Perguntam-me se continuo a ler os comentários. Continuo, pois. Os comentários e os blogs de quem gosto (sim, disse de quem e não de que, embora pudesse dizer as duas coisas), mesmo que muito caladinha.
Senti que devia escrever este post. Senti-o em mim mesma, em consciência, e os comentários deram um empurrão. Na verdade, já devia tê-lo feito há uns dias, e podia tê-lo feito, mas ficou para agora e ainda vai a tempo.
O post anterior foi escrito num momento muito doloroso, e complicado, e coisas assim. É isso que está reflectido nele (consigo calar, mas não consigo disfarçar). Mas a vida não é assim. É feita de momentos destes também, é verdade, mas a vida não é o que lá se reflecte.
E os momentos maus... Há cerca de ano e meio (será?) dei por mim a declarar que os momentos maus servem para aprendermos a valorizar o que temos de bom. Às vezes esqueço-me disto, mas continuo a acreditar que sim, que isto é verdade. E acredito também, agora, que eles servem para nos por à prova, para nos testar, para nos obrigar a olhar para as coisas com olhos de ver, para nos mostrar o que é importante, para nos levar a transcendermo-nos e a crescer com eles (acho que podemos crescer até ao dia em que morrermos). Sim, eles servem para nos fazer crescer, no plural ou no singular.
Nada de novo; é a lei universal da compensação. Saibamos ( e queiramos) nós aproveitá-la.
No fundo, era isto mesmo que queria dizer.
E o momento mau... passou, ficou lá atrás, mas com muitas lições aprendidas.
Quanto ao blog... sinto-lhe a falta, é um facto. Podia criar outro, ou muitos, mas não seria o mesmo.
Mas uma coisa é certa, o grau de exposição, a frequência dos posts, a maneira de lidar com o reflexo do que escrevo aqui e até o registo de escrita, terão, sem qualquer margem para dúvidas, de ser diferentes.
A privacidade (a nossa e de outros), a reserva necessária, exigem este preço, mas pago-o sem lamentar. Da mesma forma que não lamento já não fazer parte dos meus planos ir para a Escócia, ou que até o doutoramento no país aqui do lado seja muito improvável. Não vou chorar-me e dizer que deixei de fazer X por causa de Y, não é isso que se passa, e muitas vezes é assim que encaramos as coisas.
Quando deixamos de fazer alguma coisa, por causa de outra; quando isso é uma decisão e não uma cedência, então não temos do que nos lamentar; é sinal de que temos a sorte de ter alguma coisa nas nossas vidas que vale mais do que aquelas coisas de que abdicámos. Apenas isto.
E posto isto... tudo segue o seu curso.
18 comentários:
Olá!:)
A 1º coisa que me ocorre é: ainda bem que estás de volta (mesmo com as "limitações")!!!
E depois, a tua frase: "temos a sorte de ter alguma coisa nas nossas vidas que vale mais do que aquelas coisas de que abdicámos" deixa-me a pensar!!
Realmente, quando tomamos decisões assim, não temos porque nos lamentar!!
Mais uma vez, Olá!:)
Jinhos
Margarida
Sou a primeira a escrever porque o título engana, uma pessoa entra, lê e parece o mesmo, já tinha saído e pensei: "... e picos"?!!! Hum, aquilo não estava ali... e voltei e vi que eras tu, de novo!!!
Ainda bem que tudo segue o seu curso (se bem que, se soubesse o que sei hoje, não tinha seguido o meu, o de Sociologia, LOL). Raio de dia para escrever, estou meio p'ró parva.
Ainda bem que o pior já passou, ainda bem que volta e meia nos brindas com a tua escrita, só tua, muito bonita, sim, porque escreves como poucas pessoas que conheço! Quando li o último post até disse ao R. "Sabes aquela Margarida que gosto muito de ler?! Já não vai escrever mais...". Sim, porque gosto muito de te ler!!! ;)
Vamos, por aqui e/ou cada um na sua vidinha continuar sempre a crescer até morrer!!!
Muitos, muitos beijinhos!!!
Ups, fui a 2.ª!!! ;)))
Tudo isso apenas mostra que és um ser sensível, que tem os seus momentos altos e os mais baixos.
que aprende a dar a volta, olhar em frente e seguir caminho.
è bom ter-te de volta.. muito bom! :)))
Tiraste o tempo que precisavas... agora é bom ler-te de novo. :)
'bora lá?
De se lhe tirar o chapéu este teu post. Ao post e a ti, e agora se não soubesse que ia despertar a tua ira ia voltar a dizer que há tipos com uma sorte do outro mundo. E depois vem-me dizer que o mundo está cheio de miúdas melhores do que tu e que eu tenho é uma fixação.
Já aceitei que não tenho qualquer hipótese mas isso não implica que tenha perdido a noção da realidade. Como tu, se houver igual, serão muito poucas e eu seria muito feliz se no meu caminho houvesse alguém parecido.
Beijo
Estou muito contente por ti sabes?
Beijinhos
Gosto de te ver assim,mais segura :))
E sim,é muito bom ter-te de volta :)
beijo grande
Naveguemos, então, neste rio de letras.
*
um abraço!
E eu que já cá não vinha há uns tempos tive de ler tudo de fio a pavio, com o prazer de sempre, pela escrita que tens, nem sempre com o conteúdo mais feliz do mundo pois todas temos os nossos dias. Incrível...3 anos... e o teu foi dos primeiros blogs que li!
Apenas li o comentário da Piquinota que também conheço destas lides de há muito e sinto-me à vontade para concluir com as mesmas palavras que ela te deixou.
Um beijo
:)
Quero tanto falar contigo, mas nao tenho tempo, quando comecar vais ter um testamento.
É bom ter-te de volta Margarida. O Outono não seria o mesmo sem os teus posts de conforto no tempo chuvoso :)
E quanto a isso das decisões, é mesmo como dizes: se as tomas partindo da tua liberdade, pode custar, mas lá terão o seu sentido.
Que bom que voltaste... : )
Fizeste falta.
Um grande beijo.
É bom poder ler-te outra vez!
***
Clap Clap Clap
;)
:-*
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