atenção ou reconhecido valor.
Não temos muitas afinidades.
Nem temos muita intimidade, mas acho que, neste campo, eu e o A. tinhamos uma intimidade tal que nunca a vou ter no mesmo grau com ninguém.
E também não tenho o coração com capacidade para amar um homem. Por enquanto.
Mas estou a sentir-me bem com o facto de ser alvo das atenções e cuidados do V.
Queria gostar realmente dele. E não gosto, ainda.
Mas estou a gostar que ele goste de mim.
3 comentários:
É tão bom sentirmo-nos o centro do mundo de alguém!
Deixa correr! Se tiver de acontecer, acontece!
Beijinhos grandes
Eu tenho em crer que é assim que começa a nossa 'cura'. O facto de haver alguém que goste de nós, mesmo que não correspondamos, ajuda-nos. Ajuda a curar as feridas, ajuda a que olhemos para nós de outra maneira, e mesmo que não correspondamos, começamos a encarar a vida de outra forma. É bom. Faz bem. Fico muito contente por ti, Margarida.
Beijos
Gracinha
Isto de se vir tarde tem as suas desvantagens... Quando se chega, pouco mais há a acrescentar a tão sábias palavras ;)
Got it? Beijos
*** Ciranda
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