quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Confessei-me há uns dias.
Pode parecer estranho a muita gente. Eu própria agarrei-me durante anos ao facto de sentir - ou dizer -que não fazia sentido colocar-me diante de um ser humano - humano, como eu - e pedir-lhe perdão, e contar-lhe a minha vida, a minha vida naquelas coisas que são mais... inconfessáveis. Pedir-lhe perdão, e esperar que me perdoasse, em nome de Deus.

Fi-lo. Fi-lo, quando me casei, porque a isso era "obrigada" para poder participar plenamente no sacramento; fi-lo depois porque o "devia" mas também, e principalmente, porque queria.
Há qualquer coisa que nos transcende, de facto, nesse acto. Bem vistas as coisas, não há medicamentos nem consultas em psicólogos que valham um "eu te absolvo".

Saimos tão mais leves que quase não nos reconhecemos.
Fazemos um exame de consciência, arrumamos ideias e sentimentos e sentimos a necessidade de sermos absolutamente verdadeiros - principalmente connosco. E, depois, levantamo-nos Homens novos.
Na verdade, estas foram as ocasiões em que tive tempo para pensar mesmo em mim. Um luxo, portanto.

Confessei que não gosto de algumas pessoas [poucas]. Achava que devia gostar. Sentia o peso dessa culpa.
Diz que não. Não é pecado. Não temos a obrigação de gostar. Devemos tentar perdoar (tentar, note-se), mas temos todo o direito de não gostar, de não esquecer, de não ter de aceitar tudo e - não desejando mal - desejar que essas pessoas estejam longe de nós, longe da nossa vida, longe dos "nossos".
Gostei! Senti-me melhor!
Afinal não sou má. Afinal nem é pecado. Afinal é justo. Afinal... ainda bem que é assim!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

S/ título

Sinto umas saudades enormes deste espaço.
Como quem sente uma enorme saudade de uma casa onde se cresceu e/ou foi feliz.