segunda-feira, 22 de agosto de 2005

Caminhos

Sei que não devia [ainda] mas, uma das pouquíssimas coisas de que tinha saudades era de guiar.
Porque enquanto o faço há momentos em que não penso em muitas coisas; porque sinto que controlo, de algum modo, o meu rumo, mais do que o meu rumo físico e imediato; porque acabo sempre por seguir pelos sítios mais improváveis, porque sim, porque gosto e porque quero.
Não é que até não goste de ser conduzida, embora se contem pelos dedos as pessoas que me inspirem essa tranquilidade. Até é verdade que há momentos em que apetece fechar os olhos e deixarmo-nos conduzir, assim, de uma forma cega. Confiar a vida e o destino numas mãos. Não questionar, não hesitar, não ter medo, nem dúvidas, nem tremer.
E até são mais do que momentos.
Mas, às vezes, sente-se necessidade - a necessidade, não a vontade! - de escolher o nosso próprio caminho, o "como", o "para onde", o "quando", e até o "com quem".
E gostava que a vida fosse assim, tão simples. Que tudo se resumisse à primeira ou à segunda opção. Mas não é...

8 comentários:

Vilma disse...

Confiar...deixar que nos conduzam... aí está um tema que anda na minha mente ultimamente. Acho que vou fazer um post sobre isso...se conseguir passar tudo para palavras. É complicado! Gostei! :))

Anónimo disse...

Ó amiga... entrou-te outra vez água para o ouvido, foi? E desta vez chegou ao cérebro.
Há uma coisa que fazes com imensa mestria: é saber quem não queres que te "conduza". E o meu pobre irmão que o diga!
Sabes qual é o teu mal? Pensas demais! Uns neurónios a menos seria a solução.

PS. Ainda estou cá por cima até ao final da semana. Que tal faltares ao trabalho? Isso é que te ia fazer bem!

Catarina

augustoM disse...

Margarida, deixarmo-nos conduzir, enquanto isso nos der prazer, é ao mesmo tempo uma forma de nós conduzirmos, porque é o que a nossa própria vontade impõem.
Um beijo. Augusto

Márcia Pinho disse...

Passei para saber como estás e deixar muitos beijinhos !
Márcia

39 disse...

pois não... Mas às vezes somos nós que complicamos e em vez de irmos pelo caminho mais directo, vamos pelo mais distante e sinuoso.
Quando assim é, mais vale deixarmo-nos levar...
beijinhos

mena disse...

ainda bem que temos muitas opções, miuda. já imaginaste se tudo fosse ou preto ou branco? que grande seca seria...

quanto ao resto, por muito que pensemos que não, quem escolhe o caminho somos nós. a última palavra é sempre a nossa, mesmo quando não temos muita consciência disso..

Jolie disse...

Era bom...

(manda-me um email costinhas@gmail.com, preciso de falar contigo)

Beijinhos
Sandra

nelsonmateus disse...

1 abraço garota