sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Me, myself and...

Eu não sou só eu (eu e todas as outras pessoas). E sou-o menos só eu, do que há uns tempos.
Eu sou eu e as pessoas de quem gosto, as que estão perto de mim e as que estão longe, e que porque não estão perto, estão mais do que isso: estão em mim.
Eu sou eu e as pessoas que fazem parte de mim, neste mundo e no outro.

E por isso, porque eu sou menos só eu, este blog fica mais árido, porque aqui não posso (não quero, não devo, não posso, em suma) ser mais do que só eu. A parte de mim que não sou só eu, fica de fora, e essa, é de longe a melhor, a mais rica delas. De longe!
Eu não sou só isto, e mesmo sabendo eu isso muito bem, assustei-me quando passei os olhos pelo blog. Ele, últimamente, anda de uma pobreza franciscana. Pobreza franciscana no menos bom do sentido dado à expressão (porque é bom que diga que tenho a maior da admiração pela ordem dos franciscanos). Anda árido, básico, pobre e até muito abandonado.

Anda assim, é verdade. É pena também, por um certo lado.
Mas por outro lado, é assim mesmo. Não é mau.
A parte de mim que não sou só eu, é mais pequena. E quanto mais rica é a outra parte, o eu inteiro, o eu que sou eu e quem mais faz parte de mim, mais pobre o blog. Porque esse eu, sinto a necessidade de resguardar.
Como diz o povo, e com isso tanto pode dizer muito como não dizer absolutamente nada: é a vida. E por um lado tenho pena, sim. Pena a sério. Mas por outro, não.

[E pronto. É este o resultado de uma noite mal dormida e cheia de pesadelos. E sim, a falta de tempo também é um factor com algum peso na questão]

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Saudades...

... de ser pequenina.
Hoje sinto-as. Muito.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Roteiros

Perguntem-me o que visitar em alguns sítios e num ápice arranjo um roteiro completo e atafulhado de coisas a conhecer. Três dias em Santiago de Compostela, dois em Vigo, quatro dias em Veneza, outros quatro em Milão (e não mais porque não gosto da cidade), cinco em Florença, oito em Roma. Cheios. E podiam ser mais, se quiserem.
Dias daqueles de aproveitar todos os minutos, andar a correr de um lado para o outro, comer com tempo cronometrado e chegar à noite a cair para o lado de cansaço (cansaço do bom).

Sim. Podem perguntar-me.
Mas não me perguntem o que fazer em Lisboa.
Não consigo olhar para Lisboa com olhos de visitante, descobri esta semana.
E é uma pena, porque sei bem, e todos sabemos, que Lisboa é uma das cidades mais bonitas da Europa, que está repleta de história e cheia de monumentos (os americanos até a elegeram há pouco tempo, como o terceiro melhor destino turístico do mundo.).

Lisboa é a minha cidade. É linda de morrer, tem uma luz mágica e um encanto só dela, mas não sei o que fazer nela, em tempo de lazer. E tem imensas coisas, pois tem. Tem a maior oferta do país, mas é a única cidade onde eu não sei o que fazer com o tempo disponível.
E não vale a pena pensar na zona do Parque das Nações ou de Belém. Lindas, não são?! Mas essas já me são muito familiares.

Não sei o que fazer em Lisboa.
É ridículo e é irritante, mas é um facto.
Por algum motivo se diz que santos da casa não fazem milagres.