quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Primas

Li há algum tempo, nalgum sítio, que primo era o grau de parentesco mais confortável.
Não se escolhem pais, nem filhos, nem irmãos, nem avós, nem sequer tios. Mas os primos escolhem-se. São nossos primos quem nós quisermos, ou quase.

Quando não gostamos da pessoa em causa ignoramos uma origem comum. Fingimos que não sabemos e, de tanto fingirmos, chegamos a acreditar nisso.
O contrário também é verdade. Às vezes somos assaltados por uma muito provável origem comum e, no caso de sentirmos afinidades, lá ganhamos primos.

Algumas dessas vezes lá nos damos ao trabalho de verificar a veracidade desse origem e a família cresce, une-se, toma jeitos de clã, com encontros, almoços, cumplicidades e inter-ajudas. E lá se passeia ao colo a priminha pequena, em 15º grau, que herdou o nome da minha 27ª avó (28ª dela), nas margens do Cávado.
Outras vezes não nos damos a esse trabalho, mas criam-se laços na mesma.

Ontem respondi a um mail de uma prima destas. Noutros tempos teria sido uma carta. Teria outro encanto, mas o efeito é o mesmo.
Primas, mulheres, com idades próximas, com algumas afinidades.
Uma prima faz muita falta. Tem o distanciamento necessário, e a próximidade que precisamos. Faz falta para nos perguntar o que vai acontecendo na nossa vida, faz falta para podermos contar isso a alguém e, à custa disso, tentar ordenar ideias, respirar fundo, ganhar calma. Faz falta, e faz bem.

12 comentários:

Sara MM disse...

Tenho primas de graus bem longíncuos... mas sinceramnte, interessa-me mais se somos amigas ou não...

BJS

daqui disse...

podes não ESTAR mas podes IR ESTANDO: via trigos e joios e via Lufthansa, que tem promoções de viagens a 100 euros. :) E o Outono é MESMO uma boa aposta, acredita em mim. Todos os dias pelo menos duas vezes por dia durante 20 minutos de cada vez desejo ter uma máquina fotográfica nos olhos, tal é o espetáculo que me é dado ver...! E estou na cidade!

(equitação: tenho "medo"... os ossitos são o meu ponto fraco!)

Margarida Atheling disse...

Mas a questão é mesmo essa: se não gosto não são primas e ponto final. Se somos amigas é óptimo sermos primas!

Margarida Atheling disse...

Ai, Daqui! E eu a cair na cantiga da British Airways! Burrinha!!!

Deixa-te lá de medos!
Há perigos, claro! Já cheguei a dar-me mal. Mas a vida é feita destas coisas!

nelsonmateus disse...

por muito k queira ou não, os meus primos são e serão sempre os meus primos(as).
quanto a isso nada há nada k possa fazer.
no entanto, é óbvio k a afinidade k temos uns com outros nã costuma corresponder ao nosso grau d parentes.

ps: agora tbém andas armada em fotógrafa? ;)

Anónimo disse...

A verdadeira questão é mesmo essa....interessa-me também mais se somos amigas ou não.....
Bejokas

Xuinha Foguetão disse...

Acho que o mais importante de tudo, para além de ser prima ou amiga, é se se trata de uma confidente a quem podemos confiar os nossos medos e as nossas alegrias, que nos faça pensar e pôr as ideias no lugar.

Foi uma prima, mas podia ter sido outra pessoa qualquer que te tocasse no coração!

Beijocas e boa volta ao normal! ;)

Jolie disse...

Eu tenho primos de todos os géneros... e o quanto eu gosto deles... daqueles que escolho manter como tal, claro está!

Beijos

Paula disse...

É bom ter primos, mesmo que n sejam verdadeiros... o que interessa é o sentimento!

Rui disse...

E as coisas que ficamos a saber dos parentes pelas primas (e primos)? Sabem sempre as últimas novidades.
PS - Mestre? Sorri...

Clara disse...

Adoro a tua sinceridade! Acredita!!!

Clara disse...

Adoro a tua sinceridade! Acredita!!!