segunda-feira, 30 de maio de 2011

Repensando...

Fartinha do faciltismo e imediatismo do facebook onde me sinto muito mais observada do que aqui, por n pessoas que com capa de familia/amigos se sentem no direito de pedir amizade e por lá andarem, sabendo eu que o fazem apenas para bisbilhotar/criticar (no silêncio), mas sem que tenha o à-vontade para lhes negar acesso... Fartinha de me sentir analisada à lupa; fartinha de não ser "eu"; fartinha de não conseguir dizer nada do que sinto... acho que vale a pena voltar para aqui onde uma noite mal dormida, pode ser confessada. Onde uma noite mal dormida não é motivo de vanglória para ninguém, que se há-de por a pensar numa possível infelicidade/falhanço. Onde uma noite mal dormida pode ser mesmo só isso. Onde uma noite mal dormida pode ser tudo o que me passar pela cabeça e pelo coração. Assim mesmo, eu!

9 comentários:

Dulce disse...

Volta, Margarida! Sê bem-vinda!

Carla Santos Alves disse...

;)....concordo.

Anna^ disse...

:)))) (eu já me tinha perguntado tantas vezes, como é que aguentas...é que a tua cara é como o algodão: não engana)
Um beijo

Margarida Atheling disse...

Dulce: é também muito por falta de tempo. Se bem que... pensando bem... isso é mais deculpa do que outra coisa.

Carla: Pois, acredito. Até porque não sou a única a viver o mesmo!

Anna^: Na verdade... não aguento! Ou, pelo menos, não aguento a 100%. Preciso, mesmo, mesmo de escape! E, preciso que me entendam. Acho que todos temos essa necessidade: de compreensão, não é?! É complicado quando temos de engolir sempre e, no fim, ainda temos de ouvir que não temos razão, que não somos razoáveis ou nos apontam o dedo!

gralha disse...

Podes crer... Já são tão poucos os assuntos de que ainda consigo falar no Fb. Na blogosfera ainda me sinto muito menos julgada e quem não quiser não volta ao blogue.

Anna^ disse...

Margarida,
percebo-te tão bem! e aquilo que no outro post escreves sobre a Mafalda,segue-o tu também: Sê TU! e nunca abdiques disso!

Um beijo com muita saudade.

Margarida Atheling disse...

Gralha: É mesmo! Também é verdade que quem não quiser não volta ao facebook, e isso até me agradava. O que me aborrece mesmo são os que voltam mas sei que não voltam por bons!É sentir-me observada, criticada e pressionada e, ainda assim, apesar de ter plena consciência disso, não ter coragem (por motivos vários)de lhes barrar o acesso!

Anna^: Mas eu casei. E casei com um pessoa muito diferente de mim ( e que amo, completamnete!)e, mais do que isso: casei com uma pessoa com uma família muito diferente daquilo que sou. Portanto, eu tenho de abdicar - por ele! e por ele apenas! - de parte do que sou, esperando também que ele faça o mesmo, para existir um "nós", até pela Mafalda (e agora, também pela Constança, que não se podem cortar em fracções de si próprias!). O problema é que isso não é assim tão fácil e, quando mesmo assim, do lado de lá (não tanto ele)não te aceitam como és,não te compreendem,querem que tu sejas/penses/ajas de outro modo (que não é o teu!!!) e, apesar do esforço para ser equilibrada e imparcial ainda te apontam o dedo e acusam de seres o oposto... não é fácil! Nada fácil! E os meses e anos que se vão passando, vão causando desgaste, e desgaste...
Tambél ele - julgo- poderá dizer que está sujeito a pressão e, em parte, terá razão. Há personagens inflexiveis de ambos os lados. Não exctamente no mesmo númeno, no mesmo modo, ou no mesmo grau, mas há!
[Tenho esperença que isso melhore com a casa, mas sei que, mesmo assim, vai haver pressões e que, se não cerrarmos fileiras os dois, em conjunto e sem quebras, vamos perder a última oportunidade que temos para construir o nosso espaço e a nossa identidade, que agora, (para além dos sentimentos que nos unem e da filha maravilhosa que temos, não é muito mais do que o somatório do eu+a minha família/cultura e ele+a família dele/cultura). É "A" nossa oportunidade].
E depois, há as pressões a que toda a gente está sujeita, sem excepção, claro!
Portanto... eu tenho de deixar de ser "eu" por completo, e claro que isso deixa marcas e mágoas, e também por isso, quero tanto, tanto que a Mafalda (e também a Constança) nunca saibam o que isso é!
Portanto... o que eu quero para a Mafalda, para mim seria apenas uma utopia!

Anna^ disse...

Margarida,já falamos nisto várias vezes e nunca dissemos que ia ser fácil,antes pelo contrário.mas não concordo contigo quando dizes que "tenho de deixar de ser "eu" por completo..." !
NÃO podes nem deves fazer isso...mesmo pelas tuas filhas.Uma coisa é "fechares os olhos" a algumas situações,outra coisa é deixares que te "montem" constantemente(desculpa a expressão).Porque TU vais ser o exemplo para as tuas filhas!
Desculpa, eu sei que não é nada comigo,mas também sei que a nossa amizade e o carinho que temos uma pela outra,me dá algum "à-vontade" para falar.
Um beijo grande.

Margarida Atheling disse...

Querida Anna^, não há do que pedir desculpa, nem é verdade que não é nada contigo. A nossa amizade dá-te TODO o à vontade para falar destas coisas. Minha querida, para falar de trapos e verniz das unhas, não precisamos das amigas.
Lembro-me muito bem que foste uma das duas únicas pessoa que me preveniram, antes da Mafalda nascer, para as dificuldades dos primeiros tempos de maternidade (e não apenas para o deslumbre da coisa). São coisas destas que se agradecem! :)