sábado, 11 de setembro de 2004

Born...

Não sou nem um pouco suspeita de ser simpatizante do Dr. Paulo Portas e tive muita dificuldade em aceitar (ainda tenho!) que um gorverno, neste país e neste tempo, não resultasse de uma escolha democrática mas, em relação ao caso do já demasiaso famoso barco do aborto, tenho que reconhecer que tomou a decisão certa.
Não sei se politicamente certa. Mas juridica e moralmente certa.
Agora, que lá se foram embora, não consigo deixar de pensar que seriam mais úteis se, em vez de incitarem ao aborto se preocupassem em esclarecer as mulheres sobre os métodos de evitar uma gravidez indesejada ou se transferissem algum do dinheiro, que parece não lhes faltar, para ajudar aquelas que só por razões económicas não se sentem em condições de criar um filho.
E aqueles que dizem bater-se pela livre escolha das mulheres, será que nunca pensaram que, provávelmente, na sua maioria, elas não optam pelo aborto por sua vontade mas porque não têm quem as ajude?
E não se indignam que os cuidados neonatais neste país sejam piores do que, por exemplo, nos E.U.A. ou em Inglaterra e que isso leve à morte de bebés que, com outra assistência, podiam viver?
À vida não dão, óbviamente, valor!
Dizem que lutam pela liberdade. Mas a primeira das liberdades não é poder viver?

1 comentário:

Vilma disse...

Boa, Margarida! Eu não saberia dizer melhor!